Qualidade de vida
Qualidade de vida é o método utilizado para mensurar as condições de vida de um ser humano, é o conjunto de condições que contribuem para o bem estar físico e espiritual dos indivíduos em sociedade. Envolve o bem estar espiritual, físico, psicológico e emocional, relacionamentos sociais[1][2] saúde, educação, poder de compra, habitação, saneamento básico e outras circunstâncias da vida. Ela manifesta uma síntese cultural de todos os elementos que determinada sociedade considera seu padrão de conforto e bem-estar.[3][4] Não deve ser confundida com padrão de vida, uma medida que quantifica a qualidade e quantidade de bens e serviços disponíveis.
Avaliação:
A Organização Mundial da Saúde desenvolveu um questionário para aferir a qualidade de vida, que possui duas versões validadas para o português, o 100 (composto por 100 questões) denominado tecnicamente como WHOQOL-100 e o composto por 26 questões chamado pelo acrônimo WHOQOL-bref.
É composto por seis domínios: o físico, o psicológico, o do nível de independência, o das relações sociais, o do meio ambiente e o dos aspectos religiosos.[5]
Índice de desenvolvimento humano
[editar | editar código-fonte]O Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) é uma medida comparativa de riqueza, alfabetização, educação, esperança média de vida, natalidade e outros fatores. É uma maneira padronizada de avaliação e medida do bem-estar de uma população, especialmente o bem-estar infantil.
No trabalho
[editar | editar código-fonte]Existem diversas interpretações para qualidade de vida no trabalho:[1][2] desde o foco médico da ausência de doenças da pessoa, até as exigências de recursos, objetos e procedimentos que atendam demandas coletivas em determinada situação, compondo amplos programas de qualidade de vida no trabalho (QVT).
De maneira genérica, pode-se dizer que qualidade de vida no trabalho (QVT) é um conjunto de ações que envolve diagnóstico e implantação de melhorias e inovações gerenciais, tecnológicas e estruturais dentro e fora do ambiente de trabalho, visando propiciar condições plenas de desenvolvimento humano para e durante a realização do trabalho.[6]
A sociedade vive novos paradigmas sobre modos de vida dentro e fora do trabalho, construindo novos valores relativos às demandas de QVT. Desse modo, diversas ciências têm dado suas contribuições, tais como:
- Saúde: Busca preservar a integridade física, mental e social do ser humano. Está indo além do controle de doenças em vista de avançar em dimensões biomédicas e proporcionar maior expectativa de vida;
- Ecologia: Atribui ao homem responsabilidade pela preservação do sistema dos seres vivos e dos insumos da natureza;
- Ergonomia: Estuda as condições de trabalho visando o conforto dos trabalhadores;
- Psicologia: Demonstra a influência das atitudes internas de cada pessoa em seu trabalho e a importância do significado das necessidades individuais para seus desenvolvimentos no trabalho;
- Administração: Procura aumentar a capacidade de mobilizar recursos para atingir resultados, em ambiente cada vez mais complexo, mutável e competitivo;
- Engenharia: Elabora formas de produção voltadas para a flexibilização da manufatura, armazenamento de materiais, uso da tecnologia, organização do trabalho e controle de processos.[6]
Ver também
[editar | editar código-fonte]- Buen vivir (Sumak Kawsay)
Referências
- ↑ a b Moacyr Roberto Cucê Nobre (1995). «Qualidade de vida» (PDF). Arquivos Brasileiros de Cardiologia. Consultado em 12 de março de 2017. Cópia arquivada (PDF) em 12 de março de 2017
- ↑ a b Ana Cristina Limongi-França (2003). «Qualidade de vida no trabalho : conceitos e práticas nas empresas da sociedade pós-industrial». Biblioteca Virtual em Saúde (BVS). Consultado em 12 de março de 2017. Cópia arquivada em 13 de março de 2017
- ↑ Minayo, Maria Cecília de Souza; Hartz, Zulmira Maria de Araújo; Buss, Paulo Marchiori (2000). «Qualidade de vida e saúde: um debate necessário». Ciência & Saúde Coletiva: 7–18. ISSN 1413-8123. doi:10.1590/S1413-81232000000100002. Consultado em 16 de junho de 2021
- ↑ Landeiro, Graziela Macedo Bastos; Pedrozo, Celine Cristina Raimundo; Gomes, Maria José; Oliveira, Elizabete Regina de Araújo (outubro de 2011). «Revisão sistemática dos estudos sobre qualidade de vida indexados na base de dados SciELO». Ciência & Saúde Coletiva. 16: 4257–4266. ISSN 1413-8123, 1678-4561 1413-8123, 1413-8123, 1678-4561 Verifique
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(ajuda). doi:10.1590/S1413-81232011001100031. Consultado em 16 de junho de 2021 - ↑ Minayo, Maria Cecília. «Qualidade de vida e saúde: um debate necessário» (PDF). Universidade Paulista. Consultado em 13 de junho de 2020
- ↑ a b Lindolfo Galvão de Albuquerque e Ana Cristina Limongi-França (1998). «Estratégias de recursos humanos e gestão da qualidade de vida no trabalho: o stress e a expansão do conceito de qualidade total». Revista de Administração. v. 33 (n. 2). Consultado em 19 de outubro de 2014. Arquivado do original em 19 de outubro de 2014