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O Último Samurai

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O Último Samurai
The Last Samurai
O Último Samurai
Pôster promocional
 Estados Unidos  Japão

 Nova Zelândia
2003 •  cor •  154 min 

Gênero aventura
épico
guerra
drama
Direção Edward Zwick
Produção Edward Zwick
Marshall Herskovitz
Tom Cruise
Paula Wagner
Scott Kroopf
Tom Engelman
Roteiro John Logan (história)
Edward Zwick
Marshall Herskovitz
Elenco Tom Cruise
Ken Watanabe
Música Hans Zimmer
Cinematografia John Toll
Edição Victor Du Bois
Steven Rosenblum
Companhia(s) produtora(s) Radar Pictures
Bedford Falls Company
Cruise/Wagner
Distribuição Warner Bros. Pictures
Lançamento Estados Unidos 5 de dezembro de 2003
Portugal 8 de janeiro de 2004
Brasil 16 de janeiro de 2004
Idioma inglês
japonês
Orçamento US$ 140 milhões[1]
Receita US$ 456,758,981[1]

The Last Samurai (bra/prt: O Último Samurai) é um filme épico de guerra estadunidense de 2003 dirigido e co-produzido por Edward Zwick, que também co-escreveu o roteiro com John Logan. O filme é estrelado por Tom Cruise, que também co-produziu, assim como Ken Watanabe, Shin Koyamada, Tony Goldwyn, Hiroyuki Sanada, Timothy Spall e Billy Connolly. Inspirado por um projeto de Vincent Ward, que Zwick se interessou, com Ward mais tarde servindo como produtor executivo. A produção do filme foi adiante com Zwick e foi filmado no país nativo de Ward, Nova Zelândia.

Cruise interpreta um oficial norte-americano, cujos conflitos pessoais e emocionais o levam a travar contato com guerreiros samurais, na esteira da Restauração Meiji no Japão do século 19. A trama do filme foi inspirada na Rebelião Satsuma liderada por Saigō Takamori em 1877, e na ocidentalização do Japão por potências coloniais, embora este seja atribuído em grande parte aos Estados Unidos no filme, para o público americano. Em menor grau, também é influenciado pelas histórias de Jules Brunet, um capitão do exército francês que lutou ao lado de Enomoto Takeaki na anterior Guerra Boshin e Frederick Townsend Ward, um mercenário americano que ajudou a ocidentalizar o exército chinês, formando o Ever Victorious Army.

The Last Samurai foi bem recebido em seu lançamento, com uma bilheteria mundial total de $456 milhões.[1] Foi nomeado para vários prêmios, incluindo quatro Oscar, três Globos de Ouro e dois National Board of Review Awards.

O filme narra a história do Capitão Nathan Algren (Tom Cruise), veterano das guerras indígenas nos Estados Unidos. Posteriormente, Algren é convidado por seu ex-comandante para participar com ele do treinamento do recém criado Exército Imperial Japonês.

Após a volta do Imperador ao poder central no Japão, o governo passou a contratar generais e engenheiros ocidentais para treinar e equipar o seu exército contra os Samurais (Restauração Meiji). Após começar o treinamento dos soldados do Exército Imperial, Algren percebe que não estão prontos para lutar e não podem vencer mesmo com armas de fogo. No entanto seu comandante, o Coronel Bagley, insiste em enviá-los para a batalha.

Durante o combate, vendo o exército ser massacrado pelos samurais, o Coronel Bagley foge da frente de batalha, pois na verdade não tinha o dever de lutar mesmo. Ao contrário de seu comandante, Algren fica e luta bravamente até ser rendido pelo líder dos Samurais, que fica impressionado com a bravura de seu adversário, poupando-lhe assim a vida, mas levando-o como prisioneiro.

Durante sua estadia com os Samurais, Algren acaba aos poucos se apaixonando pela cultura e valores dos guerreiros e enfim passa a apoiá-los contra as Forças Imperiais e a ocidentalização desenfreada do país.

The Last Samurai: Original Motion Picture Score
O Último Samurai
Trilha sonora de Hans Zimmer
Lançamento 25 de novembro de 2003
Gênero(s) Trilha sonora
Duração 59:41
Gravadora(s) Warner Sunset
Produção Hans Zimmer
Cronologia de Hans Zimmer
Matchstick Men
(2003)
King Arthur
(2003)

The Last Samurai: Original Motion Picture Score é a trilha sonora para o filme de 2003 de mesmo nome, lançado em 25 de novembro de 2003 pela Warner Sunset Records.[2] Todas as músicas da trilha sonora foram compostas, arranjadas e produzidas por Hans Zimmer, realizada pela Hollywood Studio Symphony, e conduzida por Blake Neely.[3] Ele alcançou a posição número 24 na parada Top da Billboard EUA.[3]

Lista de faixas
N.º Título Duração
1. "A Way of Life"   8:03
2. "Spectres in the Fog"   4:07
3. "Taken"   3:35
4. "A Hard Teacher"   5:44
5. "To Know My Enemy"   4:48
6. "Idyll's End"   6:40
7. "Safe Passage"   4:56
8. "Ronin"   1:53
9. "Red Warrior"   3:56
10. "The Way of the Sword"   7:59
11. "A Small Measure of Peace"   7:59
12. "The Final Charge"   4:39
Duração total:
59:46

The Last Samurai tem recepção favorável por parte da crítica profissional. Com a pontuação de 65% em base de 215 críticas, o Rotten Tomatoes chegou ao consenso: "Com altos valores de produção e cenas emocionantes de batalha, The Last Samurai é um épico satisfatório". A pontuação da audiência do site é de 83%.[4] Tomomi Katsuta do Mainichi Shimbun afirmou que o filme foi "uma grande melhoria em relação às tentativas americanas anteriores de retratar o Japão", notando que o diretor Edward Zwick "havia pesquisado a história japonesa, escalado atores japoneses conhecidos e consultado treinadores de diálogo para se certificar de que ele não confundisse as categorias formais e casuais da fala japonesa." Katsuta criticou a forma idealista do filme de como eles retrataram os samurais, dizendo: "nossa imagem do samurai é que eles eram mais corruptos." Como tal, disse ele, o nobre líder samurai Katsumoto "me deu um nó".[5]

Motoko Rich do The New York Times observou que o filme abriu um debate, "particularmente entre asiático-americanos e japoneses," sobre se o filme e outros semelhantes eram "racistas, ingênuos, bem-intencionados, preciso - ou todas as opções."[5]

Em 2014, o filme foi discutido por Keli Goff do The Daily Beast que caracterizou como mais uma narrativa do "salvador branco",[6] um tropo cinematográfico estudado em sociologia, para o qual The Last Samurai foi analizado.[7] David Sirota do site Salon viu que o filme "era mais um apresentando o oficial branco do exército da União como personificando pessoalmente o esforço da Guerra Civil do Norte para libertar as pessoas de cor" e criticou o pôster do filme como "uma mensagem não tão sutil que incentiva o público a perceber (erroneamente) o cara branco - e não um japonês - como o último grande líder da antiga cultura japonesa".[8] O filme também foi acusado de perpetuar o estereótipo do orientalismo, mostrando os japoneses como "excessivamente tradicionalistas" e "exóticos".[9]

  • Recebeu 4 indicações ao Óscar, nas seguintes categorias: Melhor Ator Coadjuvante (Ken Watanabe), Melhor Som, Melhor Direção de Arte e Melhor Figurino.[10]
  • Recebeu 3 indicações ao Globo de Ouro, nas seguintes categorias: Melhor Ator - Drama (Tom Cruise), Melhor Ator Coadjuvante (Ken Watanabe) e Melhor Trilha Sonora.
  • Recebeu uma indicação ao MTV Movie Awards de Melhor Ator (Tom Cruise).

Referências

  1. a b c The Last Samurai (2003). Box Office Mojo. IMDb. Retrieved September 17, 2012.
  2. (2003) Créditos do álbum The Last Samurai: Original Motion Picture Score por Hans Zimmer. Warner Sunset Records.
  3. a b "The Last Samurai – Original Motion Picture Soundtrack". Allmusic.com. Rovi Corp. Retrieved September 17, 2012.
  4. «The Last Samurai - Rotten Tomatoes» (em inglês). Consultado em 19 de dezembro de 2013 
  5. a b Rich, Motoko (4 de janeiro de 2004). «Land Of the Rising Cliché». The New York Times. Consultado em 25 de junho de 2012 
  6. Goff, Keli (4 de maio de 2014). «Can 'Belle' End Hollywood's Obsession with the White Savior?». The Daily Beast. Consultado em 14 de maio de 2014 
  7. Hughey, Matthew (2014). The White Savior Film: Content, Critics, and Consumption. [S.l.]: Temple University Press. ISBN 978-1-4399-1001-6 
  8. «Oscar loves a white savior». Salon. 22 de fevereiro de 2013 
  9. «Themes of Western Superiority in The Last Samurai» (PDF). Consultado em 10 de setembro de 2021 
  10. «76th Academy Awards Winners - Oscar Legacy» (em inglês). Consultado em 19 de dezembro de 2013 

Ligações externas

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