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Rádio Nova Morada

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(Redirecionado de Rádio Mulher)
Rádio Nova Morada
Rádio Mulher Ltda.
País Brasil
Frequência(s) AM 1260 KHz
eFM 84.3 MHz
Antigas frequências:
AM 730 kHz (1957-1975)
Sede São Paulo, SP
Pertence a Sistema Integrado de Comunicação Roberto Montoro
Proprietário(s)
Antigo(s) proprietário(s) Francisco Monteleone
Audiência 5.949,03 mil ouvintes por minuto (2009)[1]
Afiliações Super Rede Boa Vontade de Rádio
Afiliações anteriores
Idioma Português
Prefixo ZYK 688
Prefixo(s) anterior(es) ZYR 80[2]
Nome(s) anterior(es)
  • Rádio Santo Amaro
  • Rádio Mulher
  • Rádio Morada do Sol
Cobertura
Página oficial radionovamoradasp.com.br

Rádio Nova Morada é uma emissora de rádio brasileira sediada em São Paulo, capital do estado homônimo. Opera no dial AM, na frequência 1260 kHz e no dial eFM na frequência 84.3 MHz na banda estendida, retransmitindo a programação da Super Rede Boa Vontade de Rádio, e pertence ao Sistema Integrado de Comunicação Roberto Montoro, sediado em Araraquara. Seu transmissor de AM está localizado no bairro Jardim Ângela e o de FM está situado na Avenida Doutor Arnaldo.[3][4]

Fundada como Rádio Santo Amaro (originalmente Rádio Difusora Hora Certa de Santo Amaro ou Rádio Difusora de Santo Amaro) pela comunidade japonesa,[5] pelos irmãos Kohei e Mario Okuhara, era sediada na Avenida da Liberdade e operava na frequência 730 kHz e trouxe a ex-apresentadora do Imagens do Japão Rosa Miyake. Já foi também de propriedade de Paulo Machado de Carvalho[6] e Paulo Machado de Carvalho Filho[7]. Posteriormente, a emissora é adquirida por Francisco Monteleone e transfere-se para a Rua Granja Julieta.[8]

Foi comprada em 1969 por Roberto Montoro com a Rádio Voz da Araraquarense de Araraquara. Em 1970, é lançada a Rádio Mulher, uma sociedade de Roberto com o irmão Antonio Bruno Montoro. A rádio nasceu com uma proposta inovadora, sendo feita por mulheres e voltada para o público feminino.[9] A emissora contou com nomes como Hebe Camargo, apresentando programa similar ao que comandava na TV.[10] A emissora foi uma das últimas de São Paulo a se dedicar às radionovelas.[11] Em 1975, passa a operar na frequência 1260 kHz.[12]

Em 2 de julho de 1971, entra no ar sua primeira equipe esportiva inteiramente feminina, chefiada pela publicitária Helena Marques.[13] Pela equipe já passaram nomes como a locução de Zuleide Ranieri[14]; comentários de Jurema Iara e Leila Silveira; comentários de arbitragem de Léa Campos — que também era juíza; na reportagem, Germana Garili[15], Claudete Troiano[16] e Branca do Amaral; no plantão, na sede da rádio, ficavam as locutoras Liliam Loy, Siomara Nagi e Terezinha Ribeiro.[17] O objetivo era trazer mais mulheres aos estádios, onde o slogan era "A cada mulher a mais no estádio, um palavrão a menos".[18] No entanto, os baixos índices de audiência provocaram a dissolução da equipe em 1975.[17][19] Outro motivo para o fim da equipe era o preconceito por parte dos profissionais masculinos que reclamavam em ter que dividir espaço com as repórteres femininas.[20] Esta equipe foi substituída por outra, composta por 15 homens.[21] Além da equipe esportiva, havia também dificuldade em manter a equipe feminina da emissora[22], que dos 136 funcionários, 132 eram mulheres que atuavam na produção, apresentação, da parte burocrática e direção-geral.[23] Em dezembro de 1980, a Rádio Mulher aparecia na décima colocação (empatada com a Rádio Gazeta) entre as rádios mais ouvidas na Grande São Paulo, com 0,09% de acordo com medição do Ibope.[24]

Por volta de 1985, era registrado que o projeto inicial já havia sido abandonado e boa parte de sua programação era comandada por homens.[25] Em 1986 e 1987, a Rádio Mulher comemorava êxito em sua programação 100% sertaneja.[26][27] Sob o nome Rádio Morada do Sol[1], sua programação foi arrendada para a Igreja Pentecostal Deus é Amor, em meados dos anos 1990.

Em 24 de janeiro de 2021, a Rádio Morada do Sol anunciou que deixaria o estilo religioso, para seguir com uma nova programação, com isso encerrando cerca de 30 anos de parceria com a Rádio Deus é Amor.[28]

Em março de 2021, estreiam na grade os pastores Marinho Silva e Ezequiel Pires.

Em abril de 2021, estreiam os programas "Fabiano Souza", de variedades, e "André e Você", apresentado pelo psicólogo André Lúcio Nicoli, dirigido a temas sobre comportamento. Em maio do mesmo ano, foi firmada uma parceria de conteúdo com o Instituto Unieb.

Em janeiro de 2022, um novo formato popular foi lançado na frequência; com o nome fantasia de Nova Morada. O projeto contou com comunicadores como Thiago Matheus e Kaká Siqueira e visava a migração da emissora para os 84,3 MHz, na faixa de FM estendido.[29]. Atualmente, a equipe de comunicadores também conta com a jornalista Silvia Vinhas, que apresenta de segunda a sexta-feira, às 12h, o programa Conexão Nova Morada.

O time de comunicadores contou com a experiência de Rubens Palli, que já atuou em diversas emissoras paulistas, e comandava o programa "Sintonia Nova Morada", às 14h. O comunicador Thiago Matheus, além de ter apresentado o "Expresso Nova Morada, de segunda a sexta-feira, a partir das 9h, também foi o responsável artístico da Nova Morada.

A experiência do comunicador Rony Magrini também foi um diferencial com o "Bom Dia, Nova Morada".

Em fevereiro de 2022, contou com as transmissões de futebol em parceria com a Rádio 365.

A emissora também contou com o DJ Rui Taveira a frente do programa Dance Bem nas noites de sábado com os clássicos das pistas, além da comunicadora Priscila Cardoso. No início de 2023, contou também com os comunicadores Gilberto Nascimento, Luiz Torquato, Walmir Amaral e o jornalista Wagner Belmonte. Com isso, o programa "Bom Dia, Nova Morada" passou a iniciar-se às 7h.[30]

Em 1º de fevereiro, a Nova Morada iniciou testes no FM estendido em 84,3 MHz[31]e oficializou as transmissões na faixa estendida em 18 de abril do mesmo ano.[32] Porém, a programação foi se desmanchando gradualmente até que outra grade ocupou o espaço. Essa situação durou até que, sem qualquer aviso, em 10 de agosto, passou a retransmitir na íntegra a programação da Rádio Grenal.[33][34][35] Isso durou até 9 de outubro, quando também sem aviso, trocou a retransmissão da Grenal pela programação da Super Rede Boa Vontade de Rádio (da LBV) no AM 1260 e 2 dias depois no FM 84.3, o que foi confirmada pela Rede, cuja estreia da emissora nas duas frequências aconteceu no dia 16.[36] [37]

Referências

  1. a b BUFARAH, Álvaro; FERREIRA, Gisele Sayeg Nunes; SILVA, Júlia Lúcia de Oliveira Albano da; VILLAÇA, Lenize; PRADO, Magaly; SERGL, Marcos Júlio; RANGEL, Patrícia (2010). «Panorama do Rádio em São Paulo» (PDF). XXXIII Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação. Caxias do Sul, Rio Grande do Sul: Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação. Consultado em 15 de abril de 2019 
  2. Ezio Begalli (29 de junho de 1954). «Estações de radiodifusão». Folha de S.Paulo. p. 6. Consultado em 15 de abril de 2019 
  3. «Relatório do Canal». Anatel 
  4. «Rádio Nova Morada opera no dial FM de São Paulo em caráter experimental» 
  5. Beatriz Kushnir (26 de out de 2015). Cães de guarda: Jornalistas e censores, do AI-5 à Constituição de 1988. [S.l.]: Boitempo Editorial. p. 378. Consultado em 15 de abril de 2019 
  6. Adriano Barbiero (4 de maio de 2007). «Rádio Bandeirantes completa 70 anos». Bastidores do Rádio. Consultado em 15 de abril de 2019. Arquivado do original em 10 de junho de 2013 
  7. Milton Jung (2008). Jornalismo de rádio. [S.l.]: Editora Contexto. Consultado em 15 de abril de 2019 
  8. Maurício Kubrusly (24 de setembro de 1978). «O rádio de hoje». Folha de S.Paulo. p. 10. Consultado em 15 de abril de 2019. Ver coluna da lateral esquerda, começando no tópico "NACIONAL". 
  9. «Câmara dos Deputados - DETAQ, sessão 146.2.52.O, páginas 166 a 169 (06/07/2004)». Câmara dos Deputados. 6 de julho de 2004. Consultado em 15 de abril de 2019 
  10. Helena Silveira (21 de abril de 1978). «Quadra de Ases». Folha de S.Paulo. p. 40. Consultado em 15 de abril de 2019 
  11. Paulo Mayr Cerqueira (30 de dezembro de 1977). «Interior, o único mercado para nossas radionovelas». Folha de S.Paulo. p. 39. Consultado em 15 de abril de 2019 
  12. «Emissoras vão funcionar com maior potência». Folha de S.Paulo. 15 de junho de 1975. p. 34. Consultado em 15 de abril de 2019 
  13. Nelio Lima (4 de julho de 1971). «As mulheres em campo, transmitindo o jogo». Folha de S.Paulo. p. 16. Consultado em 15 de abril de 2019 
  14. Adriano Barbiero (17 de novembro de 2015). «Zuleide Ranieri relembra equipe esportiva feminina da Rádio Mulher». Bastidores do Rádio. Consultado em 15 de abril de 2019. Arquivado do original em 29 de julho de 2016 
  15. «Acervo de Germana Garilli, a Gêgê». Museu do Futebol. Consultado em 15 de abril de 2019 
  16. Karla Torralba (17 de novembro de 2017). «Claudete relembra vida no futebol e "empurrão" para Renata Fan na Record». UOL. Consultado em 15 de abril de 2019 
  17. a b COSTA, Maiara Helena Lourenço; CARDOSO, Lenize Villaça (2017). «A Presença de Mulheres no Radiojornalismo Esportivo de São Paulo» (PDF). XXII Congresso de Ciências da Comunicação na Região Sudeste. Volta Redonda, Rio de Janeiro: Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação. Consultado em 15 de abril de 2019 
  18. Marcelo Duarte (18 de maio de 2015). «Projeto sobre futebol feminino dá destaque para as pioneiras da Rádio Mulher». Blog do Curioso. Consultado em 15 de abril de 2019 
  19. Márcio de Oliveira Guerra (2006). «RÁDIO X TV: O JOGO DA NARRAÇÃO» (PDF). Intercom – Sociedade Brasileira de Estudos Interdisciplinares da Comunicação. Consultado em 15 de abril de 2019 
  20. DA LUZ, Laura Becker (2015). «Em busca de espaço: mulheres no jornalismo esportivo em rádio e televisão» (PDF). Porto Alegre: Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Consultado em 15 de abril de 2019 
  21. Daiana Caroline Spier (2013). A credibilidade da mulher no jornalismo esportivo. [S.l.]: I Noite Da IniciaÇÃo CientÍfica. p. 378. Consultado em 15 de abril de 2019 
  22. «A comunicação do ângulo feminino». Folha de S.Paulo. 21 de outubro de 1975. p. 35. Consultado em 15 de abril de 2019 
  23. «Rádio Nacional vai demitir 250». O Estado de S. Paulo. 24 de abril de 1974. p. 18. Consultado em 15 de abril de 2019. Ler o tópico "Rádio Mulher". 
  24. Walter Silva (25 de dezembro de 1980). «Ibope dá números do rádio». Folha de S.Paulo. p. 26. Consultado em 15 de abril de 2019 
  25. Rinaldo Gama (8 de abril de 1986). «Ausência da mulher no AM». Folha de S.Paulo. p. 30. Consultado em 15 de abril de 2019 
  26. «Contatos». Folha de S.Paulo. 28 de setembro de 1986. p. 60. Consultado em 15 de abril de 2019 
  27. «Publicidade». Folha de S.Paulo. 17 de maio de 1987. p. C28. Consultado em 15 de abril de 2019 
  28. «Após migrar para 97.3 FM, Deus é Amor deixa a Rádio Morada do Sol de São Paulo e faz expectativa no Rio de Janeiro». Tudo Rádio. 1 de fevereiro de 2021. Consultado em 2 de fevereiro de 2021 
  29. «tudoradio.com - Nova Morada será lançada em São Paulo a partir de janeiro e define canal em FM - Rádio News». tudoradio.com. Consultado em 5 de janeiro de 2022 
  30. «Rádio Nova Morada inicia 2023 com mudanças em sua programação em São Paulo». tudoradio.com 
  31. «Rádio Nova Morada opera no dial FM de São Paulo em caráter experimental». tudoradio.com 
  32. «Rádio Nova Morada de São Paulo migra para FM e amplia alcance na região». tudoradio.com 
  33. «Indiretamente e pela metade, Haroldo de Souza realiza sonho de narrar no rádio de São Paulo». Radioamantes. 22 de agosto de 2023 
  34. «tudoradio.com - Plantão: Rede Pampa confirma transmissão da Rádio Grenal em São Paulo - Rádio News». tudoradio.com. Consultado em 13 de agosto de 2023 
  35. «Rádio Grenal aparece no dial paulistano». NTVB. 9 de agosto de 2023 
  36. «tudoradio.com - Após deixar Rádio Grenal, Rádio Nova Morada reativa AM e retransmite Super Rede Boa Vontade - Rádio News». tudoradio.com. Consultado em 12 de outubro de 2023 
  37. «boavontade.com - Novas formas para sintonizar a Super RBV em São Paulo/SP». boavontade.com. Consultado em 12 de outubro de 2023 

Ligações externas

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