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San Tommaso di Canterbury

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Igreja de São Tomás de Cantuária
San Tommaso di Canterbury
San Tommaso di Canterbury
Fachada com a entrada pela lateral.
Informações gerais
Estilo dominante Neo-românico
Arquiteto Luigi Poletti, Pietro Camporese, o Jovem e Virginio Vespignani
Início da construção 1886 (igreja atual)
Fim da construção 1888
Religião Igreja Católica
Diocese Diocese de Roma
Ano de consagração século VII
Website http://www.vicariatusurbis.org/?page_id=188&ID=719
Geografia
País Itália
Localização Rione Regola
Região Roma
Coordenadas 41° 53′ 44″ N, 12° 28′ 12″ L
Mapa
Localização em mapa dinâmico
Interior

San Tommaso di Canterbury ou Igreja de São Tomás de Cantuária (em inglês: Saint Thomas of Canterbury) é uma igreja de Roma, Itália, localizada na Piazza Santa Caterina della Rota, no rione Regola. É a igreja do Venerabile Collegio Inglese e uma das igrejas nacionais em Roma da Inglaterra.

A antiga fachada principal, de Andrea Pozzo.

Foram pelo menos três igrejas construídas ao longo dos séculos no mesmo lugar do edifício atual. A primeira conhecida é Santissima Trinità degli Scozzesi, cuja construção uma tradição de origem desconhecida atribui à vontade do rei da Mércia Offa em 630. Esta igreja aparece nos documentos pela primeira vez, juntamente com o mosteiro e o hospital para peregrinos da Inglaterra, vizinhos, no final do século XII no "Catálogo de Censio Camerario" (nº 56 – Sancte Trinitati Scottorum). A bula do papa Bonifácio VIII, de 1299, que confirma uma anterior, do papa Inocêncio IV de 1249, entregou a igreja a o mosteiro de San Gregorio al Celio.

A instituição dos jubileus foi seguida por um aumento do número de peregrinos ingleses, o que, por sua vez, provocou o surgimento de uma Societas Pauperorum Anglorum (a origem das confrarias) e a ampliação do hospício e da igreja anexa, reconstruída em 1363. Foi neste período que o antigo nome da igreja foi alterado incluir o de São Tomás Becket, arcebispo de Cantuária do século XII. Já em 1450, esta nova igreja passou por uma ampliação e obras de restauro.

A partir de Henrique VII (r. 1485–1509), a honra de nomear o reitor da igreja e do hospício passou a ser do soberano inglês. Porém, depois do cisma de Henrique VIII, o papa Paulo III chamou para si este direito e, em 1538, o cardeal Reginald Pole foi nomeado governador da igreja da igreja e dos edifícios anexos.

Em 1575, por iniciativa do cardeal William Allen, o complexo passou novamente por uma reconstrução, tanto da igreja quanto do antigo edifício. Por meio de uma bula do papa Gregório XIII, de 1 de maio de 1579, o hospício foi transformado em uma universidade eclesiástica para jovens ingleses, a origem do moderno Venerabile Collegio Inglese, uma instituição jesuíta. Anglófonos do mundo inteiro estudaram ali, inclusiva Thomas Cromwell, conde de Essex, em 1514; o cardeal Pole em 1534; e o poeta John Milton em 1636. Entre 1581 e 1584, Niccolò Circignani (il Pomarancio), pintou murais em afresco nas paredes da biblioteca da igreja com histórias de santos e mártires ingleses.

Entre 1680 e 1685, o cardeal Thomas Howard reestruturou novamente a igreja e a universidade e, nesta ocasião, foi construída a torre do relógio, inspirada em Borromini.

Durante a ocupação napoleônica de Roma, o complexo foi transformado em caserna, uma situação perdurou até 1818, quando foi devolvido em péssimas condições. A igreja foi completamente reconstruída: a pedra fundamental foi lançada em 6 de fevereiro de 1866 e o novo edifício foi aberto ao público em 1888. Três arquitetos comandaram a obra: Luigi Poletti, Pietro Camporese, o Jovem e Virginio Vespignani.

Na Via di Monserrato está a lateral direita da igreja e a principal fachada atualmente, dividida em duas seções por uma série de arcos cegos. Ali estão ainda o portal neo-românico encimado por um trifório, uma série de janelas redondas que iluminam a direita da nave e, acima, janelas que iluminam o matroneu.

O interior segue uma planta com três naves precedidas por um nártex. A igreja conta com um matroneu, que corresponde, em parte, à antiga biblioteca. As paredes da nave e do matroneu estão decoradas com pinturas em têmpera, anteriores a 1888, com histórias da Inglaterra católica. O mesmo tema é repetido nos vitrais das janelas redondas que iluminam a nave direita. No matroneu estavam histórias de 34 santos e mártires ingleses, por Il Pomarancio, perdidas, mas conhecidos através das gravuras de Giovan Battista Cavalieri (1583).

Na igreja estão presentes algumas obras que adornavam a antiga igreja do século XVI, entre elas:

No sótão da Capella del Sodalizio di Nostra Signora, no complexo da universidade, está um afresco da "Anunciação" atribuído a Andrea Pozzo (1701).

Ligações externas

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