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Rio das Ostras

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Rio das Ostras
  Município do Brasil  
Símbolos
Bandeira de Rio das Ostras
Bandeira
Brasão de armas de Rio das Ostras
Brasão de armas
Hino
Lema Cidade-mãe de quem nasce ou de quem vem pra ela
Gentílico rio ostrense[1]
Localização
Localização de Rio das Ostras no Rio de Janeiro
Localização de Rio das Ostras no Rio de Janeiro
Localização de Rio das Ostras no Rio de Janeiro
Rio das Ostras está localizado em: Brasil
Rio das Ostras
Localização de Rio das Ostras no Brasil
Mapa
Mapa de Rio das Ostras
Coordenadas 22° 31′ 37″ S, 41° 56′ 42″ O
País Brasil
Unidade federativa Rio de Janeiro
Municípios limítrofes Casimiro de Abreu e Macaé
Distância até a capital 156 km
História
Emancipação 10 de abril de 1992 (32 anos)
Administração
Prefeito(a) Marcelino Carlos Dias Borba[1] (Sem partido, 2021–2024)
Características geográficas
Área total [1] 228 044 km²
População total (estimativa IBGE/2021[1]) 156 491 hab.
Densidade 0,7 hab./km²
Clima tropical
Altitude 4 m
Fuso horário Hora de Brasília (UTC−3)
Indicadores
IDH (IBGE/2010[1]) 0,773 alto
 • Posição RJ: 3.º
PIB (IBGE/2008[2]) R$ 6 271 895,131 mil
 • Posição BR: 69.º
PIB per capita (IBGE/2019[1]) R$ 51 379,20

Rio das Ostras é um município brasileiro das Baixadas Litorâneas, no estado do Rio de Janeiro. Está a uma altitude de quatro metros e sua população, conforme estimativas do IBGE de 2021, era de 156 491 habitantes.[1]

Dotado de belas praias, tem recebido altos investimentos aplicáveis em infraestrutura provenientes dos royalties concedidos pela Petrobras na área em questão. As praias mais conhecidas são: Praia da Tartaruga, Praia do Centro, Praia da Boca da Barra e Praia de Costazul. Na praia de Costazul existe a possibilidade da prática do surfe. Um dos pontos mais visitados no município é a Praça da Baleia, ao final da praia de Costazul. Nesta praça, há uma estátua de baleia Jubarte esculpida em bronze.

A história de Rio das Ostras perde-se nos meados de 1575, comprovada em relatos de antigos navegadores que passavam por esta região.

Situada na Capitania de São Vicente e habitada pelos indígenas Tamoios e Goitacases, Rio das Ostras tinha a denominação de Rio Leripe (molusco ou ostra grande), ou Seripe. Parte das terras da Sesmaria cedida pelo capitão-mor governador Martim Correia de Sá, no dia 20 de novembro de 1630 foi delimitada com dois marcos de pedra, colocados em Itapebussus e na barreta do rio Leripe, com a insígnia do Colégio dos Jesuítas.

Os indígenas e os jesuítas deixaram suas marcas nas obras erguidas nestes trezentos anos, como o da antiga igreja de Nossa Senhora da Conceição, o poço de pedras e o cemitério, com a ajuda dos índios e dos escravos. Após a expulsão dos jesuítas no ano de 1759, a igreja foi terminada no final do século XVIII, provavelmente pelos Beneditinos e Carmelitas.

A antiga igreja desmoronou totalmente na década de 1950 e sem restar ruínas, foi construída em 1950 uma nova igreja, próximo ao local onde se situava a primeira.

Um grande marco na cidade é a passagem do Imperador D. Pedro II. Que veio a descansar na sombra da figueira centenária.

O crescimento da cidade deu-se ao redor da igreja, e Rio das Ostras como rota de tropeiros e comerciantes rumo à Campos dos Goytacazes e Macaé, teve um progressivo desenvolvimento com a atividade da pesca, que foi o sustentáculo econômico da cidade até os meados do século XX.

A chegada da Estrada de Ferro Leopoldina, a construção da Rodovia Amaral Peixoto, a expansão turística da Região dos Lagos pela instalação da Petrobras em Macaé, foram de extrema importância para o crescimento e desenvolvimento de Rio das Ostras, que viu sua população crescer até chegar ao momento de sua emancipação político-administrativa, do município de Casimiro de Abreu, em 10 de abril de 1992.

Crescimento populacional
Censo Pop.
200036 419
2010105 676190,2%
2022156 49148,1%

Com 228 km² de área total, o município de Rio das Ostras tem em sua geografia caracterizada por um rico patrimônio natural e cultural.

Atualmente, encontra-se entre os municípios de maior taxa de crescimento demográfico no estado, 11% ao ano.[3]

Divisão administrativa

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A lei estadual nº 1984/92 criou o município de Rio das Ostras, com sede na antiga vila do mesmo nome, formado do território do distrito de Rio das Ostras, desmembrado do município de Casimiro de Abreu.[4]

O artigo 2º garante ao território do município de Rio das Ostras, a jurisdição em relação a dois distritos constituídos, sendo eles: Mar do Norte e Rocha Leão.[5]

Distritos e localidades

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Os principais núcleos populacionais do município de Rio das Ostras são a cidade-sede e duas vilas que compõem distritos municipais:

  • Mar do Norte;
  • Rocha Leão.
Mar do Norte

O Mar do Norte é um pequeno aglomerado urbano, situado ao litoral norte do município, o que sugeriu o nome, o Mar do Norte. Tem um grande potencial turístico, e atrai o público por suas belezas naturais. O distrito se localiza mais próximo da cidade de Macaé do que do centro urbano de seu município constituído.

Rocha Leão

Pequeno distrito, sua estrutura urbana é distante do centro de Rio das Ostras. As serras do Pote e da Careta estão junto a pequenos montes, com clima relativamente frio. A principal atração turística é o ecoturismo.

Gerenciamento costeiro

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Por estar inserido no bioma zona costeira, a gestão desse bioma no município de Rio das Ostras é viabilizada pelo fato deste ente local possuir um plano municipal de gerenciamento costeiro, instituído por uma lei municipal aprovada pela Câmara de Vereadores (Lei municipal nº 2.779/2022).[6]

O Plano Municipal de Gerenciamento Costeiro (PMGC) de Rio das Ostras tem o objetivo prioritário de regulamentar a utilização no território municipal dos recursos existentes na Zona Costeira. Assim, o PMGC contribui com a garantia e elevação da qualidade da vida da população municipal e a proteção do seu patrimônio natural, histórico, étnico e cultural.[6]

Uma particularidade da governança da política pública de gerenciamento costeiro de Rio das Ostras é que a lei municipal riostrense prevê um órgão colegiado que atua como um mecanismo de participação cidadã na gestão da zona costeira local: o Conselho Municipal de Gerenciamento Costeiro.[6]

Política e administração

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Sendo um município do Brasil, Rio das Ostras é administrada por dois poderes, o executivo e o legislativo, independentes e harmônicos entre si. O primeiro é representado pelo prefeito, auxiliado pelo seu gabinete de secretários e eleito pelo voto popular para um mandato de quatro anos, sendo permitida uma única reeleição para mais um mandato consecutivo, enquanto que o segundo é representado pela Câmara Municipal de Rio das Ostras, órgão colegiado de representação dos munícipes que é composto por vereadores também eleitos por sufrágio universal.[7]

As atuais autoridades que ocupam cargos de chefia na organização político-administrativa de Rio das Ostras são as seguintes:

Escultura de uma baleia-jubarte, na Praça da Baleia.

Conforme o Poder Executivo local, os principais pontos turísticos do município são:[10]

  • Píer do Emissário de Costazul — localizado na praia do Costazul, o emissário possui um píer com 200 metros para dentro da praia liberado para as pessoas onde é possível ter uma bela vista da região serrana da cidade e a prática de pesca amadora
  • Orla do Centro
    • Figueira centenária — figueira centenária onde o imperador brasileiro Dom Pedro II se sentou a sua sombra para descansar. Na mesma figueira também repousaram o presidente Getúlio Vargas, o príncipe Maximiliano e o príncipe João Henrique.
    • Poço de Pedras do Largo de Nossa Senhora da Conceição — construído em meados do século XVIII, por mão-de-obra escrava, era a fonte de água à beira-mar, onde o povo servia-se de água para beber e lavar louça. Recuperado no ano 2000, é o resgate da memória e identidade cultural de Rio das Ostras
  • Praça da Baleia — área de lazer e contemplação abriga a escultura de uma baleia-jubarte com 20 metros de comprimento, toda estrutura metálica, recoberta com chapas de bronze e liga de latão, feita pelo artista plástico, Roberto Sá, conhecido internacionalmente pelas esculturas hiper-realistas. Esta é a maior homenagem a um cetáceo no mundo[10][carece de fontes?]
  • Museu do Sítio Arqueológico Sambaqui da Tarioba — inaugurado em 1998, com exposição de peças catalogadas pela época, origem e denominação em reconstituição da pré-história desta região e é um dos únicos in situ do Brasil
  • APA da Lagoa de Irirylagoa com uma água escura, apelidada pelos moradores de "lagoa da Coca-Cola", pois apresenta uma intensa concentração de iodo, o que deixa a água com uma coloração semelhante à do refrigerante. Possui um mirante com cerca de 20 metros de altura
  • Centro Ferroviário de Cultura Guilherme Nogueira — museu situado na centenária Estação Ferroviária de Rocha Leão que faz parte da linha da Estrada de Ferro Leopoldina, ligando o Rio de Janeiro a Vitória.[11]
  • Praça do Trem — tem uma área total de aproximadamente 6 500m², sendo 420m² de área construída
  • Monumento Natural dos Costões Rochosos — é uma faixa de rochas e praias entre a Praia da Joana e a Praça da Baleia, é unidade de conservação do Município, com riqueza e diversificação de fauna e flora
  • Casa da Cultura Doutor Bento Costa Júnior — casa construída no final do século XIX para abrigar material de pesca e mais tarde como depósito de sal, transformada, por volta de 1940, na residência da família do médico Bento Costa Júnior. Foi considerada pelo Instituto Estadual do Patrimônio Cultural (Inepac) como patrimônio histórico e cultural da cidade. São realizadas mostras de artistas regionais no salão de exposições
  • Poço de Pedras do Largo de Nossa Senhora da Conceição (Poço das Pedras) — construído pelos escravos em meados do século XVIII é o marco para a construção da cidade. Registros históricos indicam que o poço permitia acesso a água potável para a tripulação de embarcações que cruzavam a Baía Formosa e aportavam no cais do morro do Limão (atual Iate Clube)
  • Parque Natural Municipal dos Pássaros — horto florestal com vegetação preservada da Mata Atlântica. Oferece informações de plantas e possui grande variedade de mudas ornamentais, medicinais e silvestres. Mini-zoo com animais domésticos e aves raras. São realizados passeios nas trilhas do Parque. Estes passeios são gratuitos. No mais longo deles, são gastos 40 minutos de caminhada pela restinga. No mais curto, é visitado um grande viveiro onde ficam espécies variadas de pássaros
  • Orla de Costazul — obra de urbanização realizada pela Prefeitura, que em sua 1ª fase, criou 850 metros lineares de área de lazer e preservação, com ciclovia, academia de ginástica ao ar livre, quiosques, playgrounds e 15 mil m² de área de restinga preservada
  • Centro Ferroviário de Cultura
  • Parque Municipal Roberto Cação

Alguns outros locais de destaque:

Feriados, festejos e eventos culturais

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Esses são os principais eventos oficiais:[13][14]

Outros eventos

Referências

  1. a b c d e f g «Rio das Ostras - Panorama». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Consultado em 2 de março de 2022 
  2. «Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-2008». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 11 de dezembro de 2010 
  3. «Prefeitura de Rio das Ostras - Dados Municipais». Prefeitura de Rio das Ostras. Consultado em 13 de janeiro de 2022 
  4. «Lei nº 1.984 de 10 de Abril de 1992». Jusbrasil. Consultado em 13 de janeiro de 2022 
  5. «Artigo 2 da Lei nº 1.984 de 10 de Abril de 1992». Jusbrasil. Consultado em 13 de janeiro de 2022 
  6. a b c «LEI Nº 2779/2022» (PDF). Jornal Oficial do Município de Rio das Ostras. Consultado em 28 de maio de 2024 
  7. MEIRELLES, Hely Lopes. Direito municipal brasileiro. 18. ed. São Paulo: Malheiros, 2017.
  8. a b «Prefeito e vereadores de Rio das Ostras tomam posse; veja lista de eleitos». G1. Consultado em 28 de maio de 2024 
  9. «Vice-prefeito de Rio das Ostras joga balde de água fria em esquema de prefeito». Conexão Fluminense. Consultado em 28 de maio de 2024 
  10. a b «Pontos Turísticos de Rio das Ostras». Prefeitura de Rio das Ostras. Prefeitura de Rio das Ostras. Consultado em 13 de janeiro de 2022 
  11. «Rocha Leão -- Estações Ferroviárias do Estado do Rio de Janeiro». www.estacoesferroviarias.com.br. Consultado em 22 de agosto de 2020 
  12. «Reserva Biológica União». Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Consultado em 29 de abril de 2020 
  13. «Turismo - Principais eventos». Prefeitura de Rio das Ostras. Consultado em 23 de abril de 2020. Arquivado do original em 3 de fevereiro de 2014 
  14. «Experimente nossos eventos». Experimente Rio das Ostras. Consultado em 24 de abril de 2023 

Ligações externas

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