Museu Etnográfico Casa dos Açores
Museu Etnográfico Casa dos Açores | |
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Sobrado Casa dos Açores | |
Informações gerais | |
Tipo | Etnografia Local histórico |
Inauguração | 04 de março de 1979 (45 anos) |
Website | http://www.cultura.sc.gov.br/espacos/casadosacores |
Geografia | |
País | Brasil |
Cidade | Biguaçu |
Localidade | São Miguel da Terra Firme |
Coordenadas | 27° 27′ 22,842″ S, 48° 38′ 14,687″ O |
Geolocalização no mapa: Santa Catarina | |
Localização do Museu de São Miguel no mapa dinâmico |
O Museu Etnográfico Casa dos Açores ou Museu de São Miguel é um museu brasileiro dedicado principalmente à preservação da memória luso-brasileira na região da grande Florianópolis. O museu está localizado em São Miguel da Terra Firme, Biguaçu (SC).
O Museu
[editar | editar código-fonte]A construção que abriga o museu data da primeira metade do século XIX.[1] Sendo um exemplar do apogeu da cultura açoriano-madeirense em São Miguel da Terra Firme.
Em 1978, a residência foi adquirida pelo Governo de Santa Catarina, e após restauração com o auxílio do IPHAN, o Museu foi inaugurado em 04 de março de 1979.[1][2]
O Museu Etnográfico integra o conjunto arquitetônico (Casa dos Açores, Igreja de São Miguel Arcanjo,[3] a chácara e os arcos do antigo aqueduto) e fica localizado no lado esquerdo da BR-101 no sentido Sul-Norte.
História
[editar | editar código-fonte]Em 1748, tem início o fluxo migratório de Açores e Madeira, resultado na fundação de vários povoados no litoral catarinense; dentre as povoações fundadas à época, estava a de São Miguel da Terra Firme, às margens da Baía Norte, fronteira com a Ilha de Santa Catarina, que em 1750 recebeu o primeiro grupo de 140 famílias de imigrantes.[4]
O sobrado foi construído na primeira metade do século XIX pelo fazendeiro, senhor de escravos, cavaleiro da Imperial Ordem da Rosa e primeiro vice-presidente da província de Santa Catarina, João Ramalho da Silva Pereira.
Entre 1750 e 1756, os governadores da Província Manuel Escudeiro Ferreira de Sousa e seu sucessor José de Melo Manuel, tentaram em diversas ocasiões, sem sucesso, transferir a capital da província do Desterro para São Miguel.[4]
Em 1777, a Ilha de Santa Catarina foi invadida por espanhóis. Na ocasião, São Miguel se tornou capital provisória da Capitania de Santa Catarina, sendo refúgio de parte da população ilhôa, autoridades e militares.[4][5] O Tratado de Santo Ildefonso, em 1778, restaurou a normalidade na região.[2]
Em 1845, durante a visita do D. Pedro II à Província, o Imperador doou os sinos para Igreja local.[2]
Em 1865, o imóvel foi adquirido e reformado por Manoel Joaquim Madeira.[6]
Acervo
[editar | editar código-fonte]O acervo do museu conta com obras de arte sacra, com peças que utilizadas para caça de baleia, réplicas de engenhos de farinha e cana-de-açúcar (produzida pelo artesão Bruno Manoel Lopes na década de 1980[6]), peças de crivo e renda de bilros, peças de artesanato e trajes folclóricos açorianos.[7]
A biblioteca do Museu conta com 400 livros doados pelo Governo dos Açores, além de diversos documentos históricos.[7]
Referências
- ↑ a b Cunha, Henrique. «FCC - Fundação Catarinense de Cultura - A Casa». www.cultura.sc.gov.br. Consultado em 26 de setembro de 2018
- ↑ a b c «Museu de São Miguel, Biguaçu, Santa Catarina, Brasil». Consultado em 27 de setembro de 2018
- ↑ «Igreja de São Miguel Arcanjo - Biguaçu Site». biguacu.biguasite.com.br. Consultado em 27 de setembro de 2018
- ↑ a b c User, Super. «FCC - Fundação Catarinense de Cultura - História do local». www.cultura.sc.gov.br. Consultado em 27 de setembro de 2018
- ↑ «A Ilha de Santa Catarina sob domínio da Espanha, há 240 anos»
- ↑ a b «Museu Etnográfico Casa dos Açores é opção de lazer para toda a família». Verão 2014. 21 de janeiro de 2014
- ↑ a b «Museu Etnográfico Casa dos Açores». Guia Floripa