Regina Silveira
Regina Silveira | |
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Nome completo | Regina Scalzilli Silveira |
Nascimento | 18 de janeiro de 1939 (85 anos) Porto Alegre, Rio Grande do Sul |
Nacionalidade | Brasil |
Ocupação | Artista multimídia, gravadora, pintora e professora universitário |
Empregador(a) | Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo |
Página oficial | |
reginasilveira |
Regina Silveira (Porto Alegre, 18 de janeiro de 1939) é uma artista plástica e arte-educadora brasileira.
Formação
[editar | editar código-fonte]Iniciou sua formação em Porto Alegre, tendo se formado no Instituto de Artes da UFRGS em 1959, e estudado pintura e gravura com Iberê Camargo e estabelecido com ele duradoura convivência.[1]
No ano de 1980 concluiu mestrado, Escola de Comunicação e Artes (ECA) da Universidade de São Paulo (USP), sob orientação de Wolfgang Pfeiffer, com a dissertação Anamorfas.
Doutora em 1984, orientada novamente por Wolfgang Pfeiffer, também pela ECA-USP, defendendo a tese Simulacros.[2]
Com intensa atuação no campo das artes nos anos 1970, contribuiu para o estabelecimento da arte conceitual no Brasil.[3]
Carreira
[editar | editar código-fonte]Começou a trabalhar como ilustradora e pintora e chegou a fazer xilogravuras com pacientes do Hospital Psiquiátrico de Porto Alegre, de onde surgiu uma de suas primeiras séries, "As Loucas". Surgem viagens para a Europa, onde entrou em contato com a arte conceitual. Neste período casa-se com o artista conceitual espanhol Julio Plaza[3]. Entre 1969 e 1973 o casal passou a lecionar na Universidade de Puerto Rico no Campus de Mayaguez para em seguida mudarem-se para São Paulo em 1974. A partir do convite de Walter Zanini, Regina lecionou na Fundação Armando Álvares Penteado entre 1973 e 1985 e mais tarde na Universidade de São Paulo entre 1974 e 1994, e na pós-graduação da Universidade de São Paulo até meados do anos 2000.[4]
Regina Silveira foi estudante de artistas renomados nas áreas de pintura e gravura. Dentre seus professores estão Aldo Locatelli, Ado Malagoli, Iberê Camargo e Francisco Stockinger.[3]
Nos anos 1970 executou séries de gravuras com malhas e perspectivas como Labirintos, "Labirintos para Abutres" e "Armadilha para Executivos". Começou a utilizar imagens fotográficas e procedimentos fotomecânicos nas gravuras das séries Middle Class & Co., "Destruturas Urbanas" e Jogos de Arte, e passou a atuar no circuito da mail art. Neste período tornou-se importante artista multimídia e pioneira da vídeo-arte no país.[5]
Na década de 1980, como parte de seu projeto de Doutorado em Artes pela Universidade de São Paulo, realizou a importante série Anamorfas, sobre as distorções da perspectiva, um complexo de gravuras e desenhos que lhe abriram novos horizontes. Logo depois, outro importante trabalho, Simulacros, foi fruto do uso de sistemas artificiais para a construção das formas no espaço. A partir da década de 1990 iniciou uma longa sequencia de instalações de grande formato e obras públicas utilizando meios de produção gráfica próprios de comunicação de massa para criar intervenções em espaços arquitetônicos. Entre as mostras importantes do período, destacam-se Lumen, 2005 (Palácio de Cristal, Museo Reina Sofia, Madrid (2005); Tropel Reversed, 2009, no Køge Art Museum, Denmark; Linha de Sombra (2009) no Centro Cultural Banco do Brasil, Rio de Janeiro; Abyssal, na galeria Atlas Sztuki (2010), em Lodz, Poland; 1001 Dias e Outros Enigmas, na Fundação Iberê Camargo, Porto Alegre, Brasil (2011), Offscale, na Galeria Luciana Brito, São Paulo (2013) e "El Sueño de Mirra y Otras Constelaciones" no Museu Amparo, Puebla, México (2014).[carece de fontes].
Entre grandes eventos e Bienais, participou das Bienais de São Paulo em 1983 e 1998, na Bienal do Mercosul (2001, 2011), e na VI Bienal de Taipei (2006),[6] além de mostras “Brazil: Body and Soul”, no Guggenheim Museum, New York (2001); “Philagrafika 2010”, na Philadelphia e a “ Mediations Biennale”, Poznan, Polônia (2012). A artista recebeu bolsas da John Simon Guggenheim Foundation (1990), da Pollock-Krasner Foundation (1993) e da Fulbright Foundation (1994). A artista recebeu prêmios da Fundação Bunge Prêmio nas Artes em 2009, o Grande Prêmio da Crítica, dado ao trabalho Tramazul, executado no MASP (2010/2011) pela APCA (Associação dos Críticos de arte de São Paulo) em 2011.[carece de fontes]
Referências
- ↑ Instituto Itaú Cultural. «Regina Silveira». Enciclopédia Itaú Cultural. Consultado em 7 de maio de 2021
- ↑ «Currícula Lattes - Regina Silveira». CNPq. CNPq - Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico. Consultado em 7 de maio de 2021
- ↑ a b c Ribeiro, Daniela Maura (julho de 2021). «Regina Silveira e Julio Plaza: agentes da arte conceitual brasileira». USP. Intelligere: Revista de História Intelectual (11): 111-115. Consultado em 2 de junho de 2022
- ↑ MORAES, Angélica de (1996). Regina Silveira: cartografias da sombra. São Paulo: Edusp. p. 114. ISBN 85-314-0348-0
- ↑ «Projetos e experiências». Itaú Cultural. Consultado em 2 de junho de 2022
- ↑ Terra Brasilis. arte brasileira no acervo conceitual do MAC USP. São Paulo: Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo. 2019. p. 209. ISBN 9788863195166
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- Currículo Lattes de Regina Silveira
- «Produção intelectual de Regina Silveira cadastrada no Repositório da Produção USP»
- «Site oficial de Regina Silveira, com imagens de suas obras»
- SELIGMANN-SILVA, M., “Sombras e Luzes: Reprodução técnica e os rastros efêmeros do desaparecimento na obra de Regina Silveira”, in: O eixo e a roda: v. 20, n. 2, 2011, pp. 131-156.
- Nascidos em 1939
- Pintores do Rio Grande do Sul
- Gravadores do Rio Grande do Sul
- Arte-educadores do Brasil
- Naturais de Porto Alegre
- Artistas contemporâneos do Brasil
- Artistas multimídia do Brasil
- Professores da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo
- Mulheres artistas
- Mulheres do Rio Grande do Sul