Pirazinamida
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Nome IUPAC (sistemática) | |
pyrazine-2-carboxamide | |
Identificadores | |
CAS | 98-96-4 |
ATC | J04AK01 |
PubChem | 1046 |
DrugBank | APRD01206 |
ChemSpider | |
Informação química | |
Fórmula molecular | C5H5N3O |
Massa molar | ? |
Farmacocinética | |
Biodisponibilidade | >90% |
Metabolismo | Hepático |
Meia-vida | 9 a 10h |
Excreção | Renal |
Considerações terapêuticas | |
Administração | Oral |
DL50 | ? |
Pirazinamida é um medicamento antibiótico de primeira escolha no tratamento da tuberculose ativa, administrado nos primeiros dois meses em conjunto com isoniazida, etambutol, rifampicina e/ou estreptomicina, segundo os três protocolos internacionais do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC).[1]
Uma parceria entre a Fundação Ataulpho de Paiva (FAP), a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e o Instituto Vila Rosário (IVR) passou a produzir a piranzinamida no Brasil em 2014. No Brasil, a taxa de pessoas com tuberculose é cerca de 40 para cada 100 mil habitantes.[2]
Nomes comerciais
[editar | editar código-fonte]Nomes comerciais: PIRAZINON, PRODES, ALMIRALL, PRODESFARMA.[1] Em combinações: RIFATER e RHONE (pirazinamida 300 mg, isoniazida 50 mg e rifampicina 120 mg)[1]
Contraindicação
[editar | editar código-fonte]Usar apenas para tuberculose e nenhuma outra doença. Categoria gravidez: C (evidência de danos fetais em animais, usar com cautela). Não usar em insuficiência hepática, é hepatotóxica, nem quando problemas renais aumentam a uremia, pois pode causar gota.[3] Não se recomenda na tuberculose inativa.
Pirazinamida afeta o controle da glicose em sangue em pacientes tratados com hipoglicemiantes orais. Recomenda-se monitorização frequente da glicemia em diabéticos.
Uso
[editar | editar código-fonte]Comprimidos de 500 mg. Inicialmente deve ser tomada por 30 mg/kg por dia durante 2 meses e depois de duas semanas pode ser tomada 50 mg/kg três vezes por semana ou seguir com a toma de 30 mg/kg diária.[3]
Mecanismo de ação
[editar | editar código-fonte]Seu metabolito, ácido propiônico reduz o pH para um nível que impede o crescimento de M. tuberculosis. A pirazinamida apresenta concentrações bacteriostáticas ou bactericidas de acordo com a dose e susceptibilidade do microorganismo. Os seus efeitos mais significativos ocorrem quando a bactéria cresce lentamente no interior de macrófagos, nas fases iniciais da doença, provavelmente devido ao menor número de macrófagos existentes no momento. M.tuberculosis é o único microorganismo susceptível a pirazinamida.
Farmacocinética
[editar | editar código-fonte]A pirazinamida é administrada geralmente por via oral, mas também pode ser administrada por via intramuscular. Após a administração oral, é rapidamente absorvida, atingindo os níveis máximos no soro 4 a 8 horas mais tarde. Alimentos diminuem a velocidade e extensão da absorção. A isoniazida é muito bem distribuída em todos os órgãos e tecidos e penetra as meninges inflamadas atingindo níveis terapêuticos no líquido cefalorraquidiano. Também atravessa a placenta e passa para o leite materno. No fígado é hidrolisado para o ácido propiónico, que é o principal metabolito ativo, e este ácido é subsequentemente hidroxilada para excreção renal, principalmente por meio de filtração glomerular. A meia-vida de eliminação é de 9 a 10 horas, podendo chegar a 26h em pacientes com IR. No entanto, a sua meia-vida não afeta a eficácia do fármaco quando administrado como uma dose única diária. É excretada na urina na forma inalterada junto com seus metabolitos.[1]
Efeitos colaterais
[editar | editar código-fonte]Aumenta as transaminases podendo causar lesão hepática leve ou moderada e aumenta a uremia podendo causar gota e dores articulares, principalmente nos ombros.[1]