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Tito Menênio Agripa Lanato

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 Nota: Não confundir com Tito Menênio Lanato, cônsul em 452 a.C.
Tito Menênio Agripa Lanato
Cônsul da República Romana
Consulado 477 a.C.
Morte 476 a.C.

Tito Menênio Agripa Lanato (em latim: Titus Menenius Agrippae Lanatus) foi um político da gente Menênia nos primeiros anos da República Romana eleito cônsul em 477 a.C. com Caio Horácio Púlvilo.

Tito Menênio pertencia ao ramo Lanato da nobre gente Menênia, uma antiga gente patrícia da Roma Antiga. Era filho de Agripa Menênio Lanato[1], cônsul em 503 a.C., e pai de Tito Menênio Lanato, cônsul em 452 a.C., e Lúcio Menênio Agripa Lanato, cônsul em 440 a.C.[2].

Em 477 a.C., o Senado conferiu Caio Horácio a campanha contra os volscos enquanto seu colega, Tito Menênio, foi enviado para lutar contra Veios para ajudar os Fábios, que realizavam sua campanha particular contra a cidade[3][4].

O exército romano de Tito Menênio não estava longe do local onde se travou a Batalha de Cremera[5], tanto que, em Roma, logo se espalhou um rumor que ele teria demorado para levar ajuda aos Fábios de propósito, pois invejava a popularidade da família[6].

Depois de derrotar os Fábios, os veios derrotaram também Tito Menênio[7] e seguiram até Roma, montando um acampamento no Janículo, às portas da cidade[8]. Somente o retorno do exército liderado por Caio Horácio conseguiu frear o avanço dos veios[9], que construíram uma fortaleza no Janículo de onde foram expulsos na Batalha do Janículo pelos cônsules do ano seguinte, Aulo Vergínio Tricosto Rutilo e Espúrio Servílio Prisco.

Depois de deixar o cargo, em 476 a.C., Tito foi acusado pelos tribunos da plebe Quinto Consídio e Tito Genúcio de ter deixado acontecer o massacre dos Fábios, mesmo estando acampado perto do local da batalha[6]. O Senado o defendeu como já fizera antes no caso de Coriolano e a popularidade de seu pai, que havia reconciliado a plebe e os patrícios depois da secessão da plebe, impediu os tribunos de exilá-lo, mas ainda assim Tito Menênio foi obrigado a pagar uma multa de 2 000 asses. A condenação caiu-lhe como uma sentença de morte: sem conseguir suportar a humilhação da afronta, Tito se recolheu às suas propriedades e morreu ainda no mesmo ano[10][1].

Cônsul da República Romana
Precedido por:
Lúcio Emílio Mamerco II

com Caio Servílio Estruto Aala
Opitero Vergínio Tricosto Esquilino (suf)

Caio Horácio Púlvilo
477 a.C.

com Tito Menênio Agripa Lanato

Sucedido por:
Aulo Vergínio Tricosto Rutilo

com Espúrio Servílio Prisco


Referências

  1. a b Dionísio, Antiguidades Romanos IX, 27.
  2. Smith, p. 716.
  3. Dionísio, Antiguidades Romanas IX, 18.
  4. Lívio, Ab Urbe Condita Libri II, 51.
  5. Dionísio, Antiguidades Romanos IX, 19-20.
  6. a b Dionísio, Antiguidades Romanos IX, 23.
  7. Dionísio, Antiguidades Romanos IX, 23
  8. Dionísio, Antiguidades Romanas IX, 24.
  9. Dionísio, Antiguidades Romanos IX, 24.
  10. Lívio, Ab Urbe Condita Libri II, 52.

Fontes primárias

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Fontes secundárias

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Ligações externas

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