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Mundos em Guerra

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Our Worlds at War
Imagem ilustrativa padrão; esse artigo não possui imagem.
Formato de publicação Crossover
Desenho Mike Wieringo
Ed McGuinness
Doug Mahnke
Ron Garney
Leonard Kirk
Personagens principais personagens do Universo DC
Editora(s) lusófona(s) Abril Jovem

Our Worls at War, conhecido no Brasil como Mundos em Guerra, é um crossover publicado pela editora de histórias em quadrinhos DC Comics durante o verão de 2001. Seguindo os roteiros de Jeph Loeb, Joe Casey, Mark Schultz, Joe Kelly e Peter David, a série tratou de um conflito entre os heróis da Terra e a entidade conhecida como Imperiex, que desejava destruir o planeta. Entre os artistas da série incluíam-se Mike Wieringo, Ed McGuinness, Doug Mahnke, Ron Garney e Leonard Kirk.

O crossover envolveu majoritariamente os títulos mensais de Superman e Mulher-Maravilha, mas foram publicadas uma série de especiais centrados em outros diversos personagens. O conflito teve início quando da chegada de uma entidade cósmica conhecida pelo nome de Imperiex, que veio a Terra com o intuito de destruí-la para dar início a um processo de destruição que se alastraria por todo o universo, com a justificativa de renová-lo. E, quando a batalha contra Imperiex aproximou-se de seu clíma, o vilão Brainiac 13 apareceu e lançou mão de um plano próprio para conquistar o universo.

No ano de 2000, Jeph Loeb e Joe Kelly lideraram uma equipe totalmente nova de roteiristas, que foi contratada com o intuito de "reerguer o personagem e tornar suas histórias mais atrativas". Ao final daquele ano, eles haviam conseguido: As vendas das revistas aumentaram e comentários positivos acerca das histórias contadas começaram a surgir.[1]

Para dar continuidade a esse trabalho, os autores continuaram a ter a liberdade originalmente concedida, e isso gerou histórias como Retorno à Krypton, que visava alterar a origem do herói - e ainda trouxe de volta a continuidade o personagem Krypto. Lex Luthor foi eleito presidente, e Superman enfrentou a Elite na emblemática história What's so funny about Truth, Justice & the American Way?.

Em 2001, entretanto, os responsavéis pelos títulos orquestraram um evento que se alastraria por todo o universo DC. O personagem Imperiex já havia sido mostrado anteriormente, e retornaria com o intuito de destruir a Terra, e, consequentemente, boa parte do universo. Uma aliança com outros planetas, como Apokolips, que é governado por um dos inimigos de Superman, Darkseid, se faria necessária. A aliança entre inimigos pelo bem comum é parte importante na história, em especial no que se refere à Lex Luthor que, como presidente dos Estados Unidos, precisaria usar suas habilidade tática para o bem, e entrar para a história como o presidente que salvou o mundo.[1]

Uma das maiores polêmicas geradas, ainda antes da publicação da história, foi a insinuação de que os pais de Superman poderiam falecer durante o crossover. O editor Eddie Berganza declarou, em entrevista, que a guerra significaria "mortos e feridos no Universo DC, inclusive alguém próximo ao Super-Homem", e chegou a declarar:

A história é inspirada fortemente na Segunda Guerra Mundial, e surgiu após uma discussão sobre o ataque à Pearl Harbor e suas implicações no conflito, em especial com a entrada dos Estados Unidos na Guerra[2]. Outra inspiração para o evento e seu formato de publicação é a minissérie Crise nas Infinitas Terras, um dos primeiros crossovers a envolver um universo inteiro.

Um dos maiores temas do conflito já havia sido introduzido na história What's so funny about Truth, Justice & the American Way?. O editor Eddie Berganza, responsável pela história, chegou a declarar que o evento funcionava como um "epílogo" à história, por levantar a questão de que os ideais do Super-Homem poderiam não resistir à brutalidade de uma guerra [2].

A publicação da história teve início em junho de 2001, e durou três meses[2], cada um contendo um dos três "atos" da história, que foram intitulados "Prelude to War", "All-Out War" e "Casualties of War" [2] (em português: Prelúdio para a Guerra, Guerra Total e Casualidades de Guerra, respectivamente).

Consequências

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O escritor e desenhista Phil Jimenez abordou as consequências do conflito no título Wonder Woman.

No decorrer da sua publicação, a saga retratou a morte de diversos super-heróis, entre eles Aquaman, cujo reino, a Atlântida, desapareceu misteriosamente durante a história [3]. O personagem permaneceria "morto" até meados de 2002, quando, durante o arco de história The Obsidian Age, o escritor Joe Kelly revelaria que Aquaman e a Atlântida estavam, na verdade, aprisionados no passado, por um feiticeiro atlante chamado Gamemnae. Ao fim da história, todo o povo atlante retornou ao presente.

A maioria dos personagens mortos eram, de alguma forma, relacionados à Superman, para que tais acontecimentos o afetassem especificamente[3], uma vez que o história pretendia testar seus limites [3]. John Henry Irons, o Aço, foi dado como morto durante parte do evento, assim como Jonathan e Martha Kent, os pais de Superman. Tais fatos foram rapidamente revertidos, com todos os personagens se revelando vivos pouco após o fim do evento. Sam Lane, o pai de Lois Lane também veio à falecer durante a história, após se sacrificar para proteger Lex Luthor. A Estranha Visitante, personagem ligada à mitologia do Superman, e que havia sido introduzida ainda em 1999, também faleceu durante a saga.

Apesar de ser inicialmente focado primariamente em Superman, o título Wonder Woman, protagonizado pela Mulher-Maravilha também foi fortemente alterado pelos eventos de Our Worlds at War, com a morte de Hipólita, a mãe da personagem.

[4]

Publicação no Brasil

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A publicação se deu num momento de transição na história dos quadrinhos no Brasil. A editora Panini Comics havia acabado de assumir os títulos da Marvel Comics, deixando a Editora Abril apenas com os títulos da DC Comics. Embora inicialmente a editora planejasse publicar a história em formato similar ao da Panini[5], os títulos da editora acabaram sendo lançados em formatinho [6], com apenas as duas edições-chave sendo publicadas no formato usado pela Panini[5].

A vida imita a arte

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Our Worlds At War teve sua publicação próxima da ocorrência dos Ataques de 11 de Setembro de 2001. A sinistra sincronia entre os dois eventos tornou-se evidente em histórias como a publicada em Adventures of Superman #596, lançada apenas um dias após os ataques, e que mostra uma imagem das torres gêmeas da LexTowers, de propriedade de Lex Luthor, seriamente danificadas pelos ataques alienígenas empreendidos ainda naquela edição. Dada a antecipação com a qual a história foi planejada, escrita e desenhada, o escritor Joe Casey não poderia ter feito tal referência aos ataques ao World Trade Center de forma intencional, mas a própria DC Comics reconheceu a enorme semelhança e aceitou que os revendedores enviassem a revista de volta sem custos[7].

Ainda que os méritos da história sejam discutíveis, sua conclusão possui diversas semelhanças aos Estados Unidos pós-11 de Setembro. A mudança no emblema de Superman, de amarelo para preto, devido às mortes causadas por Imperiex, e que teve início em Adventures of Superman #596, permaneceu por anos, até outro crossover do personagem, a saga Ending Battle. Diversos personagens importantes para os protagonistas também vieram a falecer durante a história, como a mãe da Mulher-Maravilha, o pai de Lois Lane e Aquaman. Os pais de Superman também foram tidos como mortos durante algum tempo, por estarem numa das cidades devastadas por Imperiex, mas foram encontrados vivos posteriormente.

O roteirista Jeph Loeb, durante a convenção de quadrinhos de San Diego.

Enquanto o sucesso de vendas foi moderado, a série em si foi largamente criticada quando lançada. Muitos críticos reclamaram que a série possuía muitos nós. De fato, a série foi originalmente planejada para promover uma storyline de livros do super homem com um ou dois nós, mas eventualmente cresceu até um grande evento quando a DC decidiu expandir a storyline para incluir um grande número de edições rápidas, assim como crossovers entre os títulos mensais. Isto foi particularmente irritante para alguns leitores porque a DC já havia planejado outro crossover entre a companhia ("Coringa: A ultima risada") que apareceu no mês seguinte. Nenhum dos crossovers foi bem recebido mas ter dois de uma vez foi considerado bem excessivo pela maioria dos fãs.

A história também foi muito criticada pela quantidade de mortes gratuitas. Apesar de algumas mortes da saga serem rapidamente revertidas depois que a storyline teve fim (como Guy Gardner, Jonathan Kent e Aquaman), alguns personagens, como a Rainha Hippolyta, Maxima e o General Sam Lane (pai de Lois) permaneceram mortos, assim como grande parte da população de Topeka, Kansas.

Dito isso, a morte da Rainha Hippolyta obtevemuitas críticas das fãs do sexo feminino pela natureza gráfica da morte (morta em uma explosão e morrendo agonizante e deformada pelas queimaduras nos braços de sua filha, a mulher maravilha). Foi por causa disto (particularmente a justaexposição desta morte com as mortes de homens neste evento) que a série é chamada as vezes de "Nossa Guerra contra as Mulheres - uma brincadeira com a abreviação do nome original; OWAW. Entretanto, na minissérie Ataque das Amazonas, a rainha Hippolyta é trazida de volta a vida.

Títulos envolvidos

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A história do crossover espalhou-se pela seguintes edições:

Notas e Referências

  1. a b NALIATO, Samir. Super-Homem: vôos altos em 2001. Universo HQ. Acessado em 18 de Setembro de 2007.
  2. a b c d NALIATO, Samir (13 de Março de 2001).Guerra abala o Universo DC no meio do ano. Universo HQ.
  3. a b c Momentos finais e conseqüências da guerra na DC. Universo HQ.
  4. Depois da guerra, as repercussões na vida do Super-Homem. Universo HQ.
  5. a b Review de MUNDOS EM GUERRA ESPECIAL # 1, por Samir Naliato. Universo HQ.
  6. NALIATO, Samir. O retorno do formatinho à Editora Abril. Universo HQ.
  7. DC Makes Adventures of Superman #596 Returnable. ICv2 News.

Ligações externas

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