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Portal:Guerra/Artigo selecionado

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Artigo selecionado


O Cerco de Malta - chegada da frota turca, Matteo Perez d' Aleccio.

O Cerco de Malta (também conhecido como o Grande Cerco de Malta) aconteceu em 1565, quando o Império Otomano quis conquistar a ilha estratégica, sede da Ordem de Malta. Situada ao sul da Sicília e quase equidistante das costas líbias e tunisianas, controlava as rotas comerciais entre o Mediterrâneo Ocidental e Oriental, assim como as que uniam a Península Ibérica e o Norte da África. Dotada de excelentes portos naturais, a queda da ilha em mãos turcas teria tido conseqüências para a Europa cristã, tendo em conta a fraca resistência que algumas potências europeias - envolvidas entre si em conflitos de dimensão continental - apresentavam então ao avanço do Islã conquistador, tanto dos turcos, como de tribos berberiscas.

O cerco é considerado um dos mais importantes na história militar e, no ponto de vista dos defensores, o mais bem sucedido. No entanto, ele não deve ser encarado como um acontecimento isolado, mas como o ponto culminante de uma escalada de hostilidades entre os impérios espanhol e otomano pelo controle do Mediterrâneo, escalada que incluiu um ataque prévio sobre Malta, em 1551, por parte do corsário turco Dragute Arrais, e que, em 1560, havia suposto uma importante derrota da Armada Espanhola pelos turcos na batalha de Djerba.

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Parada de Jägers finlandeses em Vaasa, após retorno da Alemanha.
Parada de Jägers finlandeses em Vaasa, após retorno da Alemanha.

A Guerra Civil Finlandesa fez parte do tumulto nacional e social causado pela Primeira Guerra Mundial (1914-1918) na Europa. A guerra foi travada na Finlândia de 27 de janeiro a 15 de maio de 1918, entre as forças dos social-democratas chamados "Vermelhos" (punaiset), apoiadas pela República Soviética da Rússia, e as forças do senado conservador não-socialista, comumente chamados de "Brancos" (valkoiset), apoiados militarmente pelo Império Alemão e voluntários da Suécia.

A derrota na Primeira Guerra Mundial e as revoluções de Fevereiro e Outubro em 1917 geraram um colapso total do Império Russo (que naquele tempo incluía a Finlândia), e a destruição na Rússia resultou em uma correspondente falência da sociedade finlandesa durante 1917. Os social-democratas à esquerda e os conservadores à direita competiram pela liderança do Estado finlandês, que mudou da esquerda para a direita em 1917. Os dois grupos colaboraram com as forças políticas correspondentes na Rússia, aprofundando a divisão no país. Como não havia polícia e Forças Armadas popularmente aceitas para manter a ordem na Finlândia após março de 1917, a esquerda e a direita começaram a criar grupos próprios de segurança, levando ao surgimento de duas tropas militares armadas independentes, as Guardas Branca e Vermelha.

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"Batalha de Pavia", autor flamengo desconhecido, séc. XVI.

A Guerra italiana de 1521–1526, também conhecida como Guerra dos Quatro Anos, faz parte das Guerras Italianas. O conflito se desenvolveu entre 1521 e 1526, e nela lutaram Francisco I de França e a República de Veneza contra o imperador do Sacro Império Romano-Germânico Carlos I de Espanha, Henrique VIII da Inglaterra e os Estados Pontifícios. Entre as causas do conflito estavam a eleição, em 1519-20, de Carlos I como Imperador do Sacro Império Romano e a necessidade do Papa Leão X de aliar-se a este para combater as idéias de Martinho Lutero e sua Reforma.

O conflito eclodiu na Europa Ocidental, em 1521, quando a França invadiu os Países Baixos e ajudou ao rei Henrique II de Navarra a recuperar seu reino. As forças imperiais repeliram a invasão e atacaram o norte da França, onde os francos detiveram seu avanço. Então o Imperador, o Papa e Henrique VIII firmaram uma aliança formal contra a França, e as hostilidades começaram na península italiana. Na batalha de Bicocca os exércitos imperiais e do papado derrotaram as tropas francesas, que foram expulsas do Milanesado. Depois da batalha, a luta voltou novamente para solo francês, enquanto Veneza assinava a paz em separado. O exército inglês invadiu a França em 1523, enquanto Carlos de Bourbon, condestável francês, contrariado pelas tentativas de Francisco em apoderar-se de sua herança, o trai, aliando-se com Carlos I. Em 1524, falha a tentativa francesa de recuperar o Ducadado milanês, dando a Bourbon a oportunidade de invadir a Provença à frente de um exército espanhol.

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ARA General Belgrano (C-4).

O afundamento do cruzador General Belgrano ocorreu a 2 de maio de 1982, em consequência do ataque do submarino nuclear britânico HMS Conqueror, durante o conflito conhecido como a Guerra das Malvinas (Guerra das Falklands, para os anglófonos). O afundamento do Belgrano provocou a morte de 323 marinheiros argentinos, praticamente metade de todas as baixas argentinas durante o conflito, e uma forte polémica, visto que o ataque ocorreu fora da zona de exclusão estabelecida pelo governo britânico em torno das ilhas. No Reino Unido há quem considere que a ação foi levada a cabo com o objetivo de inviabilizar as conversações de paz e aumentar a popularidade da primeira-ministra Margaret Thatcher junto da opinião pública britânica, enquanto que na Argentina muitos consideram o afundamento do cruzador um crime de guerra. Independentemente da controvérsia em torno do afundamento, do ponto de vista militar ele cumpriu o seu objetivo, pois assegurou a superioridade naval dos britânicos, decisiva para o desfecho do conflito.

O afundamento do Belgrano é o único caso de um navio de guerra torpedeado e afundado em ação por um submarino nuclear, e um dos dois únicos casos de um navio de guerra afundado por qualquer tipo de submarino desde o fim da Segunda Guerra Mundial.

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Soldados japoneses mortos durante o assalto às posições aliadas junto à barra do rio Ilu.

A Batalha do Tenaru, também conhecida por Batalha do Rio Ilu, foi uma batalha terrestre travada em 21 de agosto de 1942 na ilha de Guadalcanal entre o Império do Japão e as forças aliadas (maioritariamente fuzileiros norte-americanos, marines no original), no âmbito da Guerra do Pacífico na Segunda Guerra Mundial.

As forças aliadas, comandadas pelo major-general Alexander Vandegrift do Corpo de Fuzileiros Navais dos Estados Unidos, repeliram com sucesso um assalto noturno às suas posições junto a Henderson Field, um aeródromo que havia sido capturado pelas forças aliadas durante os desembarques na ilha em 7 de agosto, levado a cabo por forças comandadas pelo coronel Kiyonao Ichiki do Exército Imperial Japonês, que haviam sido enviadas para Guadalcanal com a missão de recapturar Henderson Field e expulsar as forças aliadas da ilha.

A Batalha do Tenaru foi a primeira de três grandes ofensivas terrestres japonesas durante a Campanha de Guadalcanal. Após a batalha os japoneses perceberam que a força aliada na ilha era muito maior do que o que tinham estimado, e enviaram forças mais numerosas nas suas posteriores tentativas de reconquistar Henderson Field.

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«The Thin Red Line», pintura de Robert Gibb (1845-1932).

A Batalha de Balaclava foi uma batalha da Guerra da Crimeia, travada entre o Império Russo e a coligação anglo-franco-otomana, à qual se juntaria, depois da batalha, o Reino da Sardenha. Foi travada em 25 de outubro de 1854, em Balaclava, na margem do Mar Negro e foi o segundo maior confronto durante este conflito (1854-1856). O seu resultado tem sido visto ou como uma vitória pírrica dos aliados ou como um empate não-decisivo no decurso da guerra.

Os aliados decidiram-se por não fazer um assalto imediato a Sebastopol e prepararam-se para um cerco prolongado - que duraria doze meses. Os britânicos, sob comando de Lord Raglan, e os franceses, sob orientação de Canrobert, posicionaram as suas tropas a sul do porto do Quersoneso: o exército francês ocupou Kamiesh na costa ocidental, e os britânicos foram para Balaclava, a sul. Todavia, esta posição forçou os britânicos a defender o flanco direito das operações de cerco aliadas, para o qual Raglan dispunha de poucas tropas. Tirando vantagem da sua exposição, o general russo Pavel Liprandi, com os seus 25 000 homens, preparou-se para atacar as defesas em Balaclava e arredores, desejando destruir a cadeia de abastecimentos entre a base britânica e as linhas de cerco.

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Soldados portugueses nas matas do Rio Onzo equipados com FN FAL.
Soldados portugueses nas matas do Rio Onzo equipados com FN FAL.

A Guerra de Independência de Angola, também conhecida como Luta Armada de Libertação Nacional, foi um conflito armado entre as forças independentistas de Angola — UPA/FNLA, MPLA e, a partir de 1966, a UNITA — e as Forças Armadas de Portugal. Para o MPLA, a guerra teve início a 4 de Fevereiro de 1961, quando um grupo de cerca de 200 angolanos, ligados a este movimento, atacou a Casa de Reclusão Militar, em Luanda, a Cadeia da 7.ª Esquadra da polícia, a sede dos CTT e a Emissora Nacional de Angola. No entanto, para Portugal e para a FNLA, a data é 15 de Março, data do primeiro ataque das forças de Holden Roberto, a UPA, na região Norte de Angola. A guerra prolongar-se-ia por mais 13 anos, terminando com um cessar-fogo em Junho (com a UNITA) e Outubro (com a FNLA e o MPLA) de 1974. A independência de Angola foi estabelecida a 15 de Janeiro de 1975, com a assinatura do Acordo do Alvor entre os quatro intervenientes no conflito: Governo português, FNLA, MPLA e UNITA. A independência e a passagem de soberania ficou marcada para o dia 11 de Novembro desse ano.

Depois de quatro séculos de presença em território africano, no final do século XIX, Portugal achou-se no direito de reivindicar a soberania dos territórios desde Angola a Moçambique, junto das outras potências europeias. Para tal, teria lugar a Conferência de Berlim em 1884. A partir desta data, foram várias as expedições efectuadas aos territórios africanos, às quais se seguiram campanhas militares com o objectivo de "pacificar" as populações.

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A Guerra Civil Bizantina de 1341-1347, também chamada de Segunda Guerra Civil Paleóloga foi um conflito que irrompeu após a morte de Andrônico III Paleólogo sobre a guarda de seu filho de nove anos - e herdeiro do trono bizantino - João V Paleólogo. De um lado estava o principal ministro de Andrônico III, João VI Cantacuzeno e, do outro, a imperatriz-mãe Ana de Saboia, o patriarca de Constantinopla João XIV Calecas e o mega-duque Aleixo Apocauco. A guerra polarizou a sociedade bizantina em classes sociais, com a aristocracia apoiando Cantacuzeno e as classes média e baixa apoiando o grupo de regentes. De forma menos acentuada, o conflito também teve contornos religiosos, pois o império estava, na época, envolvido na controvérsia hesicasta e a aderência às doutrinas místicas dos hesicastas geralmente equivalia a apoiar Cantacuzeno.

Como principal conselheiro e amigo mais próximo do imperador Andrônico III, Cantacuzeno se tornou o regente do menor João V quando ele morreu em junho de 1341. Enquanto Cantacuzeno estava fora da capital em setembro do mesmo ano, um golpe de estado liderado por Aleixo Apocauco e pelo patriarca João XIV conquistou o apoio da imperatriz-mãe Ana e estabeleceu uma nova regência. Em resposta, o exército de Cantacuzeno e seus aliados o proclamaram como co-imperador em outubro, cimentando assim o cisma entre ele e a nova regência. A disputa imediatamente escalou para um conflito armado.

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Guerra de Granada é o nome pelo qual se conhece o conjunto de campanhas militares que decorreram entre 1482 e 1492, durante o reinado dos Reis Católicos, no interior do reino de Granada. Ela culminou com a rendição negociada mediante capitulação do rei Boabdil, que ao longo da guerra tinha oscilado entre a aliança, o jogo duplo, o apaziguamento e o confronto aberto com ambos os lados.

Os dez anos de guerra não foram um esforço contínuo: houve um ritmo sazonal de campanhas iniciadas na primavera e terminadas no inverno. Além disso, o conflito esteve sujeito a numerosas vicissitudes bélicas e civis: notáveis foram os confrontos internos dentro da parte muçulmana; enquanto que no lado cristão foi decisiva a capacidade de integração numa missão comum das cidades, a nobreza castelhana e o imprescindível impulso do baixo clero, e a autoridade da emergente Monarquia Católica.

A participação da Coroa de Aragão (cujos reinos estavam muito menos sujeitos ao autoritarismo real) foi de menor importância: além da presença do próprio rei Fernando, consistiu na colaboração naval, na contribuição de experientes artilheiros, e algum empréstimo financeiro. Era evidente a natureza da empresa, claramente castelhana, e a integração na Coroa de Castela do reino conquistado.

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Detalhe do Vaso de Mykonos, com uma das mais antigas representações do Cavalo de Troia, século VIII a.C.
Detalhe do Vaso de Mykonos, com uma das mais antigas representações do Cavalo de Troia, século VIII a.C.

Cavalo de Troia foi um grande cavalo de madeira usado pelos gregos durante a Guerra de Troia, como um estratagema decisivo para a conquista da cidade fortificada de Troia, cujas ruínas estão em terras hoje turcas. Tomado pelos troianos como um símbolo de sua vitória, foi carregado para dentro das muralhas, sem saberem que em seu interior se ocultava o inimigo. À noite, guerreiros saem do cavalo, dominam as sentinelas e possibilitam a entrada do exército grego, levando a cidade à ruína. A história da guerra foi contada primeiro na Ilíada de Homero, mas ali o cavalo não é mencionado, só aparecendo brevemente na sua Odisseia, que narra a acidentada viagem de Odisseu de volta para casa. Outros escritores depois dele ampliaram e detalharam o episódio.

O cavalo é considerado em geral uma criação lendária, mas não é impossível que tenha realmente existido. Pode, mais provavelmente, ter sido uma máquina de guerra verdadeira transfigurada pela fantasia dos cronistas. Seja como for, revelou-se um fértil motivo literário e artístico, e desde a Antiguidade foi citado ou reproduzido vezes incontáveis em poemas, romances, pinturas, esculturas, monumentos, filmes e de outras maneiras, incluindo caricaturas e brinquedos.

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Versão hitita do tratado em exposição no Museu Arqueológico de Istambul
Versão hitita do tratado em exposição no Museu Arqueológico de Istambul

O Tratado Egípcio-Hitita, usualmente designado por Tratado de Kadesh ou Tratado de Qadesh, foi um tratado de paz celebrado entre o faraó egípcio Ramessés II e o rei hitita Hatusil III c.1 259 a.C., que marca o fim oficial das negociações entre as duas grandes potências do Médio Oriente da altura, que se seguiram aos conflitos armados de grandes proporções que culminaram na célebre batalha de Kadesh, travada 16 anos antes. O acordo tinha como objetivo o estabelecimento de relações pacíficas entre as duas partes.

É o acordo diplomático e tratado de paz mais antigo que se conhece no Médio Oriente e é frequentemente apontado como o mais antigo do mundo, embora isso não corresponda à realidade. Porém, é o tratado mais antigo do mundo que sobreviveu até aos nossos dias. A designação muito comum de Tratado de Kadesh está relacionada com a batalha homónima, mas os os historiadores modernos consideram que aquela batalha não foi o catalisador da tentativa de paz, pois as relações entre os hititas e os egípcios continuaram a ser de inimigos durante muitos anos após aquele confronto.

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O Aérospatiale Alouette III, um dos muitos helicópteros que operaram em África.
O Aérospatiale Alouette III, um dos muitos helicópteros que operaram em África.

Guerra da Independência de Moçambique, também conhecida como Luta Armada de Libertação Nacional, foi um conflito armado entre as forças da guerrilha da FRELIMO (Frente de Libertação de Moçambique) e as Forças Armadas de Portugal. Oficialmente, a guerra teve início a 25 de setembro de 1964, com um ataque ao posto administrativo de Chai no então distrito (actualmente província) de Cabo Delgado, e terminou com um cessar-fogo a 8 de setembro de 1974, resultando numa independência negociada em 1975. Ao longo dos seus quatro séculos de presença em território africano, a primeira vez que Portugal teve que enfrentar guerras de independência, e forças de guerrilha, foi em 1961, na Guerra de Independência de Angola.

Em Moçambique, o conflito começou em 1964, resultado da frustração e agitação entre os cidadãos moçambicanos, contra a forma de administração estrangeira, que consideravam ser exploratória e de maus tratos, e que só defendia os interesses económicos portugueses na região. Muitos moçambicanos ressentiam-se das políticas portuguesas em relação aos nativos, que eram discriminatórias, tradicionais e que limitavam o acesso à educação, ministrada pelos portugueses, e ao emprego qualificado. Influenciados pelos movimentos de autodeterminação africanos do pós-guerra, muitos moçambicanos tornaram-se, progressivamente, nacionalistas e, de forma crescente, frustrados pelo contínuo servilismo da sua nação às regras exteriores.

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Iluminura do século XII mostrando a marinha bizantina a usar fogo grego contra o rebelde Tomás, o Eslavo, aliado dos abássidas.
Iluminura do século XII mostrando a marinha bizantina a usar fogo grego contra o rebelde Tomás, o Eslavo, aliado dos abássidas.

As guerras bizantino-árabes foram uma série de conflitos armados entre os califados árabes e o Império Bizantino (ou Império Romano do Oriente) que ocorreram entre os séculos VII e XII. Foram iniciadas durante as primeiras conquistas muçulmanas do expansionismo dos califados Ortodoxo e Omíada e continuaram na forma de disputas fronteiriças persistentes até ao início das Cruzadas. Em consequência destas guerras, os bizantinos, a quem os árabes chamavam rûm ou rumes (romanos), perderam uma parte considerável do seu império, nomeadamente todos os territórios do Levante e Norte de África e inclusivamente uma parte considerável da Anatólia. A capital bizantina, Constantinopla chegou a ser cercada em duas ocasiões, a primeira em 674 e a segunda em 718.

O conflito inicial ocorreu entre 634 e 718, terminando no segundo cerco árabe a Constantinopla, que marcou a rápida expansão árabe na Anatólia. No entanto, a região continuou a ser ocasionalmente fustigada por razias árabes e os conflitos reacenderam-se no final do século VIII, continuando nos séculos seguintes e só terminando em 1169. A ocupação do sul de Itália pelos abássidas no século IX e X não teve tanto êxito como a da ocupação da Sicília.

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Durante a maior parte da Primeira Guerra Mundial, Forças aliadas e alemãs ficaram estacionadas em uma guerra de trincheira ao longo da Frente Ocidental.
Durante a maior parte da Primeira Guerra Mundial, Forças aliadas e alemãs ficaram estacionadas em uma guerra de trincheira ao longo da Frente Ocidental.

A Frente Ocidental foi aberta em 1914, quando o Império Alemão — assistindo a eclosão da Primeira Guerra Mundial — começou a invadir Luxemburgo e a Bélgica, ganhando então controle militar de importantes regiões industriais na França. A maré do avanço sofreu uma reviravolta dramática com a Primeira batalha do Marne. Ambos os lados então cavaram longitudinalmente uma linha sinuosa de trincheiras fortificadas, estendendo-se desde o Mar do Norte até a fronteira da Suíça com a França. Essa linha permaneceu essencialmente sem mudanças durante a maior parte da guerra.

Entre 1915 e 1917 ocorreram grandes ofensivas ao longo da frente. Os ataques empregaram enormes bombardeios de artilharia e grandes avanços de infantaria. Entretanto, uma combinação de entrincheiramentos, ninhos de metralhadoras, arame farpado e artilharia repetidamente infligiram severas baixas nas forças agressoras e nas forças defensivas contra-atacantes. Como consequência, nenhum avanço significativo foi feito. Em um esforço para quebrar a estagnação, essa frente testemunhou a introdução de novas tecnologias militares, incluindo gases tóxicos, aeronaves e tanques.


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Mapa da operação.
Mapa da operação.

Operação Urano (em russo: Операция «Уран», Operatsiya "Uran") foi o nome de código da operação estratégica soviética de contra-ofensiva realizada entre 19 e 23 de Novembro de 1942, durante a Segunda Guerra Mundial, que levou ao cerco do 6.º Exército alemão, dos 3.º e 4.º Exércitos romenos, e parte do 4.º Exército Panzer alemão. A operação, inserida na Batalha de Estalinegrado, tinha por objectivo destruir as forças alemãs que se encontravam em Estalinegrado e em seu redor. O planeamento da Operação Urano começou em Setembro de 1942, e foi desenvolvido em simultâneo com outros planos para cercar e destruir o Grupo de Exércitos Central alemão e as forças alemãs no Cáucaso. O Exército Vermelho tirou vantagem da fraca preparação do exército germânico para enfrentar o Inverno, e do facto de as forças posicionadas a sul da União Soviética terem atingido o seu limite, perto de Estalinegrado, e estarem a utilizar o apoio das fracas tropas romenas para lhes proteger os flancos; os pontos de partida das ofensivas foram estabelecidas ao longo da secção frontal directamente oposta às forças romenas. Estas forças do Eixo não tinham o equipamento pesado necessário para fazerem frente aos blindados soviéticos.

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