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O país é o lar de uma das civilizações mais antigas do mundo, que começa com a formação do reino do Elão em 2 800 a.C. Os povos iranianos medos unificaram o país no primeiro de muitos impérios que se iriam seguir em 625 a.C., após a nação se tornar no principal poder cultural e político dominante na região. O Irã atingiu o auge de seu poder durante o Império Aquemênida, fundado por Ciro, o Grande em 550 a.C. e que, na sua maior extensão, compunha grandes porções do mundo antigo, que se estendiam do vale do Indo, no leste, à Trácia e Macedônia, na fronteira nordeste da Grécia, tornando-se num dos maiores impérios que o mundo já vira. Os aquemênidas entraram em colapso em 330 a.C. após as conquistas de Alexandre, o Grande, mas o país alcançou uma nova era de prosperidade após o estabelecimento do Império Sassânida em 224 d.C., sob o qual o Irã se tornou uma das principais potências da Europa Oriental e da Ásia Central nos quatro séculos seguintes.
O conflito inicial ocorreu entre 634 e 718, terminando no segundo cerco árabe a Constantinopla, que marcou a rápida expansão árabe na Anatólia. No entanto, a região continuou a ser ocasionalmente fustigada por razias árabes e os conflitos reacenderam-se no final do século VIII, continuando nos séculos seguintes e só terminando em 1169. A ocupação do sul de Itália pelos Abássidas no século IX e X não teve tanto êxito como a da ocupação da Sicília.
Abu Ali Almançor Taricu Aláqueme (Abū ʿAlī al-Manṣūr Tāriqu al-Ḥākim), chamado de Aláqueme Biamir Alá (em árabe: الحاكم بأمر الله; romaniz.: al-Ḥākim bi-Amr Allāh; lit. "Governante por comando de Deus [Alá]") ou somente de Aláqueme,Haquino ou Haquim, foi o sexto califa fatímida e o décimo-sexto imame ismaelita, governando entre 996 e 1021. Aláqueme foi o primeiro governante da dinastia dos fatímidas que nasceu no Egito. Era filho do seu antecessor, o califa Alaziz. Foi proclamado herdeiro em 993, após a morte do seu irmão mais velho Maomé e sucedeu ao pai em 996 quando tinha apenas onze anos, com o poder de fato nas mãos de seu vizir Barjauã até ao ano 1000.
Aláqueme é uma figura importante para diversas denominações xiitas ismaelitas do islão, como os 15 milhões de nizaris e, em particular, para os 2 milhões de drusos residentes no Levante cujo epônimo fundador, Adarazi, proclamou-o como uma encarnação de Deus (Alá) em 1018. Na literatura ocidental ele é geralmente chamado de "o califa louco", primordialmente por causa da dessecração fatímida de Jerusalém em 1009, embora alguns acadêmicos (como Willi Frischauer e Heinz Halm) contestem esse epíteto considerando-o parcial.
O resultado da batalha foi uma vitória total muçulmana que acabou com o domínio bizantino na província romana da Síria. É considerada uma das batalhas mais decisivas da história militar e foi o ponto mais alto da primeira vaga das conquistas islâmicas que se seguiram à morte de Maomé, prenunciando o rápido avanço muçulmano no Levante, que na altura era cristão.
O imperador bizantino Heráclio tinha enviado uma expedição numerosa para o Levante em maio de 636, com o objetivo de travar o avanço muçulmano iniciado dois anos antes e de recuperar os territórios perdidos. À medida que o exército bizantino se aproximava, os Árabes retiraram da Síria e reagruparam todas as suas forças nas planícies de Jarmuque perto da Arábia, onde, depois de terem recebido reforços, derrotaram as tropas bizantinas numericamente superiores. A batalha é considerada uma das maiores vitórias de Calide ibne Ualide e cimentou a sua reputação como um dos maiores estrategos e comandantes de cavalaria da história.
A civilização egípcia se aglutinou em torno de 3 100 a.C. com a unificação política do Alto e Baixo Egito, sob o primeiro faraó (Narmer), e se desenvolveu nos três milênios seguintes. Desenvolveu-se historicamente em três grandes reinos marcados pela estabilidade política, prosperidade económica e florescimento artístico, separados por períodos de relativa instabilidade conhecidos como Períodos Intermediários. Atingiu seu auge no Império Novo (ca. 1550–1069 a.C.), uma era cosmopolita na qual, graças às campanhas militares do faraó Tutemés III, o Egito dominou uma área que se estendia desde a Núbia, entre a quarta e quinta cataratas do Nilo, até o rio Eufrates, tendo entrado num lento declínio depois disso. O Egito foi dominado por uma sucessão de potências estrangeiras neste período final. O governo dos faraós terminou oficialmente em 30 a.C., quando o Egito caiu sob o domínio do Império Romano e se tornou uma província, após a derrota da faraó Cleópatra (r. 51–30 a.C.) na Batalha de Alexandria.
Unas construiu sua pirâmide entre os complexos de Tireis e Djoser em Sacará. Um longo passeio foi construído entre o templo do vale em um lago próximo a fim de criar uma conexão com o complexo. Esse passeio tinha paredes elaboradas cobertas com um teto que tinha uma fenda em uma seção para que a luz pudesse entrar, assim iluminando as imagens. Um uádi longo foi usado como caminho. O terreno era difícil de transacionar e continha edifícios antigos e superestruturas de tumbas. Estes foram derrubados e reaproveitados como base do passeio. Uma grande parte do passeio de Djoser foi reutilizada para aterro. Tumbas que estavam no caminho tiveram suas superestruturas demolidas e foram pavimentadas, preservando suas decorações. Duas tumbas da Segunda Dinastia, que acredita-se pertencerem a Boco, Queco e Binótris, estavam entre aquelas que ficaram sob o passeio. O local foi depois usado para vários enterros de oficiais da Quinta Dinastia, indivíduos da Décima Oitava à Vigésima Dinastias e uma coleção de monumentos da Época Baixa conhecidos como "tumbas persas".
A localização estratégica da cidade, aproximadamente a meio caminho entre o mar Mediterrâneo e o rio Eufrates, fez dela num ponto de paragem obrigatório para muitas das caravanas que percorriam importantes rotas comerciais, nomeadamente a Rota da Seda. A riqueza da cidade possibilitou a edificação de estruturas monumentais. No século III a.C., Palmira era uma metrópole próspera e um centro regional, com um exército suficientemente poderoso para derrotar o Império Sassânida em 260, durante o reinado de Odenato, que foi assassinado em 267. Odenato foi sucedido pelos seus jovens filhos, sob a regência da rainha Zenóbia, que começou a invadir as províncias romanas orientais em 270. Os governantes palmirenos adotaram títulos imperiais em 271. O imperador Aureliano (r. 270–275) derrotou a cidade em 272 e destruiu-a em 273, na sequência de uma segunda rebelião fracassada. Palmira foi um centro de menor importância durante os períodos bizantino, Ortodoxo, omíada, abássida e mameluco e os seus vassalos. Os Timúridas destruíram-na em 1440 e a partir ficou reduzida a uma pequena aldeia, que pertenceu ao Império Otomano até 1918, depois ao Reino da Síria e ao Mandato Francês da Síria. O local da antiga cidade foi definitivamente abandonado em 1932, quando os últimos habitantes foram transferidos para a nova aldeia de Tadmur. As escavações sistemáticas e em larga escala das ruínas foram iniciadas em 1929. Em maio de 2015, Palmira ficou sob o controlo do Estado Islâmico do Iraque e do Levante, que destruiu vários monumentos da antiga cidade.
Amório contava com poderosas fortificações e uma grande guarnição, mas um traidor revelou um ponto fraco nas muralhas, o que permitiu que os abássidas concentrassem ali seus ataques até conseguirem abrir uma brecha. Incapazes de romper as linhas do exército sitiante, o comandante daquela seção da muralha tentou, secretamente, negociar com o califa. Ele abandonou seu posto, o que deu uma vantagem aos árabes, que entraram na cidade e a capturaram. Amório foi sistematicamente destruída e jamais recuperou sua antiga prosperidade. Muitos de seus habitantes foram massacrados e o resto foi levado como escravo. A maior parte dos sobreviventes foi solta após uma trégua em 841, mas os oficiais mais importantes foram levados para a capital do califa em Samarra e executados após se recusarem a se converter ao islã. Eles são celebrados pela Igreja Ortodoxa como os 42 mártires de Amório.
Em Damasco, como então qabaday (líder dos jovens locais) do bairro al-Shaghour, al-Kharrat juntou-se com Nasib al-Bakri, um nacionalista de uma das famílias mais influentes da área. Em gosto de 1925, via convite de Al-Bakri, al-Kharrat uniu-se à revolta, formando o grupo de combatentes de al-Shaghour e outros bairros nas imediações. Este liderou o ataque contra Damasco, capturando brevemente a residência do alto-comissário francês Maurice Sarrail, antes de ser retirado por meio de intensos bombardeios dos franceses.
Escapando do avanço do exército sassânida, fugiu para Edessa onde lecionou por muitos anos. Autor de uma grande variedade de hinos, poemas e sermões de exegese bíblica, em verso e em prosa. Suas obras são exemplos de uma teologia prática voltadas para defesa da igreja em tempos turbulentos e tornaram-se tão populares que, por séculos após a sua morte, autores cristãos escreveram centenas de trabalhos pseudepígrafes em seu nome.