Saltar para o conteúdo

Ofensivas da oposição síria em 2024

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Ofensivas da Oposição Síria em 2024
Guerra Civil Síria

O avanço das forças da oposição síria (em verde) contra a região de Alepo.
Data 27 de novembro – 8 de dezembro de 2024
(1 semana e 4 dias)
Local Síria: províncias de Alepo, Idlib, Hama, Homs, Quneitra, Sueida e Zona Rural de Damasco
Situação Em andamento
Beligerantes
Governo de Salvação Sírio
Governo Interino Sírio
Coalizão "Sala de Operações Sul"
Brigada Al-Jabal Brigade
Exército Livre Sírio		 República Árabe Síria
 Rússia[3]
Irã[4]
Hezbollah[5]		 Curdistão sírio
Comandantes
Abu Mohammad al-Julani
Abdurrahman Mustafa		 Síria Bashar al-Assad
Síria Suhayl al-Hasan
Irã Kioumars Pourhashemi †		 Mazloum Abdi
Unidades
Exército Nacional Sírio Frente Nacional de Libertação
Liwa al-Muhajireen wal-Ansar
Ajnad al-Kavkaz
Ahrar al-Sham
Legião do Sham
Frente do Sul
Brigada Al-Jabal
Frente Nacional de Libertação
Jaysh al-Ahrar
Jaysh al-Izza
Sala de operações do Amanhecer da Liberdade		 Síria Forças Armadas Sírias
Exército Sírio
Força Aérea Síria
Forças Aeroespaciais Russas
Força Aérea Russa
Guarda Revolucionária Iraniana		 Forças Democráticas Sírias
Baixas
371 mortos[6][7] Síria 220 mortos[7]
Irã 26 mortos[8][7]		  
111 civis mortos
370 000 civis deslocados de suas casas[9]

Em 27 de novembro de 2024, uma coligação de grupos de oposição sírios chamada Comando de Operações Militares[10] liderada por Hay'at Tahrir al-Sham (HTS[a]) e outros grupos apoiados pela Turquia[12][13][14] lançou uma ofensiva contra as forças pró-governamentais do Exército Árabe Sírio (EAS) nas províncias de Idlib, Alepo e Hama, na Síria.

Chamado de Dissuasão da Agressão[b] pelo HTS e declarado como tendo sido lançado em retaliação ao aumento dos bombardeamentos do EAS contra civis na zona rural de Alepo Ocidental,[15] é a primeira vez que as forças da oposição lançam um ataque desde o cessar-fogo de Idlib em março de 2020.[16][17][18]

Em 29 de novembro de 2024, o HTS e as Forças Democráticas Sírias entraram em Alepo e capturaram a maior parte da cidade, em meio ao colapso das forças pró-governo. No dia seguinte, as forças da oposição fizeram avanços rápidos, capturando dezenas de cidades e aldeias enquanto as forças pró-governamentais se desintegravam e avançavam em direção a Hama, no centro da Síria.[19]

Na virada de 7 para 8 de dezembro, foi anunciado que Bashar al-Assad havia deixado Damasco. As forças rebeldes então marcharam pela capital, sem oposição, encerrando cinquenta e três anos de governo da Família Assad.[1]

Contexto

[editar | editar código-fonte]
Série de artigos sobre conflitos da
Guerra Civil Síria

Desde o acordo de cessar-fogo de Idlib de março de 2020, cessaram as operações em grande escala entre as forças da oposição e as forças pró-governamentais no noroeste da Síria.[20][21] No entanto, os grupos de oposição baseados no noroeste da Síria prepararam-se para o reinício das hostilidades, com o HTS em particular a reforçar as suas capacidades militares através da reforma das suas estruturas numa "força armada convencional", melhorando o treino e criando forças especiais especializadas em ataques e operações nocturnas.[21] De acordo com o Kyiv Post, os rebeldes baseados em Idlib receberam algum treino e outro apoio da Direcção Principal de Inteligência da Ucrânia. Entretanto, o governo sírio sofria de corrupção crescente, com o pesquisador Charles Lister descrevendo-o como o "maior narcoestado do mundo", cuja "elite empresarial corrupta e uma poderosa rede de comandantes militares, líderes de milícias e senhores da guerra" eram mantidos unidos pelas receitas do tráfico de drogas, especialmente o tráfico de fenetilina.[21] A partir do final de 2022, as forças do HTS lançaram uma série de ataques de infiltração e de franco-atiradores contra as forças governamentais, levando à ofensiva. Aleppo tem sido controlada pelo governo de Bashar al-Assad e pelas milícias apoiadas pelo Irã desde a ofensiva de Alepo em 2016.[20][21]

Em outubro de 2024, foi iniciada uma grande mobilização do HTS e das forças governamentais na zona rural de Alepo, uma vez que os rebeldes sírios relataram que se preparavam há meses para uma ofensiva em larga escala contra as forças governamentais na cidade de Alepo.[22] Em 26 de novembro de 2024, a artilharia das forças governamentais atingiu a cidade de Ariha, controlada pela oposição, matando e ferindo 16 civis.[15]

Ofensiva

[editar | editar código-fonte]

Em 27 de novembro de 2024, o HTS anunciou que havia lançado uma ofensiva denominada "Dissuasão da Agressão" contra as forças pró-governamentais na província ocidental de Alepo.[23] A oposição síria afirmou que a ofensiva foi uma resposta ao recente bombardeamento de artilharia do governo sírio de Bashar al-Assad contra Idlib, controlada pelos rebeldes, que matou pelo menos 30 civis.[17][20]

Avanços iniciais

[editar | editar código-fonte]
Tanques da oposição síria na região de Alepo, 29 de novembro de 2024.

Durante as primeiras dez horas da ofensiva, o HTS capturou 20 cidades e aldeias das forças pró-governo, incluindo as cidades de Urm al-Kubra, Anjara, Urm al-Sughra, Sheikh Aqil, Bara, Ajil, Awijil, al-Hawtah, Tal al-Dabaa, Hayr Darkal, Qubtan al-Jabal, al-Saloum, al-Qasimiyah, Kafr Bisin, Hawr, Aznaz e Basratoun. Além disso, a base do 46º regimento das forças governamentais foi sitiada pelo HTS e capturada algumas horas depois.[24] O Observatório Sírio de Direitos Humanos informou que 37 soldados do governo sírio e milícias aliadas e 60 combatentes das forças da oposição foram mortos nos confrontos.[17] Uma unidade das forças especiais russas foi emboscada por rebeldes, que mais tarde publicaram fotos de um soldado russo morto e equipamentos capturados. Em resposta, as forças sírias e russas lançaram ataques aéreos em áreas controladas por grupos rebeldes.[25] Os combatentes russos também realizaram ataques aéreos em torno de Atarib, Darat Izza e aldeias vizinhas, enquanto as forças governamentais bombardearam Idlib, Ariha, Sarmada e outras áreas controladas pelos rebeldes no sul da província de Idlib.[26][27][28]

Em 28 de novembro, o HTS lançou uma ofensiva na zona rural oriental de Idlib, capturando as aldeias de Dadikh, Kafr Batikh e Sheikh Ali, bem como um bairro na cidade de Saraqib. Esse avanço os colocou a dois quilômetros da rodovia M5, uma rota estratégica que havia sido protegida pelas forças pró-governo em 2020. O HTS também atacou o aeroporto de al-Nayrab, localizado a leste de Alepo, onde militantes apoiados pelo Irã estão presentes.[29] Na segunda metade do dia, o HTS capturou as aldeias de Kafr Basin, Arnaz e Al-Zarba na zona rural ocidental de Alepo e cortou a auto-estrada M5.[30] Os rebeldes sírios capturaram cerca de 40 cidades e vilas no total até o final do dia.[20]

Um ataque aéreo russo matou quinze civis em Atarib, na zona rural ocidental de Alepo. Outros quatro foram mortos num ataque aéreo sírio ou russo em Darat Izza.[31] A comunicação social estatal iraniana informou que o brigadeiro-general Kioumars Pourhashemi, do Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica, que serviu como conselheiro militar sénior na Síria, foi morto por rebeldes em Alepo.[20] Um combatente das Forças Democráticas Sírias (FDS) foi morto por um ataque de drones turcos no norte da província de Raca.[32]

Em 29 de novembro, o HTS capturou as aldeias de Tal Karatabeen, Abu Qansa e Al-Talhiya na zona rural de Idlib e Al-Mansoura, Jab Kas e Al-Bawabiya na zona rural de Aleppo. Os fortes combates em torno da cidade de Saraqib continuaram.[33] Nessa altura, outros grupos islâmicos sediados em Idlib apoiavam o avanço do HTS, incluindo Ajnad al-Kavkaz, Liwa al-Muhajireen wal-Ansar, e o Partido Islâmico do Turquestão na Síria. Quatro civis foram mortos e outros dois ficaram feridos pelo bombardeio do HTS no bairro de al-Hamdaniya, na cidade de Alepo.[33] Um ataque das Forças Democráticas Sírias (FDS) foi realizado perto de Al-Bab, com 15 combatentes do SNA morrendo.[34] Sete combatentes do SNA foram mortos num ataque aéreo russo a um quartel-general militar do SNA em Mare'.[35] Quatro civis também foram mortos em ataques aéreos russos separados em Idlib.[36]

Batalha de Alepo

[editar | editar código-fonte]
Ver artigo principal: Ofensiva de Alepo

Em 29 de novembro, as forças da oposição entraram nos distritos de Hamdaniya e Nova Alepo, na cidade de Alepo, após realizarem um duplo ataque suicida com dois carros-bomba.[37] Durante a segunda metade do dia, as forças da oposição tomaram cinco distritos da cidade de Alepo. Conflitos foram relatados em outras partes da cidade, incluindo o centro. Vinte outras cidades e vilas foram capturadas pelas forças da oposição, incluindo a cidade estratégica de Saraqib em meio ao colapso das linhas de defesa das forças pró-governo. Outras cidades capturadas pelas forças da oposição incluíram Khan al-Sabil, At-Talhiyah, At-Tarnabah e Jobas na zona rural de Idlib e as cidades de Khan Touman, Shagheidele, Khalasa, Al-Hadir, Al-Qarasi, Barna, Al-Eis, Talhadiya, Zitan, Al-Mansoura e Al-Bawabiya na zona rural de Alepo.[38]

No final de 29 de novembro de 2024, as forças da oposição capturaram partes dos distritos de Al-Sukariyya, Al-Furqan, Al-Adhamiya e Saif al-Dawla da cidade de Alepo, além de terem afirmado ter tomado o controle de sua praça principal.[39][40]

Nas primeiras horas de 30 de novembro de 2024, as forças rebeldes capturaram a Cidadela de Alepo, a sede do governo na cidade, bem como "mais da metade da cidade de Alepo".[41][42] Pela manhã, as forças rebeldes tomaram o controlo da maior parte de Alepo, forçando as tropas pró-governamentais a recuar em direcção a as-Safirah.[43]

Em outras partes da Síria, os rebeldes capturaram 39 cidades e vilas, incluindo a cidade de Abu al-Duhur. As forças pró-governo recuaram da maior parte da província de Idlib, com exceção de Maarat al-Numan, Khan Shaykhun e Kafranbel. Na região de Alepo, as forças pró-governamentais retiraram-se para o aeroporto de Alepo, Maskanah, As Safirah e estrada Khanaser.[44] À tarde, as forças da oposição capturaram Maarat al-Numan, e o número de cidades e vilas que caíram nas mãos das forças rebeldes durante o dia aumentou para mais de 50.[45]

Um ataque aéreo, alegadamente de origem russa, matou 16 civis e feriu outros 20 na cidade de Alepo.[46]

Retirada do governo e avanços das FDS

[editar | editar código-fonte]

Em 30 de novembro de 2024, em meio ao colapso das forças pró-governamentais no noroeste da Síria, as Forças Democráticas Sírias (FDS), de maioria curda, entraram nas cidades de Dayr Hafir, Tell Aran, Tell Hasel e no distrito de Shaykh Najjar, na cidade de Alepo, substituindo as forças pró-governamentais.[47][44] À tarde, as FDS capturaram o Aeroporto Internacional de Alepo e as cidades de Nubl e Al-Zahraa, após a retirada das forças pró-governamentais.[48] Foram relatados confrontos entre rebeldes apoiados pela Turquia e as FDS na região de Tell Abyad, no norte da província de Raca.[34][49]

Ao mesmo tempo, em 30 de novembro, o Exército Nacional Sírio (ELS), apoiado pela Turquia, localizado na região do Escudo do Eufrates, no norte da Síria ocupada pela Turquia, anunciou o início da "Operação Amanhecer da Liberdade", com o objetivo de cortar as redes de suprimentos das FDS e estabelecer um corredor conectando al-Bab a Tel Rifaat. As forças do SNA capturaram a cidade de Tadef das forças pró-governamentais durante os seus avanços, à medida que as forças pró-governamentais começaram a retirar-se da região.[50][51]

Avanços em direção a Hama

[editar | editar código-fonte]
Ver artigo principal: Ofensiva de Hama (2024)

Na noite de 30 de novembro de 2024, as forças da oposição lideradas pelo HTS avançaram rapidamente na província de Hama e capturaram dezenas de cidades e aldeias no campo, incluindo Halfaya, Morek, al-Lataminah, Kafr Zita, Qalaat al-Madiq, Kafr. Nabudah, Karnaz, Lahaya, al-Buwaydah, Latmin, Sawran, al-Mughayyir, Maardis, Al-Suqaylabiyah, Mharda e Taybat al-Imam.[52] Na região de Alepo, os rebeldes terão tomado o controle do aeroporto de Alepo depois de as tropas locais das Forças Democráticas Sírias (FDS) terem optado pela retirada.[19] As forças pró-governamentais começaram a retirar-se tanto da cidade de Hama como da sua base aérea,[52] embora isto tenha sido negado pelo Ministério da Defesa.[53] Às 19h (horário local da Síria, UTC 3:00), as forças do HTS cercaram e começaram a aproximar-se de Hama,[54] capturando pelo menos seis aldeias.[55] Entretanto, Israel teria disparado projéteis de artilharia contra territórios controlados pelo governo perto das Colinas de Golã ocupadas[56] e homens armados locais de Talbiseh atacaram as forças do Exército Árabe Sírio na autoestrada entre Hama e Homs, ferindo seis pessoas.[57]

Nas primeiras horas de 1º de dezembro de 2024, forças pró-governo estabeleceram novas posições militares nos arredores de Hama e na zona rural do norte. Reforços foram enviados para Jabal Zayn al-Abidin e para as cidades de Taybat al Imam, Qamhana e Khitab.[58] A Rússia lançou ataques aéreos contra cidades capturadas pelos rebeldes nas regiões de Idlib e Hama, incluindo Morek, Khan Sheikhoun, Kafranbel, Hazarin e Tal Kawkabah.[59] Na cidade de Idlib, um ataque aéreo russo contra um campo de refugiados matou nove civis e feriu outros 62. Um ataque aéreo russo separado, que teve como alvo o hospital universitário de Alepo, matou 8 civis.[60] À tarde, o Exército Nacional Sírio (ELS) havia capturado as cidades de as-Safirah, Khanasir e a base aérea de Kuweires, enquanto confrontos ocorreram entre o ELS e as FDS no distrito de Sheikh Najjar, na cidade de Aleppo. Ao mesmo tempo, o HTS capturou a central termoeléctrica, a escola de artilharia de campanha e a academia militar nos arredores da cidade de Alepo.[61]

Rebeldes sírios no Aeroporto Militar de Hama.

Na noite de 1º de dezembro de 2024, o ELS lançou uma ofensiva na cidade de Tell Rifaat, controlada pelas SDF, capturando a cidade junto com várias aldeias vizinhas, incluindo Shwargha, Menagh, Maranaz, Kafrnaya, Sheikh Issa, Deir Jamal e Ain Daqna. As restantes cidades controladas pelas FDS na região foram sitiadas e ficaram sem comunicações após terem sido cercadas pelas forças da oposição.[62]

Em 5 de dezembro, forças de oposição síria entraram na parte nordeste de Hama. Ataques aéreos pró-governo Assad foram relatados no lado leste, simultaneamente com o combate às forças de oposição.[63] À tarde, os rebeldes estabeleceram controle total sobre a cidade, enquanto as forças pró-regime se retiravam.[64] Em um comunicado, o governo sírio disse que suas "unidades militares foram realocadas e reposicionadas fora da cidade" para "preservar as vidas de civis" depois que as forças da oposição conseguiram "penetrar em várias partes da cidade".[65][66]

Avanço contra Homs

[editar | editar código-fonte]

Ainda em 5 de dezembro, logo após a queda de Hama (e uma semana após a conquista de Alepo), foi anunciado que as forças pró-governamentais se retiraram das cidades de Salamiyah e Talbiseh, em direção da cidade de Homs (a terceira maior cidade da Síria) horas após sua retirada de Hama, quando os rebeldes se aproximaram dos arredores da antiga cidade.[67] À noite, tropas rebeldes e jihadistas entraram em Salamiyah sem que houvesse resistência, após chegarem a um acordo com os anciãos da cidade e seu conselho religioso ismaelita.[68] À noite, as forças da oposição chegaram aos arredores de Al-Rastan e capturaram uma base militar pró-Assad ao norte dela. Simultaneamente ao avanço da oposição, aeronaves russas bombardearam a ponte principal que conectava Homs e Hama, em uma tentativa de desacelerar o avanço rebelde.[69]

Em 8 de dezembro, Homs, a terceira maior cidade da Síria, caiu para os rebeldes após as tropas do regime Assad abandonarem suas posições em massa.[70]

Captura de Daraa, Sueida, Deir ez-Zor e Palmira

[editar | editar código-fonte]

Na noite de 6 de dezembro de 2024, forças da Frente do Sul capturaram a capital regional da província de Sueida, no sul da Síria, após as forças pró-governo se retirarem da cidade.[71][72] Simultaneamente, as Forças Democráticas da Síria (SDF) capturaram a capital provincial de Deir ez-Zor das forças pró-governo, que também abandonaram a cidade de Palmira, na região central de Homs.[73] À meia-noite, forças de oposição na província de Daraa, no sul, capturaram sua capital provincial, bem como 90% de toda a província, enquanto as forças pró-Assad recuavam em direção à capital, Damasco.[74] Enquanto isso, o Exército Livre da Síria, um grupo rebelde diferente apoiado pelos Estados Unidos, assumiu o controle de Palmira em uma ofensiva lançada a partir da "zona de desconflicto" de al-Tanf.[75]

Em 7 de dezembro de 2024, forças pró-governo se retiraram da região de Quneitra, que faz fronteira com as Colinas de Golã ocupadas por Israel.[76] Naquele dia, o exército israelense ajudou a UNDOF (Força das Nações Unidas para Observação da Separação) a repelir um ataque.[77]

Queda de Damasco

[editar | editar código-fonte]
Ver artigos principais: Batalha de Damasco (2024) e Queda do regime de Bashar al-Assad

Ainda em 7 de dezembro de 2024, forças de oposição entraram na região de Rif Dimashq (a zona rural ao redor da capital) pelo sul e chegaram a vinte quilômetros de Damasco.[78] Simultaneamente ao avanço em direção na capital nacional, forças de oposição no norte lançaram uma ofensiva na cidade de Homs.[79] Na região de Rif Dimashq, forças pró-Assad se retiraram das cidades de Assal al-Ward, Yabroud, Flitah, Al-Naseriyah e Artouz, enquanto os rebeldes chegaram a dez quilômetros de Damasco.[80] Ao anoitecer, forças pró-governo haviam deixado as cidades nos arredores de Damasco, incluindo Jaramana, Qatana, Muadamiyat al-Sham, Darayya, Al-Kiswah, Al-Dumayr e áreas próximas à Base Aérea de Mezzeh.[81] Mais tarde, foi relatado que as forças rebeldes alcançaram os subúrbios de Damasco.[82]

Nas primeiras horas de 8 de dezembro de 2024, grupos de oposição no norte capturaram Homs e isolaram a capital do resto do país, e então começaram a avançar em direção a Damasco em si.[83] Foi relatado então que os rebeldes conseguiram entrar no bairro de Barzeh, em Damasco, sem muita resistência.[84] Naquele dia, o comando do Exército Sírio informou seus oficiais de que o governo de Assad havia terminado[85] e o primeiro-ministro Mohammad Ghazi al-Jalali anunciou que estava pronto "para cooperar com qualquer liderança escolhida pelo povo".[86] Assim, o regime da Família Assad, que governo a Síria por mais de cinquenta anos, finalmente caiu.[87]

Reações

[editar | editar código-fonte]
  •  Síria: O Exército Sírio descreveu a ofensiva como “um ataque terrorista enorme e em grande escala”, no qual “um grande número de terroristas usando armas médias e pesadas” atacou vilarejos, cidades e instalações militares.[29] Em 30 de novembro, o governo sírio anunciou uma “retirada temporária das tropas” de Alepo.[88] Em 30 de novembro, um comentarista pró-governo da TV estatal síria disse que “os reforços e a assistência da Rússia repeliriam os grupos terroristas” e culpou a Turquia por apoiar o avanço dos insurgentes nas províncias de Aleppo e Idlib.[89]
  • Oposição Síria: Hassan Abdelghani, porta-voz da coalizão rebelde síria, declarou que os alvos da operação são as forças de Assad e as milícias iranianas, que ele acusou de trazer “devastação, morte e assassinatos para a região”, enquanto “explorava as populações árabes e muçulmanas” para promover seus “planos de sabotagem” sob “o pretexto de resistência”.[20]
  • Curdistão sírio: Mobilizou forças contra o HTS e denunciou os ataques, com o porta-voz da FDS, Farhad Shamî, declarando que os ataques eram uma tentativa de impedir a paz na Síria.[90][91]
  •  Irã: O ministro das Relações Exteriores, Abbas Araghchi, descreveu a ofensiva como “um complô orquestrado pelos EUA e pelo regime sionista após a derrota do regime no Líbano e na Palestina”.[92]
  •  Turquia: O Ministério das Relações Exteriores pediu o fim dos ataques aéreos em Idlib e exigiu que “seja evitada uma maior instabilidade e que os civis não sejam prejudicados”.[93]
  •  Russia: O porta-voz da presidência, Dmitry Peskov, chamou a ofensiva de “uma violação da soberania da Síria nessa região”.[92]

Análise

[editar | editar código-fonte]

O Hezbollah, que foi um grande aliado do governo sírio durante a guerra civil, foi severamente enfraquecido durante sua guerra com Israel. As mortes de Hassan Nasrallah e de grande parte de sua liderança militar, combinadas com a transferência de combatentes do Hezbollah da Síria de volta para o Líbano, deixaram um grande vácuo de poder. Com os militares russos concentrados na invasão da Ucrânia e do Irã sob pressão significativa, isso proporcionou uma oportunidade para os grupos rebeldes lançarem uma ofensiva.[20]

De acordo com Nick Heras, analista do New Lines Institute for Strategy and Policy, os rebeldes estavam tentando impedir uma ofensiva do governo sírio que estava sendo moldada por ataques aéreos russos e sírios em áreas rebeldes. Acredita-se que a presença de grupos apoiados pela Turquia na ofensiva seja um aviso dos turcos à Rússia e ao governo sírio para evitar quaisquer ofensivas na região.[94]

Ver também

[editar | editar código-fonte]

Notas e referências

Notas

  1. ↑ Grupo que pretende instalar um emirado da Alcaida na Síria.[11]
  2. ↑ em árabe: ردع العدوان

Referências

  1. ↑ a b «Regime de Assad "acabou", diz comando do exército sírio». CNN Brasil. Consultado em 8 de dezembro de 2024 
  2. ↑ Fassihi, Farnaz (6 de dezembro de 2024). «Iran Begins to Evacuate Military Officials and Personnel From Syria». The New York Times 
  3. ↑ Yee, Vivian (2 de dezembro de 2024). «Russia and Iran Pledge Support for Syria's al-Assad». The New York Times. Consultado em 3 de dezembro de 2024 
  4. ↑ «Syria:Iraqi militias provide Assad support». Deutsche Welle. 2 de dezembro de 2024. Consultado em 3 de dezembro de 2024 
  5. ↑ George, Susannah (4 de dezembro de 2024). «Iran is sending regional fighters to Syria. Can they save Assad again?». The Washington Post. Consultado em 5 de dezembro de 2024 
  6. ↑ «The death toll continues to rise day after day, in light of the continued violent escalation of clashes and air and ground bombardment, a week after the launch of the "Deterrence of Aggression" operation, launched by Hay'at Tahrir al-Sham and its allied factions against the regime forces, where the death toll of soldiers and civilians in the operation reached 571, and the operation was launched at dawn on the 27th of last November.». SOHR. p. árabe. Consultado em 3 de dezembro de 2024 
  7. ↑ a b c «Amid rebels' failure to advance into the city | Fierce clashes continue on frontlines around Hama city and regime forces restore town in eastern countryside». SOHR. 5 de dezembro de 2024 
  8. ↑ «Amid Turkish bombardment: Clashes escalate between Kurdish forces and 'National Army' factions in northern Aleppo countryside». Observatório Sírio de Direitos Humanos. 1 de dezembro de 2024. Consultado em 3 de dezembro de 2024 
  9. ↑ Roth, Richard (6 de dezembro de 2024). «Syrian rebels challenge Assad regime on two fronts as new uprising emerges in south: Live updates». CNN (em inglês). Consultado em 8 de dezembro de 2024 
  10. ↑ Kourdi, Eyad; Salem, Mostafa; Edwards, Christian; Goodwin, Allegra; Edwards, Christian; Abekah-Mensah, Annoa; Kent, Lauren; Schmitz, Avery (29 de novembro de 2024). «Syrian rebels enter Aleppo for first time in eight years during shock offensive». CNN (em inglês). Consultado em 29 de novembro de 2024 
  11. ↑ Reports, CATF. «Al-Qaeda's Grand Plan for Syria Passes Through Hayat Tahrir al-Sham» (em inglês) 
  12. ↑ «Syrian troops withdraw from Aleppo as rebels advance». BBC News 
  13. ↑ «Syrian rebels sweep into Aleppo, Russia conducts strikes in support of Assad». Reuters 
  14. ↑ «Aleppo: Rebels 'take control' of airport as thousands of fighters seize most of Syria's second-biggest city». Sky 
  15. ↑ a b «Most of them are children. 16 citizens were killed and injured in regime forces' shelling of the city of Ariha» (em árabe). Syrian Observatory for Human Rights. 27 de novembro de 2024. Consultado em 27 de novembro de 2024 
  16. ↑ «Syrian rebels launch surprise offensive in northwest as regime retaliates with airstrikes». The New Arab. 27 de novembro de 2024 
  17. ↑ a b c Kourdi, Eyad; Edwards, Christian (27 de novembro de 2024). «Syrian rebels launch major attack on regime forces in Aleppo province». CNN (em inglês). Consultado em 27 de novembro de 2024 
  18. ↑ «Dea*th toll update | More than 30 airstrikes and nearly 100 members kil*led during "Blocking Aggression" Operation in Aleppo». Syrian Observatory for Human Rights. 27 de novembro de 2024 
  19. ↑ a b «"The Authority" controls Aleppo International Airport and many cities and towns in the northern Hama countryside amid a complete collapse of the regime forces» (em árabe). SOHR. 30 de novembro de 2024. Consultado em 30 de novembro de 2024 
  20. ↑ a b c d e f g Salem, Mostafa (28 de novembro de 2024). «Syria's rebels exploit weaknesses in Iran's proxies to launch surprise offensive». CNN (em inglês). Consultado em 28 de novembro de 2024 
  21. ↑ a b c d Lister, Charles (30 de novembro de 2024). «Syria's conflict is heating up once more». Spectator (em inglês). Consultado em 30 de novembro de 2024 
  22. ↑ Abdulrahim, Raja (29 de novembro de 2024). «Syrian Rebels Reach Outskirts of Major City in Escalating Offensive». The New York Times. Consultado em 29 de novembro de 2024 
  23. ↑ «Syrian opposition launches "Deterrence of Aggression" operation in the north of the country» (em árabe). Al Jazeera Arabic. 27 de novembro de 2024. Consultado em 27 de novembro de 2024 
  24. ↑ «Weeks after the Syrian Observatory published the preparations... "Hay'at Tahrir al-Sham" attacks the Aleppo countryside in the "Response to Aggression" operation» (em árabe). Syrian Observatory for Human Rights. 27 de novembro de 2024. Consultado em 27 de novembro de 2024 
  25. ↑ «Syrian rebels launch surprise offensive in northwest as regime retaliates with airstrikes». The New Arab. 27 de novembro de 2024 
  26. ↑ «Opposition Forces Capture Key Villages Near Aleppo, Assad's Army Retaliates». The Media Line (em inglês). 27 de novembro de 2024. Consultado em 27 de novembro de 2024 
  27. ↑ Al-Khalidi, Suleiman. «Syrian rebels launch attack against army in Aleppo province». Reuters 
  28. ↑ «Syrian rebels launch attack against army in Aleppo province». The Times of Israel (em inglês). Consultado em 28 de novembro de 2024 
  29. ↑ a b «Dozens killed as armed groups attack Syrian military in northern Aleppo». Al Jazeera (em inglês). Consultado em 28 de novembro de 2024 
  30. ↑ «"The Authority" cuts off the "M5" road... and the death toll in the "Deterrence of Aggression" operation rises to 182 elements» (em árabe). SOHR. 28 de novembro de 2024. Consultado em 28 de novembro de 2024 
  31. ↑ «Committing new massacre in Al-Atareb | Russian and regime fighter jets execute nearly 60 airstrikes in Idlib and Aleppo countryside». Syrian Observatory for Human Rights. 28 de novembro de 2024 
  32. ↑ «Leaving SDF member dead | Turkish drone attacks motorbike in Ain Issa countryside north of Al-Raqqah». SOHR. 28 de novembro de 2024 
  33. ↑ a b «During three days of battles | Number of casualties among civilians and combatants rise to 287». SOHR. 29 de novembro de 2024. Consultado em 29 de novembro de 2024 
  34. ↑ a b «Kurdish forces attack Turkish-backed fighters in northern Syria, kill 15» 
  35. ↑ «Russian airstrike | Seven members of the "National Army" kil*led in Aleppo within "Euphrates Shield" area». SOHR. 30 de novembro de 2024 
  36. ↑ «Dea*th toll update | 23 civilians kil*le and injured under Russian airstrikes on Idlib». SOHR. 29 de novembro de 2024 
  37. ↑ «After detonating two car bombs, the factions of the "Deterrence of Aggression" operation enter parts of neighborhoods in the city of Aleppo». SOHR. 29 de novembro de 2024. p. Arabic. Consultado em 29 de novembro de 2024 
  38. ↑ «Amid failure of regime forces to counter attacks | H-T-S and factions take control of five neighborhoods in Aleppo city and 20 villages and towns in Idlib and Aleppo countryside». 29 de novembro de 2024. Consultado em 29 de novembro de 2024 
  39. ↑ «After controlling 5 neighborhoods, "Hay'at Tahrir al-Sham" and factions enter the streets of a number of other neighborhoods in Aleppo city» (em árabe). SOHR. 29 de novembro de 2024. Consultado em 29 de novembro de 2024 
  40. ↑ (AJABreaking), الجزيرة - عاجل (20 de novembro de 2024). «عاجل | المعارضة السورية: سيطرنا على الساحة الرئيسية وسط مدينة #حلب». X. Consultado em 29 de novembro de 2024 
  41. ↑ «Syrian opposition enters Aleppo, takes control of government headquarters and citadel». Al Jazeera. 29 de novembro de 2024. p. Arabic. Consultado em 29 de novembro de 2024 
  42. ↑ Abdulrahim, Raja (29 de novembro de 2024). «Syrian Rebels Breach City of Aleppo, in Biggest Advance in Years». The New York Times 
  43. ↑ «After an absence of about 8 years.. Warplanes target Aleppo neighborhoods.. and the "Deterrence of Aggression" forces penetrate most of Aleppo city neighborhoods». SOHR. 30 de novembro de 2024. p. Arabic. Consultado em 30 de novembro de 2024 
  44. ↑ a b «On the fourth day of the "Deterrence of Aggression" operation: Regime forces collapse and are stationed in 3 cities south of Idlib and centers in areas east and south of Aleppo city» (em árabe). SOHR. 30 de novembro de 2024. Consultado em 30 de novembro de 2024 
  45. ↑ «Regime forces withdraw from Maarat al-Numan city... and "Deterrence of Aggression" forces impose their control over about 50 villages and towns during the day». SOHR. 30 de novembro de 2024. p. Arabic. Consultado em 30 de novembro de 2024 
  46. ↑ «16 people killed.. A horrific massacre committed by warplanes in the city of Aleppo» (em árabe). SOHR. 30 de novembro de 2024. Consultado em 30 de novembro de 2024 
  47. ↑ «Following withdrawal of Iranian-backed militias and regime forces; Kurdish forces deploy in Aleppo international airport, Nubl and Al-Zahraa and take control of checkpoints». syriahr.com. SOHR. Consultado em 30 de novembro de 2024 
  48. ↑ «After the withdrawal of Iranian militias and regime forces.. Kurdish forces deploy in Aleppo International Airport, Nubl and Zahraa and control the checkpoints» (em árabe). SOHR. 30 de novembro de 2024. Consultado em 30 de novembro de 2024 
  49. ↑ «"Peace Spring" area | SDF infiltrate military positions of Ankara-backed factions in western countryside of Tel Abyad - the Syrian Observatory for Human Rights» 
  50. ↑ «Syrian National Coalition PM: Operation Freedom Dawn aims to cut PKK supply lines - Türkiye Today» (em inglês). Consultado em 30 de novembro de 2024 
  51. ↑ «Escalating conflict in northern Aleppo: Pro-Turkish factions launch offensive as Syrian army tightens control - MAP/VIDEO». caliber.az (em inglês). 1 de dezembro de 2024. Consultado em 30 de novembro de 2024 
  52. ↑ a b «Amidst the withdrawal of regime forces from the city of Hama and its military airport, "Hay'at Tahrir al-Sham" continues to advance in its countryside and takes control of new cities and towns». SOHR. 30 de novembro de 2024. p. Arabic. Consultado em 30 de novembro de 2024 
  53. ↑ «Syrian Ministry of Defense denies army withdrawal from Hama as clashes escalate». saudigazette.com. Saudi Gazette. Consultado em 30 de novembro de 2024 
  54. ↑ «Syrian rebels closing in on city of Hama - report». The Jerusalem Post (em inglês). 30 de novembro de 2024. Consultado em 30 de novembro de 2024 
  55. ↑ «Deadly strikes hit Aleppo as Syrian rebels seize airport, push towards Hama». Middle East Eye (em inglês). Consultado em 30 de novembro de 2024 
  56. ↑ «Syria war live: Rebels take control of Aleppo, igniting new phase of war». aljazeera.com. Aljazeera. Consultado em 30 de novembro de 2024 
  57. ↑ «Military escalation: Two regime soldiers injured after local gunmen attacked military convoy on highway between Homs and Hama». syriahr.com. SOHR. Consultado em 30 de novembro de 2024 
  58. ↑ «Regime forces reposition themselves and impose a tight cordon on Hama city» (em árabe). SOHR. 30 de novembro de 2024. Consultado em 30 de novembro de 2024 
  59. ↑ «Russian warplanes launch airstrikes on cities and towns in the Hama and Idlib countrysides» (em árabe). SOHR. 1 de dezembro de 2024. Consultado em 1 de dezembro de 2024 
  60. ↑ «Two massacres committed by Russian aircraft.. 49 people killed and martyred, including 17 from the regime forces» (em árabe). SOHR. 1 de dezembro de 2024. Consultado em 1 de dezembro de 2024 
  61. ↑ «"Hay'at Tahrir al-Sham" and "National Army" control the towns of Khanaser and Al-Safira, Kuweires Airport in the Aleppo countryside, and military sites on the outskirts of Aleppo» (em árabe). SOHR. 1 de dezembro de 2024. Consultado em 1 de dezembro de 2024 
  62. ↑ «More than 200,000 Syrians trapped in Operation "Dawn of Freedom"... Communications cut off in northern Aleppo countryside and fears of massacres against Kurdish citizens» (em árabe). SOHR. 1 de dezembro de 2024. Consultado em 1 de dezembro de 2024 
  63. ↑ «After hours of grinding battles.. HTS and factions enter the northeastern side of Hama amid aerial bombardment from warplanes» (em árabe). SOHR. 5 de dezembro de 2024. Consultado em 5 de dezembro de 2024 
  64. ↑ «Syrian rebels capture second major city as army withdraws from Hama». CNN. Consultado em 5 de dezembro de 2024 
  65. ↑ «Syrian rebels take new city as army announces withdrawal from Hama». The Washington Post. 5 de dezembro de 2024 
  66. ↑ Salem, Mostafa (5 de dezembro de 2024). «Syrian army withdraws from strategic city of Hama as rebels advance». CNN (em inglês). Consultado em 5 de dezembro de 2024 
  67. ↑ «After the collapse of the regime forces in the city of Hama.. the withdrawal of the regime forces and the National Defense from the cities of Salamiyah and Talbiseh towards the city of Homs» (em árabe). SOHR. 5 de dezembro de 2024. Consultado em 5 de dezembro de 2024 
  68. ↑ «Major collapse of the regime forces.. "Hay'at Tahrir al-Sham" controls strategic sites near the city of Hama and enters the city of Salamiyah without fighting» (em árabe). SOHR. Consultado em 5 de dezembro de 2024 
  69. ↑ «Regime forces isolate Homs city from northern countryside.. and warplanes target outskirts of Rastan city near a main bridge on Homs-Hama road» (em árabe). SOHR. Consultado em 5 de dezembro de 2024 
  70. ↑ «Syrian army quits Homs, cutting Assad off from coast». Reuters (em inglês). 8 de dezembro de 2024 
  71. ↑ «Sweida is out of the regime's control.. Local gunmen control many security centers in the city and its surroundings, and the governor flees after tensions escalate» (em árabe). SOHR. 6 de dezembro de 2024. Consultado em 8 de dezembro de 2024 
  72. ↑ «المعارضة المسلحة تصل السويداء وتسيطر على مقرات أمنية (فيديو)». Erem news. 6 de dezembro de 2024 
  73. ↑ «After the entry of the "SDF" .. the pro-Iranian militias evacuate their positions in Al-Bukamal in the eastern countryside of Deir Ezzor». SOHR. Consultado em 6 de dezembro de 2024 
  74. ↑ «After the advance of local factions to Daraa al-Balad.. Regime forces lose almost complete control over the province» (em árabe). SOHR. Consultado em 6 de dezembro de 2024 
  75. ↑ «US-backed Syrian Free Army advances in Homs, with reports of clashes with regime forces in Palmyra». Middle East Monitor. 6 de dezembro de 2024. Consultado em 7 de dezembro de 2024 
  76. ↑ «For the first time since Israel occupied the Syrian Golan Heights, regime forces withdraw from their positions on the border with the Golan Heights and most of the southern regions, and Russia withdraws from its points». SOHR. 7 de dezembro de 2024. Consultado em 7 de dezembro de 2024 
  77. ↑ «Israel Army Says Assisting UN Forces In 'Repelling Attack' In Syria». barrons.com. Consultado em 7 de dezembro de 2024 
  78. ↑ «10 km from the capital Damascus.. The regime is withdrawing rapidly in southern Syria and the factions are advancing» (em Arabic). SOHR. Consultado em 7 de dezembro de 2024 
  79. ↑ «Local factions break the first lines of defense of Homs city and attack the headquarters of the 26th Division and the College of Engineering near the city» (em árabe). SOHR. 7 de dezembro de 2024. Consultado em 8 de dezembro de 2024 
  80. ↑ «Successive withdrawals from the Damascus countryside to secure the capital.. Reconciliation factions are a few kilometers away from the capital Damascus» (em árabe). SOHR. 7 de dezembro de 2024. Consultado em 7 de dezembro de 2024 
  81. ↑ «After the major withdrawal in the Damascus countryside and cities adjacent to the capital. Regime forces redeploy in the capital Damascus» (em árabe). SOHR. 7 de dezembro de 2024 
  82. ↑ «Rebel forces 'reach Damascus suburbs' as protesters topple statue on outskirts». Sky News (em inglês). 7 de dezembro de 2024. Consultado em 8 de dezembro de 2024 
  83. ↑ «Syrian rebels claim control of Homs and advance toward Damascus». NBC News. 8 de dezembro de 2024. Consultado em 8 de dezembro de 2024 
  84. ↑ Kourdi, Eyad; Edwards, Christian; Robertson, Nic; Schmitz, Avery. «Syrian rebels appear to have entered Damascus as Assad regime's defenses crumble». CNN. Consultado em 7 de dezembro de 2024 
  85. ↑ «Syrian army command tells officers that Assad's rule has ended, officer says». Reuters. Consultado em 8 de dezembro de 2024 
  86. ↑ «Syrian Prime Minister: Ready to Cooperate». Wall Street Journal. 8 de dezembro de 2024. Consultado em 8 de dezembro de 2024 
  87. ↑ «Syrian government falls to rebels, in stunning end to 50 year iron rule of the Assads» (em inglês). NPR. Consultado em 8 de dezembro de 2024 
  88. ↑ «Syrian army announces temporary withdrawal from Aleppo after rebel assault». Al Jazeera (em inglês). Consultado em 30 de novembro de 2024 
  89. ↑ «Syrian insurgents are inside Aleppo in a major setback for Assad as government forces regroup». CBS News 
  90. ↑ «SDF responds to HTS attack, "We will defend our people"» 
  91. ↑ «ANHA» 
  92. ↑ a b El Deeb, Sarah (29 de novembro de 2024). «In a shock offensive, insurgents breach Syria's largest city for the first time since 2016». The Washington Post. Consultado em 20 de novembro de 2024 
  93. ↑ Michaelson, Ruth (29 de novembro de 2024). «Syrian rebels enter Aleppo three days into surprise offensive». The Guardian (em inglês). ISSN 0261-3077. Consultado em 29 de novembro de 2024 
  94. ↑ «Syrian insurgents cut off key road as 200 die in escalating violence». The Guardian. 28 de novembro de 2024. Consultado em 29 de novembro de 2024 


Obtida de "https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Ofensivas_da_oposição_síria_em_2024&oldid=69153487"