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Rio do Sal

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Rio do Sal
Rio do Sal
Rio do Sal nas imediações da ponte que dá acesso ao Conjunto João Alves Filho, no município de Nossa Senhora do Socorro; ao fundo, o Distrito Industrial de Socorro (DIS).
Comprimento 20,5 km
Nascente Nas imediações da BR 101/235, em Nossa Senhora do Socorro-SE
Altitude da nascente 40 m
Foz rio Sergipe
Área da bacia 62 km²
Afluentes
principais
Rio Moleque, Riacho Cabral, Riacho Calumbi, Riacho do Moleque, Riacho do Morcego, Riacho Palame, Riacho Piabeta, Riacho da Várzea
País(es)  Brasil

O rio do Sal, entre os municípios de Aracaju e Nossa Senhora do Socorro, é um rio brasileiro que banha o estado de Sergipe.[1] É um afluente pertencente à Bacia hidrográfica do Rio Sergipe e fica situado à sua margem direita.[2] Ele é atingido por esgotos domésticos, despejos de fábricas e produtos aplicados em viveiros de camarão tornando o mais poluído da Grande Aracaju.[3]

A toponímiario do Sal” atribuída a esse afluente do rio Sergipe, que separa o município de Aracaju do de Nossa Senhora do Socorro, deve-se à exploração de sal proveniente de antigas salinas estabelecidas nas proximidades de suas margens. Assim, em tempos idos, produziu-se naquela área este importante condimento da cozinha universal.[4]

O Rio do Sal é uma sub-bacia do Rio Sergipe e é o principal abastecedor hidrográfico do município de Nossa Senhora do Socorro além de também fornecer água para Aracaju.[5] É um rio que possui extensão de 20,5km drenando uma área de aproximadamente 62km².[6] No entanto, nos dias atuais, este afluente vem sofrendo forte degradação ecológica devido à ação do homem. Desmatamento para a construção de prédios, construção de palafitas na região, lançamento de efluentes industriais e domésticos são apenas algumas das principais ações antrópicas que vem agredindo o meio ambiente local.[7]

Localizado no norte do estado de Sergipe, o Rio do Sal contribui para o abastecimento de água das áreas menos prevalecidas de Aracaju e Nossa Senhora do Socorro, a exemplo do Lamarão, Bugio, Soledade e Porto Dantas.[8] Este rio separa o município de Aracaju do município de Nossa Senhora do Socorro onde nasce nas imediações da BR 101/235, e serve de limite sul a este município. Devido à sua salinidade, não se constitui um manancial de água doce, funcionando apenas como um canal de penetração das águas de marés.[9][10][11][12][13][14][15][16]

O Rio do Sal leva este nome devido a grande exploração de salinas que ocorria na década de 80, porém essa exploração hoje não tem tantos lucros como antigamente.[17] Apesar disso, este afluente ainda é bastante utilizado pela população local para o desenvolvimento da atividade econômica da região através de sua alta funcionalidade, tais como pesca, uso da argila, abastecimento doméstico e irrigação. Contudo, a falta da prática de sustentabilidade ambiental vem afetando consideravelmente o ambiente ecológico, atingindo diretamente a população que faz do Rio do Sal benefício próprio.[18][19][20]

Ligações externas

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Referências

  1. «APLICAÇÃO DO ÍNDICE DE QUALIDADE DA ÁGUA (IQA) NO RIO DO SAL, SERGIPE». www.evolvedoc.com.br. Consultado em 18 de outubro de 2019 
  2. «Bio Digital » Rio Sergipe». www.labec.com.br. Consultado em 18 de outubro de 2019 
  3. «DESO é proíbida de continuar poluindo o Rio do Sal». a8se.com. Consultado em 18 de outubro de 2019 
  4. «Salinas do Aracaju: ascensão e crise, séculos 19 e 20». www.destaquenoticias.com.br. Consultado em 4 de julho de 2021 
  5. ALVES, J. P. H. [Org.]. Rio Sergipe: Importância, vulnerabilidade e preservação. Laboratório de Química Analítica Ambiental, Universidade Federal de Sergipe (UFS), São Cristóvão, 2009.
  6. CORREIA, M. G. S.; ALVES, L. L.; MELO, A. R. S.; OLIVEIRA, C. E. S. Avaliação dos Teores de Metais Pesados no Rio do Sal. 2° Congresso Internacional RESAG 2015. Universidade Tiradentes – UNIT, Aracaju, 2015.
  7. GOVERNO DO ESTADO DE SERGIPE. Secretaria de Estado do Planejamento e da Ciência e Tecnologia – SEPLANTEC. Gestão participativa dos recursos hídricos. Superintendência dos Recursos Hídricos (SRH). Aracaju, 2002.
  8. Araújo AT. Geografia de Sergipe. Aracaju; 1969.
  9. CHRISTOFOLETTI, A.Geomorfologia. São Paulo: Edgard Blucher Ltda., 1980, 188 p
  10. HIDROESB. Laboratório Hidrotérmico Saturnino de Brito S.A. Estudo da bacia hidrográfica do rio Poxim. Rio de Janeiro: DESO, 1976.
  11. OLIVEIRA, W. M. C. Povoado Cabrita: um estudo preliminar. São Cristóvão, monografia (Bacharelado em geografia), DGE/UFS, 1982.
  12. ROCHA, J. C. S. Faixas homogêneas para o planejamento dos recursos hídricos voltado ao abastecimento humano na bacia hidrográfica do rio Sergipe. Monografia de especialização. São Cristóvão, UFS, 2001.
  13. SANTOS, Rosely F. Planejamento Ambiental: Teoria e prática. São Paulo: Oficina de textos, 2004.
  14. SILVA, A. S. et al. Índice de sustentabilidade ambiental do uso da água: municípios da região do entorno do rio Poxim/SE. Boletim de Pesquisa e Desenvolvimento, Jaguariúna, Embrapa, Meio Ambiente, 2004, 46 p.
  15. SOUZA, A. C. Aracaju no contexto ambiental da Bacia Costeira do rio Sergipe. In: H. M. ARAÚJO, et al. (Orgs.). O Ambiente Urbano: visões geográficas de Aracaju. Aracaju: Editora UFS, 2006. p.266-284
  16. VILAR, J. W. C. Os espaços diferenciados da cidade de Aracaju: uma proposta de classificação. Revista de Aracaju, Aracaju, ano LIX, n. 9, p. 87-99, 2002.
  17. www.destaquenoticias.com.br. «Salinas do Aracaju: ascensão e crise, séculos 19 e 20». Consultado em 6 de julho de 2021 
  18. Moura ASA, Fontes AL, Dantas MAO, Santos WDG, Santos WA. Problemas ambientais no Rio do Sal (SE) decorrente da ação antropogênica. In: Anais XVI Encontro Nacional de Geógrafos; 2010 jul 25-31; Porto Alegre, Brasil. Rio grande do Sul: Associação dos Geógrafos Brasileiros; 2010, p.1-7.
  19. CEHOP – GEO Consultoria e Serviços. Relatório de Impacto Ambiental da ponte sobre o rio do Sal. Aracaju: outubro de 2000.
  20. SANTANA, José Lucas Oliveira. Zoneamento geoambiental da sub-bacia do Rio do Sal (SE). Aracaju: UNIT, 2005.