Porta Colina
Porta Colina | |
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Porta Colina em gravura de 1820 | |
Diagrama da Muralha Serviana com a Porta Colina (nº 1). | |
Tipo | Portão |
Construção | século IV a.C. |
Geografia | |
País | Itália |
Cidade | Roma |
Localização | Região VI - Alta Semita |
Coordenadas | 41° 54′ 26″ N, 12° 29′ 55″ L |
Porta Colina | |
Localização em mapa dinâmico |
Porta Colina (em latim: Porta Collina) foi uma porta da Muralha Serviana, supostamente construída por Sérvio Túlio (r. 578–535 a.C.), o rei semi-lendário de Roma.
Localização
[editar | editar código-fonte]A Porta Colina localizava-se no Quirinal, no áger chamado Colina, no extremo norte da Muralha Serviana. Para além dela, as Vias Salária e Nomentana separaram-se.[1] Dentro desta área a Alta Semita ligava o Quirinal à Porta Carmental.[2] Vários templos estavam localizados próximos a porta, incluindo os templos de Vênus Ericina[3] e Fortuna Euelpis. No século III, à esquerda estava os Jardins de Salústio e à direita as Termas de Diocleciano.[4] Plutarco diz que, quando uma Vestal era punida por violar seu voto de castidade, a câmara subterrânea onde ela seria enterrava viva estava próximo à Porta Colina.[5]
História
[editar | editar código-fonte]A origem do nome "Porta Colina" é desconhecido. Filippo Coarelli associa-o a Colina Quirinal, enquanto Lawrence Richardson Jr. à "Região Colina", uma das quatro divisões da Roma republicana. Por tratar-se da zona mais meridional das defesas muradas, tornou-a propensa a ataques.[6] Foi o local de duas batalhas, a primeira ocorrida em 477 a.C., num confronto entre romanos e etruscos, e a segunda em 82 a.C., durante a Segunda Guerra Civil de Sula (83–82 a.C.) entre as forças de Sula, lideradas por Pompeu Estrabão, e Cina.[7] Na Idade Média passou a chamar-se Castelo de Adriano (Castellum Adriani) e tornar-se-ia porta da Cidade Leonina.[1]
Descrição
[editar | editar código-fonte]Vestígios desta porta foram desenterrados em 1872 e 1996,[8] na esquina das atuais Via XX Settembre e a via Goito, no canto nordeste do edifício que abriga o Ministério das Finanças.[1] Os dois longos muros da Porta Colina flanquearam as ruas e convergiram rumo a cidade. Eles foram reforçados por dois bastiões citados por Juvenal e Sidônio Apolinário.[6]
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ a b c Platner 1929, p. 406.
- ↑ Takács 2007, p. 88.
- ↑ Fantham 1998, p. 255.
- ↑ Hartswick 2004, p. 143.
- ↑ Takács 2007, p. 87-89.
- ↑ a b «Porta Collina» (em inglês). Consultado em 19 de julho de 2015
- ↑ Lovano 2002, p. 129ff.
- ↑ Cifani 1996, p. 278.
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Cifani, G. (1996). «Porta Collina». In: Steinby, Eva Margareta. Lexicon Topographicum Urbis Romae. III. Roma: Edizioni Quasar
- Fantham, Elaine (1998). commentary on Ovid Fasti Book IV. [S.l.]: Cambridge University Press
- Hartswick, Kim J. (2004). The Gardens of Sallust: A Changing Landscape. [S.l.]: University of Texas Press
- Lovano, Michael (2002). Franz Steiner Verlag, ed. The Age of Cinna: Crucible of Late Republican Rome. [S.l.: s.n.]
- Platner, Samuel Ball (1929). A Topographical Dictionary of Ancient Rome. Londres: Oxford University Press
- Takács, Sarolta A. (2007). Vestal Virgins, Sibyls, and Matrons: Women in Roman Religion. [S.l.]: University of Texas Press