Siemens-Schuckert B-B (RFFSA)
Siemens-Schuckert B-B
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A última locomotiva Siemens-Schuckert B-B existente, abandonada no Pátio de Paranapiacaba, 2019. | |
Descrição | |
Propulsão | Elétrica |
Fabricante | Siemens-Schuckert |
Ano de fabricação | 1958/59 |
Locomotivas fabricadas | 7 |
Tipo de serviço | Passageiros e cargas |
Características | |
Bitola | 1600 mm |
Diâmetro das rodas | 49 3/16" |
Distância entre eixos | 8010 mm |
Comprimento | 15610 mm (sem engates) |
Largura | 3210 mm |
Altura | 4490 mm (sem pantógrafo) |
Peso da locomotiva | 110000 kg |
Peso por eixo | 27500 kg |
Peso aderente | 110000 kg |
Tensão | 3000 VCC |
Tipo de captação de energia | rede aérea |
Tipo de pantógrafo | Tipo Diamante |
Fabricante do motor | Siemens-Schuckert |
Limite de RPM | 810 RPM |
Tipo de motor | elétrico |
Performance | |
Velocidade máxima | 100 km/h |
Raio mínimo de inscrição | 110 m |
Freios da locomotiva | sapatas fenólicas acionadas por ar comprimido |
Sistema de freio | WABCO 24RL |
Operação | |
Ferrovias Originais | Estrada de Ferro Central do Brasil |
Número de locomotivas na classe | 2201 |
Apelidos | Pão-de-forma Bondinho |
Local de operação | Rio de Janeiro e São Paulo |
Data de entrega | 1958 |
Ano da entrada em serviço | 1959 |
Ano da saída do serviço | 1987 |
Ano de aposentadoria | 1987 |
Unidades preservadas | 1 |
Situação | Em processo de tombamento pelo Condephaat |
A Siemens-Schuckert B-B foi um modelo de locomotiva elétrica de 3000 hp importada da Alemanha pela Rede Ferroviária Federal entre 1958 e 1959. Com sete unidades, numeradas como 2201 a 2207, operou nas divisões Central do Brasil e Santos-Jundiaí até serem retiradas de serviço em 1987. O último exemplar dela encontra-se estacionado no Pátio de Paranapiacaba em avançado estado de corrosão, aguardando a conclusão de seu processo de tombamento pelo Condephaat.[1][2]
História
[editar | editar código-fonte]Projeto e fabricação
[editar | editar código-fonte]Em 1935 a Estrada de Ferro Central do Brasil assinou um contrato de eletrificação com a empresa britânica Metropolitan-Vickers para o fornecimento de equipamentos elétricos, trens-unidade e locomotivas. O contrato acabou cancelado pela Segunda Guerra Mundial e sendo lentamente retomado por outras empresas (como a Prado Uchoa) no final da década de 1940. O objetivo principal era a eletrificação da ferrovia entre o Rio de Janeiro e Volta Redonda. Inicialmente o trecho entre o Rio e Barra do Piraí acabou eletrificado, sendo inaugurado em 29 de março de 1949. A eletrificação chegaria até Volta Redonda em 1956. Com isso, a Central precisou ampliar sua frota de locomotivas elétricas. Em 1957 a Central do Brasil acabou absorvida pela Rede Ferroviária Federal (RFFSA). Para complementar seu parque de tração de locomotivas elétricas, a RFFSA encomendou sete locomotivas elétricos de 3000 hp de potência para a empresa alemã Siemens Schuckert. O primeiro exemplar foi transportado pelo navio Lóide Canadá e entregue em 2 de setembro de 1958 e os últimos no ano seguinte.[3][4]
Operação
[editar | editar código-fonte]As locomotivas iniciaram sua operação na Estrada de Ferro Central do Brasil, circulando entre o Rio de Janeiro e Volta Redonda. Inicialmente haviam sido pintadas de fábrica com o esquema de cores da Central, de fundo azul e faixa horizontal amarela à meia altura.[5] Em algum momento da década de 1960 foram pintadas nas cores da Rede Ferroviária Federal, de fundo vermelho e linhas horizontais amarelas. Na década de 1970 foi iniciada a desativação da eletrificação do trecho entre Volta Redonda e Japeri, concluída em 1984. Com isso as locomotivas Siemens e GE que operavam naquele trecho foram transferidas entre o final dos anos 1970 e início dos anos 1980 para a Estrada de Ferro Santos-Jundiaí. Ali operaram trens de carga e de passageiros entre Jundiaí e Paranapiacaba até 1987 quando foram desativadas em prol de locomotivas diesel e das restantes locomotivas elétricas English Electric.[6]
Desativação
[editar | editar código-fonte]Enquanto seis locomotivas foram sucateadas, um exemplar acabou estacionado em um pátio da estação Paranapiacaba desde 1987. Apesar das tentativas de preservação (incluindo uma mal sucedida tentativa de restauração cosmética pela Siemens), esse exemplar acabou deteriorando-se até que em 2018 foi iniciado seu processo de tombamento pelo Condephaat.[7][2]
Modelo | Potência (HP) | Bitola (m) | Fabricante | Origem | Ano de Fabricação |
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B-B | 3000 | 1,600 | Siemens-Schuckert | Alemanha | 1958-1959 |
Proprietários Originais
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Ferrovia | País | Bitola | Quantidade |
---|---|---|---|
Rede Ferroviária Federal | Brasil | 1,600m | 07 |
Referências
- ↑ Estrada de Ferro Central do Brasil (25 de janeiro de 1961). «Planta da locomotiva». Centro-Oeste. Consultado em 20 de abril de 2020
- ↑ a b Condephaat (30 de agosto de 2018). «Processo 81677/2018- Locomotiva Pão-de-forma (Anexo I)». Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes. Consultado em 20 de abril de 2020
- ↑ Antonio Augusto Gorni (11 de março de 2003). «1946-1984: As Linhas de Longo Percurso». A Eletrificação nas Ferrovias Brasileiras:Estrada de Ferro Central do Brasil. Consultado em 20 de abril de 2020
- ↑ «Locomotiva da Alemanha para a Central». Folha de S.Paulo, ano XXXIV, edição 10557, Assuntos Especializados, página 1. 24 de setembro de 1958. Consultado em 21 de abril de 2020
- ↑ Antonio Augusto Gorni (11 de março de 2003). «Locomotiva Siemens-Schuckert». A Eletrificação nas Ferrovias Brasileiras:Estrada de Ferro Central do Brasil. Consultado em 20 de abril de 2020
- ↑ Antonio Augusto Gorni (11 de março de 2003). «A Eletrificação nas Ferrovias Brasileiras:Estrada de Ferro Santos a Jundiaí». A Eletrificação nas Ferrovias Brasileiras:Estrada de Ferro Central do Brasil. Consultado em 21 de abril de 2020
- ↑ =Antonio Augusto Gorni (11 de março de 2003). «Locomotiva Siemens-Schuckert em Paranapiacaba». A Eletrificação nas Ferrovias Brasileiras:Estrada de Ferro Central do Brasil. Consultado em 21 de abril de 2020