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The Moon Is Blue

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The Moon Is Blue
Ingênua... Até Certo Ponto (prt)
Ingênua Até Certo Ponto (bra)
The Moon Is Blue
 Estados Unidos
1953 •  p&b •  99 min 
Gênero comédia
Direção Otto Preminger
Produção Otto Preminger
Roteiro F. Hugh Herbert
(roteiro e peça)
Elenco William Holden
David Niven
Maggie McNamara
Música Herschel Burke Gilbert
Diretor de fotografia Ernest Laszlo
Direção de arte Nicolai Remisoff
Efeitos especiais David Commons
Jack Rabin
Figurino Don Loper
Edição Ronald Sinclair
Companhia(s) produtora(s) Carlyle Productions
Distribuição United Artists
Lançamento Estados Unidos 8 de julho de 1953
Portugal 20 de janeiro de 1956
Idioma inglês

The Moon Is Blue (Brasil: Ingênua Até Certo Ponto / Portugal: Ingênua... Até Certo Ponto) é um filme norte-americano de 1953, do gênero comédia, dirigido por Otto Preminger e estrelado por William Holden e David Niven.

Notas de produção

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Modelo desde a adolescência, Maggie McNamara estreou na Broadway em 1951. Após substituir Barbara Bel Geddes na montagem de The Moon Is Blue, repetiu o papel no cinema e tornou-se um sucesso instantâneo. Entretanto, sumiu de cena depois de estrelar outros dois filmes e reapareceu somente uma vez, em 1963, como coadjuvante em O Cardeal. Ganhava a vida como datilógrafa. Pouco se ouviu falar dela até fevereiro de 1978, quando cometeu suicídio. Sofria de doenças mentais.[1]

Ao empregar pela primeira vez no cinema norte-americano as palavras virgem, seduzir e amante, The Moon Is Blue atraiu para si a ira do Código Hays, o órgão responsável pela censura em Hollywood. Após o Código negar ao filme seu Selo de Aprovação, o produtor/diretor Otto Preminger resolveu lançá-lo assim mesmo.[2] Ao contrário do que se temia, a publicidade grátis transformou a produção em grande sucesso, provando que o Selo já não era pré-requisito para uma película sair-se bem nas bilheterias.[2][3] Mas o filme encontrou problemas em Jersey City, onde o exibidor foi multado, e no estado de Maryland, de onde foi banido.[3]

A rebeldia de Preminger representou o início do fim para o decrépito Código[3] e ajudou Hollywood a livrar-se dos valores puritanos que a sujeitavam há tanto tempo.[2]

O roteiro foi escrito por F. Hugh Herbert, baseado em sua própria peça, que fez furor na Broadway, onde foi representada 924 vezes, entre março de 1951 e maio de 1953.[4]

The Moon Is Blue recebeu três indicações ao Oscar, uma delas para Maggie McNamara, em sua estreia na tela grande. A canção-título, composta por Herschel Burke Gilbert e Sylvia Fine também foi indicada. David Niven, por sua vez, foi premiado com um Globo de Ouro.

Hardy Kruger, que tem uma pequena participação na versão americana, lidera o elenco na versão alemã, que Preminger rodou concomitantemente.[5]

Segundo o crítico e historiador Ken Wlaschin, The Moon Is Blue é um dos melhores filmes, tanto de William Holden quanto de David Niven.[6]

O playboy Donald Gresham leva a jovem atriz Patty O'Neill para seu apartamento e faz de tudo para levá-la para a cama. Mas Patty se mantém firme: perder a virgindade só depois do casamento. David Slater, ex-sogro de Donald, chega para uma visita e também se propõe a seduzir Patty. Oferece aliança no dedo e dinheiro. Ela aceita e tudo parece ir bem quando, de repente, seu pai aparece e fica escandalizado ao vê-la nos aposentos de um homem solteiro!

Patrocinador Prêmio Categoria Situação
Academia de Artes e Ciências Cinematográficas Oscar Melhor Atriz (Maggie McNamara)
Melhor Montagem
Melhor Canção Original
Indicado
Indicado
Indicado
Associação de Correspondentes Estrangeiros de Hollywood Golden Globe Melhor Ator - Comédia ou Musical
(David Niven)
Vencedor
British Academy of Film and Television Arts BAFTA Award Melhor Filme
Melhor Atriz Revelação
(Maggie McNamara)
Indicado
Indicado
Writers Guild of America WGA Melhor Roteiro - Comédia Indicado
Ator/Atriz Personagem
William Holden Donald Gresham
David Niven David Slater
Maggie McNamara Peggy O'Neill
Tom Tully Michael O'Neill
Dawn Addams Cynthia Slater
Fortunio Bonanova Artista de TV
Gregory Ratoff Taxista
  • ALBAGLI, Fernando, Tudo Sobre o Oscar, Rio de Janeiro: EBAL - Editora Brasil-América, 1988
  • DEMPSEY, Michael, Sex and Drugs and..., in Movies of the Fifties, editado por Ann Lloyd, Londres: Orbis, 1984 (em inglês)
  • FILHO, Rubens Ewald, O Oscar e Eu, São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2003
  • FINLER, Joel W., Otto Preminger, in The Movie Directors Story, Nova Iorque: Crescent Books, 1985 (em inglês)

Referências

  1. KATZ, Ephraim, The Film Encyclopedia, sexta edição, Nova Iorque: HarperCollins, 2008 (em inglês)
  2. a b c BERGAN, Ronald, The United Artists Story, Londres: Octopus Books, 1986 (em inglês)
  3. a b c ERICKSON, Hal. «The Moon Is Blue». AllMovie. Consultado em 4 de setembro de 2014 
  4. «The Moon Is Blue». IBDB. Consultado em 4 de setembro de 2014 
  5. MALTIN, Leonard, Classic Movie Guide, segunda edição, Nova Iorque: Plume, 2010 (em inglês)
  6. WLASCHIN, Ken, The World's Great Movie Stars and Their Films, Londres: Peerage Books, 1985 (em inglês)

Ligações externas

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