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O amor que não ousa dizer seu nome

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O amor que não ousa dizer seu nome ("The love that dare not speak its name", no original em língua inglesa) é uma frase da linha final do poema "Two Loves" ("Dois Amantes") de Lorde Aldfred Douglas, escrita em setembro de 1892 e publicada na revista de Oxford The Chameleon em dezembro de 1894. Tornou-se expressão notável ao ser mencionada por Oscar Wilde como eufemismo ou metáfora para homossexualidade no processo em que foi condenado por atos homossexuais envolvendo sua relação com Douglas.[1]

Segue a famosa citação em que Oscar Wilde cita e explica a frase no interrogatório a que foi submetido na sessão do quarto dia do segundo julgamento, em 30 de abril de 1895:

Charles Gill (promotor): O que é "o amor que não ousa dizer seu nome"?
Wilde: "O amor que não ousa dizer seu nome", neste século, é uma grande afeição de um homem mais velho por um outro mais novo, como havia entre Davi e Jônatas, tal como Platão fez a verdadeira base de sua filosofia, tal como alguém encontra nos sonetos de Michelangelo e de Shakespeare. É aquela profunda afeição espiritual que é tão pura quanto é perfeita. Ela conduz e preenche as grandes obras de arte como as de Shakespeare e Michelangelo e essas duas minhas cartas. É neste século incompreendido, tão incompreendido que pode ser descrito como "o amor que não ousa dizer seu nome", e, por causa dele, fui colocado onde estou agora. É bonita, é fina, é a mais nobre forma de afeição. Não há nada inatural nisso. É intelectual e existe repetidamente entre um homem mais velho e um mais novo, quando o mais velho tem intelecto, e o mais novo possui toda a alegria, esperança e glamour de vida diante de si. É assim que deve ser, mas o mundo não entende. O mundo o ridiculariza e às vezes coloca alguém no pelourinho por causa dele. (aplausos da galeria)[2]
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Referências

  1. The meaning and origin of the expression: The love that dare not speak its name. phrases.org.uk. Consultado em 23/03/2021.
  2. "O Julgamento". Tradução de Gentil de Faria. Folha de S.Paulo, caderno Mais!, São Paulo, 21 de maio de 1995. Consultado em 23/03/2021.

Ligações externas

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