Rio Erinlé
Rio Erinlé | |
---|---|
Afluentes esquerda |
Otim |
País(es) | Nigéria |
Distrito | Oxum |
Rio Erinlé[1] (em iorubá: Odò Erinlè) é um rio no estado de Oxum, na Nigéria, um afluente direito do rio Oxum, que influi pelo norte através de Edê logo abaixo da represa de Edê. Outra represa, a de Erinlé, fica no alto do rio. A água de ambas abastece Oxobô, a capital do estado. Existem problemas de saúde significativos com a água não tratada.
Nome
[editar | editar código-fonte]Na tradição iorubá, Erinlé foi um indivíduo que se tornou orixá. Diz-se que levou o primeiro olobu (rei) ao local da cidade de Ilobu, e protegeu os citadinos dos fulas.[2] É tido como caçador, mas às vezes como herborista ou fazendeiro. Diz-se que certa vez afundou a terra perto de Ilobu e se tornou rio. Toda a Iorubalândia o conhece[3] e seu culto é encontrado em cidades do antigo Império de Oió. Seus santuários contêm pedras lisas e redondas do rio Erinlé.[2] Seu nome, por sua vez, pode ser derivado de erim (elefante) e ilé (terra), ou de erim e ilê (casa).[3]
Fonte
[editar | editar código-fonte]Erinlé surge ao sul de Ofá. Junto do Obá, que surge a 15 quilômetros ao norte de Obomoxó, são os principais afluentes do Oxum. Erinlé tem áreas residenciais, comerciais e industriais em ambos as margens, que a partir de 2012 lançaram resíduos não tratados no rio. Também foi poluído pelo excesso de fertilizantes e pesticidas das terras agrícolas.[4] As antigas e novas represas no rio fornecem água para Oxobô, a capital do estado, que também usa poços e furos para obter água.[5] Malária e diarreia são galopantes em Oxobô, particularmente nas áreas residenciais de alta densidade onde as pessoas dependem da água pública.[6]
Barragens
[editar | editar código-fonte]A antiga barragem de Erinlé, situada em Edê,[7] foi concluída em 1954, com capacidade de 5 300 000 metros cúbicos.[8] Testes em junho e julho de 2011 mostraram que a água tratada da represa tinha uma alta presença de coliformes, resistentes aos antibióticos comumente usados na Nigéria, e não era adequada para beber sem tratamento adicional.[9] A nova represa do Erinlé, situada em Olorundá, fica a montante da anterior, a 330 metros acima do nível do mar. Foi concluída em 1989 e pertence e é operada pela Corporação de Água do Estado de Oxum (em inglês: Osun State Water Corporation).[10] Seu reservatório se estende por 12 quilômetros a montante do Erinlé e cobre a porção mais baixa do Otim, que entra nele pela esquerda.[11] Quando está mais cheio, tem altura de comprimentos de 677 metros e altura máxima de 27. Sua capacidade máxima de armazenamento é de 94 000 000 metros cúbicos. Seu vertedouro tem uma carta de 800 metros cúbicos por segundo. A barragem é usada para abastecimento de água, controle de enchentes e pesca.[10] A esquistossomose, tanto urinária quanto intestinal, foi relatada a jusante da represa em 1991. Um estudo em 2000-01 descobriu que a prevalência dos caramujos hospedeiros e da infecção humana aumentou significativamente desde então.[12]
Referências
- ↑ Kileuy 2015.
- ↑ a b Drewal 1989, p. 167.
- ↑ a b Witte 1982, p. 161.
- ↑ Oyebanjo 2012, p. 2.
- ↑ Fadare 2008, p. 37.
- ↑ Fadare 2008, p. 40.
- ↑ Timi 2013, p. 1099.
- ↑ Oladejo 2014, p. 15.
- ↑ Timi 2013, p. 1107-1108.
- ↑ a b Oladejo 2006, p. 844.
- ↑ Adediji 2008, p. 111.
- ↑ Oladejo 2006, p. 843.
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Adediji, A.; Ajibade, L. T. (2008). «The change detection of major dams in Osun State, Nigeria using remote sensing (RS) and GIS techniques». Ilorim: Departamento de Geografia da Universidade de Ilorim. Jornal de Geografia e Planejamento Regional. 1 (6): 110-115
- Drewal, Henry John; Pemberton, John; Abiodun, Rowland; Wardwell, Allen (1989). Yoruba: nine centuries of African art and thought. Nova Iorque: Centro de Arte Africana em Associação com H.N. Abrams. ISBN 978-0-8109-1794-1
- Fadare, S. O.; Olawuni, P. O. (2008). «Domestic Water Supply and Health of Households in the Three Residential Densities in Osogbo, Osun State, Nigeria». Ethiopian Journal of Environmental Studies and Management. 1 (2)
- Kileuy, Odé; Oxaguiã, Vera de (2015). «rio Erinlé». O candomblé bem explicado: Nações Bantu, Iorubá e Fom. Pallas: Rio de Janeiro
- Oladejo, S. O.; Ofoezie, I.E. (2006). «Unabated schistosomiasis transmission in Erinle River Dam, Osun State, Nigeria: evidence of neglect of environmental effects of development projects». Tropical Medicine and International Health. 11 (6): 843–850. PMID 16772006. doi:10.1111/j.1365-3156.2006.01628.x
- Oladejo, O. S. (2014). «Material Properties as a Mesure of the Aging Effects of Embarkment Dams». International Journal of Engineering and Advanced Technology Studies. 2 (1)
- Oyebanjo, O. A.; Joshua, E. O. and Jibiri, N. N. (2012). «Natural Radionuclides and Hazards of Sediment Samples Collected from Osun River in Southwestern Nigeria». The Pacific Journal of Science and Technology. 13: 391-396
- Timi, Adesoji A.; Adeniyi, Ogunjobi A. (2013). «Physicochemical Properties and Occurrence of Antibiotic-Resistant Bacteria in Ife and Ede Water Distribution Systems of Southwestern Nigeria». World Applied Sciences Journal. 27 (9). ISSN 1818-4952
- Witte, H. (1982). «Mud-fish symbolism in Yoruba iconography». Commemorative Figures. Leida: Brill Archive. ISBN 978-90-04-06779-0