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Otão-Guilherme da Borgonha

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Otão-Guilherme da Borgonha
conde palatino da Borgonha, conde de Mâcon, conde de Nevers e duque da Borgonha
Otão-Guilherme da Borgonha
Escudo do Brasão de Armas do Condado da Borgonha, (Armas antigas).
Reinado conde palatino da Borgonha, conde de Mâcon, conde de Nevers e duque da Borgonha
Nascimento 962
Morte 21 de setembro de 1026 (64 anos)
Nome completo Otão-Guilherme de Borgonha
Dinastia conde palatino da Borgonha, conde de Mâcon, conde de Nevers e duque da Borgonha
Pai Adalberto de Ivrea
Mãe Gerberga de Mâcon
Mapa do ducado e do condado da Borgonha.

Otão-Guilherme da Borgonha (em francês: Otte-Guillaume de Bourgogne, c. 96221 de setembro de 1026) foi o primeiro conde palatino da Borgonha (entre 982 e 21 de setembro de 1026), conde de Mâcon (entre 982 e 1002), conde de Nevers (entre 986 e 990) e duque da Borgonha

Conde de Mâcon (entre 982 e 1002) pelo seu casamento com Ermentrude de Roucy (herdeira do condado por seu primeiro casamento com Alberico II), conde de Nevers (entre 986 e 990]) e duque da Borgonha (entre 15 de outubro de 1002 e 1003).

Em 1002 também herdou do seu padrasto o Ducado da Borgonha, no outro lado do rio Saône. Na época, o ducado correspondia à diocese de Besançon no Sacro Império Romano-Germânico. Todavia, foi privado de sua herança pelo rei Roberto II da França[1] na primavera de 1003, quando este invadiu a Borgonha com tropas comandadas por Ricardo II da Normandia.[2] Otão continuou a reivindicar o ducado da Borgonha, mas reconciliou-se com o rei em 1005, abandonando suas reivindicações finalmente em 1015.

Recebeu o título de conde da Borgonha, um título presumivelmente descritivo sem significado territorial preciso na época, apesar de Otão possuir territórios na Borgonha.

A sua esposa Ermentrude faleceu a cerca de 1003-1004. Guilherme casou-se em 1016, em segundas núpcias, com a quatro vezes viúva Adelaide Branca de Anjou (955-1026), filha de Fulque II de Anjou,[3] mas deste casamento não resultou descendência. Adelaide morreu poucos meses antes do seu esposo.

Otão-Guilherme faleceu em Dijon e o seu corpo foi sepultado na Abadia de Saint-Bénigne.

Relações familiares

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Foi filho de Adalberto de Ivrea, rei da Itália (931-975)[4][5] com Gerberga de Mâcon (947 - ca. 980), filha de Lamberto de Chalon (ca. 930 - 22 de fevereiro de 978) e de Adela de Donzy (925 - 980).

Foi baptizado apenas como Guilherme. Tinha cerca de onze anos quando o seu pai morreu. Adoptado pelo segundo esposo da sua mãe, Odo-Henrique ou Henrique I, duque da Borgonha, tomou o nome de Otão-Guilherme.

Em cerca de 982 casou-se com Ermentrude de Roucy (Marne, Reims, 958 - 5 de março de 1002), filha de Reinaldo de Roucy (? - 10 de maio de 967),[6] conde de Roucy com Alberada da Lotaríngia, filha de Gilberto de Lotaringia (ca. 800 - 939), duque da Lotaríngia, e de Gerberga da Saxónia, por cujo direito tornou-se conde de Mâcon. Na mesma época, recebeu da sua mãe os territórios que o tornariam no Condado da Borgonha, ao redor de Dole. Deste seu primeiro matrimónio nasceram:

  1. Guido I de Mâcon (ca. 982-1004), conde de Mâcon.
  2. Matilde de Mâcon (ca. 983 - 1005), casada em 1002 com Landrico I de Nevers também denominado como Landrico IV de Monceau, conde de Nevers e Auxerre, filho do conde Roberto de Nevers.
  3. Gerberga de Mâcon (ca. 985 - 1020/1024), casada em 1002 com Guilherme II da Provença (ca. 987 - 1018, antes de 30 de maio), conde de Arles.
  4. Reinaldo I de Borgonha (ca. 990 - 3 de setembro de 1057),[7] que sucedeu ao pai como conde da Borgonha, casou com Adelaide da Normandia (ca. 990 -?), filha de Ricardo II da Normandia (23 de agosto de 963 - 28 de agosto de 1027)[8] e Judite da Bretanha (982 - 1017).
  5. Inês de Mâcon (ca. 995 - 1065), casada primeiro com Guilherme V da Aquitânia (969 - 31 de janeiro de 1030), e depois com Godofredo II de Anjou, também denominado como Godofredo II Martel conde de Anjou (14 de outubro de 1006 - 1067).
  6. Beno de Mâcon, arquidiácono em Langres.

Corria o ano de 1016, e depois da morte da sua 1ª esposa, voltou a casar-se, desta feita com, Adelaide Branca de Anjou (955 - 1026) filha de Fulque II de Anjou[3] (ca. 900 - 11 de novembro de 958) e de Gerberga de Maine (915 -?). Deste casamento não terão nascido filhos, apesar da numerosa descendência que Adelaide Branca de Anjou, teve dos seus outros casamentos.

Referências

  1. «Genealogia de Roberto II». FMG (em francês) 
  2. http://www.royal.gov.uk/MonarchUK/QueenandCrowndependencies/ChannelIslands.aspx
  3. a b A Herança Genética de D. Afonso Henriques, Luiz de Mello Vaz de São Payo, Universidade Moderna, 1ª Edição, Porto, 2002. pg. 285.
  4. Les Comtes Palatins de Bourgogne, Thierry Le Hête, Thierry Le Hête, 1ª Edição, La Bonneville-sur-Iton, 1995, pg. 25
  5. a dinastia dos Capetos, Thierry Le HETE, Edição Autor do, 1 ª edição, A Bonneville-sur-Iton, 1998, pg. 13
  6. Foundation for Medieval Genealogy, Ragenold, comte de Roucy
  7. Les Comtes Palatins de Bourgogne, Thierry Le Hête, Thierry Le Hête, 1ª Edição La Bonneville-sur-Iton, 1995, pg. 44.
  8. Burke, John Bernard (1852). The Royal Families of England, Scotland, and Wales, with Their Descendants, Sovereigns and Subjects. [S.l.]: BiblioBazaar (2009). pp. ii–iii, Section V. ISBN 1115404474. Consultado em 8 de novembro de 2010 



Precedido por
Alberico II
Conde de Mâcon
982 - 1002
Sucedido por
Guido I
Precedido por:
Odo-Henrique
(ou Henrique I)
Conde de Nevers
986 - 990
Sucedido por:
Landrico I
Duque da Borgonha
1002 - 1003
Sucedido por:
Roberto II da França
Precedido por
título novo
Armas do Condado da Borgonha até ao século XIII
Conde da Borgonha

1015 - 1026
Sucedido por
Reinaldo I
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