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Mercado Bitcoin

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
MB (Mercado Bitcoin)
Razão social Mercado Bitcoin
Empresa de capital fechado
Slogan A 1ª e maior plataforma de criptoativos do Brasil, com mais de 4 milhões de clientes e mais de 220 ativos digitais para negociar a qualquer hora.
Atividade Bitcoin, Criptomoeda
Gênero Privada
Fundação 2013
Sede São Paulo/SP,  Brasil
Produtos Serviços Financeiros
Website oficial https://www.mercadobitcoin.com.br/

O MB (Mercado Bitcoin) é uma corretora (exchange) brasileira que realiza serviços de intermediação de compra e venda de criptomoedas por meio de uma plataforma online onde são feitas negociações e transações com Bitcoin, Ether (Ethereum), XRP (Ripple), Bitcoin Cash, Litecoin e outros criptoativos, além de depósitos e saques em Reais.[1][2] Sediada em São Paulo, a empresa foi a primeira a realizar transações de Bitcoin na América Latina e a fornecer caixa eletrônico para saque de criptomoedas no Brasil.[3][4][5][6]

A empresa também atua como fonte de informações de cotação das criptomoedas Bitcoin, Bitcoin Cash, Litecoin, Ether (Ethereum) e XRP (Ripple) para plataformas financeiras como o Broadcast da Agência Estado, Economática, CMA e Comdinheiro.

Em 2011, após o mercado global de Bitcoin atingir US$ 1 bilhão e chegar à paridade com o dólar, o Brasil passa a ser o primeiro país da América Latina a ter uma plataforma dedicada ao setor: o site Mercado Bitcoin.[3][7][8]

Já no começo do ano de 2013, o site passou por problemas administrativos e Leandro Cesar o vendeu para os empreendedores Rodrigo Batista[9] e Gustavo Chamati, que ressarciram todos os clientes lesados e investiram em tecnologia, segurança e atendimento.[10] Nesta mudança de gestão, a plataforma passou a existir formalmente como empresa no Brasil e a intermediar a compra e venda de Litecoin, além de Bitcoin. Assim, a data oficial de fundação da empresa é 12 de junho de 2013.

Ainda no mesmo ano, se inicia a realização de pagamentos de produtos com o uso de moeda digital no Brasil, por meio da parceria entre a Revista Superinteressante e o Mercado Bitcoin.[11][12] Nos anos seguintes, passou a ser aceita, também, por pequenos comércios no Brasil[13][14] e mesmo por outras instituições como a Microsoft e a Wikipedia.[15][16]

Em 2014 foi feito o primeiro saque de Bitcoin no Brasil por meio de um caixa eletrônico fornecido pelo Mercado Bitcoin.[17][18]

A empresa iniciou o ano de 2016 com 100 mil clientes cadastrados, o que equivale a 20% da quantidade de negociadores na B3.[19][20] e fechou o ano tendo negociado R$ 90 milhões na plataforma, contra R$ 35 milhões negociados no ano anterior.[21][22][23][24]

Em 2019 foi pioneira e lançou uma plataforma para compra e venda de ativos alternativos. Assim, passou a ser a primeira plataforma brasileira a permitir a negociação no varejo de frações digitais de precatórios, as dívidas judiciais de órgãos públicos municipais, estaduais ou federais.[25] Além disso, neste mesmo ano atingiu a marca de 1,8 milhões de clientes e R$ 11 bilhões acumulados em volume transacionado.

Em 2020, o Mercado Bitcoin passou a listar sua primeira criptomoeda brasileira, a WiBX. O ativo digital foi criado para ser trocado por produtos e serviços e também negociado em corretoras.[26]

O Vasco da Gama lançou junto ao Mercado Bitcoin um token para investir nos direitos econômicos que o time de futebol tem de 12 jogadores formados nas suas categorias de base. O Vasco Token representa recebíveis futuros do time referentes ao mecanismo de solidariedade da FIFA, um dispositivo que prevê que uma porcentagem das negociações internacionais de compras e empréstimos de jogadores seja recebida pelos clubes que contribuíram com a formação do atleta.[27]

O Mercado Bitcoin adotou a autorregulação junto a outras corretoras que fazem parte da Associação Brasileira de Criptoeconomia (ABCripto), como Foxbit, Bitpreço, NovaDax e Ripio. A regulamentação escrita e assinada pelas empresas propõe um conjunto de regras, procedimentos e princípios norteadores que buscam prevenir a lavagem de dinheiro e o financiamento do terrorismo com criptomoedas.[28]

Em 2021, a corretora anunciou a compensação de pegadas de carbono desde a sua fundação em 2013. Para isso, o Mercado Bitcoin contará com a MOSS, uma plataforma ambiental que oferece um ativo digital lastreado em crédito de carbono.[29]

GP Investimentos, Parallax Ventures, Évora, HS Investimentos, Banco Plural e Gear Ventures investiram no Mercado Bitcoin. O valor do aporte não foi informado, mas a corretora irá investir R$ 200 milhões na sua estratégia de internacionalização para expansão em países da América Latina.[30]

A empresa controladora do Mercado Bitcoin, 2TM, anunciou, em Janeiro de 2022, a aquisição da Criptoloja, corretora de criptomoedas licenciada pelo Banco de Portugal.[31]

Em junho de 2022 a empresa fez rebranding para MB, porém mantendo a nomeclatura Mercado Bitcoin no domínio e titulo do site.[32]

Referências

  1. ROSAS, Dalilo Sérgio Gomes (2016). Bitcoin. https://play.google.com/store/books/details?id=C5JkDAAAQBAJ&rdid=book-C5JkDAAAQBAJ&rdot=1&source=gbs_vpt_read&pcampaignid=books_booksearch_viewport: Clube dos Autores. pp. 26–26 
  2. Nascimento, Thiago (12 de julho de 2023). «Mercado Bitcoin É Confiável? Análise Detalhada (2023)». Criptomoedas Hoje. Consultado em 8 de agosto de 2023 
  3. a b Wohlsen, Cade Metz and Marcus. «New Digital Currency Aims to Unite Every Money System on Earth». WIRED (em inglês) 
  4. «Caixa eletrônico de bitcoins chega ao Brasil na próxima semana | VEJA.com». VEJA.com. 23 de janeiro de 2014 
  5. Brasil Econômico (31 de janeiro de 2014), Caixa eletrônico de bitcoin chega ao Brasil, consultado em 3 de maio de 2017 
  6. «Bitcoin: Lanzan el primer cajero automático en Sudamérica». PanAm Post (em espanhol). 21 de janeiro de 2014 
  7. DA COSTA, Eric Tedesco (2014). [ttp://www.pantheon.ufrj.br/bitstream/11422/1533/1/ETCosta.pdf «BITCOIN: ANÁLISE DA MOEDA VIRTUAL DESCENTRALIZADA E SUAS IMPLICAÇÕES»] (PDF). Universidade Federal do Rio de Janeiro: Instituto de Economia. Consultado em 5 de maio de 2017 
  8. RODRIGUEZ, Diana Carolina Guzman; PELÁEZ, Carlos Arturo Mesa (2014). «BITCOIN EN COLOMBIA» (PDF). UNIVERSIDAD TECNOLÓGICA DE PEREIRA. Consultado em 5 de maio de 2017 
  9. «Fundador do Mercado Bitcoin cria corretora: 'Não existe marca consolidada'». Exame. 21 de julho de 2021. Consultado em 23 de novembro de 2022 
  10. «O bitcoin cai na real - ISTOÉ DINHEIRO». ISTOÉ DINHEIRO. 16 de fevereiro de 2015 
  11. «Compre matérias da SUPER com bitcoins | Superinteressante». Superinteressante. 29 de outubro de 2013 
  12. «South America Gets Its First Bitcoin ATM». CoinDesk (em inglês). 10 de janeiro de 2014 
  13. «Bar paulista instala caixa eletrônico para bitcoin e aceita pagamentos com a moeda virtual». epocanegocios.globo.com 
  14. Moeda virtual Bitcoin já é aceita em alguns comércios no Brasil - Jornal da Globo - Catálogo de Vídeos, consultado em 8 de maio de 2017 
  15. «Microsoft passa a aceitar bitcoins na compra de apps, músicas e games». Tecnologia e Games. 11 de dezembro de 2014 
  16. «Bitcoin busca espaço como meio de pagamento no varejo do País - Link - Estadão». Estadão 
  17. «São Paulo recebe 1º caixa eletrônico de Bitcoins do país | EXAME.com - Negócios, economia, tecnologia e carreira». exame.abril.com.br. Consultado em 3 de maio de 2017 
  18. «Campus Party terá 1º caixa eletrônico de bitcoin da América do Sul». Tecnologia e Games - G1. 15 de janeiro de 2014 
  19. Econômico, Brasil (8 de setembro de 2016). «Startup brasileira fatura R$ 1,4 milhão com bitcoins - Empreendedorismo - iG». Economia 
  20. «Bitcoin atinge marca recorde e mostra novo segmento econômico - Jornal Correio do Brasil». www.correiodobrasil.com.br. Consultado em 8 de maio de 2017 
  21. «Preço do Bitcoin bate recordes em pouco tempo - Folha de Londrina - O Jornal do Paraná - Brasil». Folha de Londrina 
  22. «Startup de ex-morador de Paraisópolis quer faturar R$ 2,1 mi neste ano – Forbes Brasil» 
  23. «Vídeo: Rodrigo Batista, CEO do Mercado Bitcoin, explica como funciona a moeda digital - Correio Braziliense». www.correiobraziliense.com.br. Consultado em 8 de maio de 2017 
  24. «Mercado Bitcoin acredita que faturamento ultrapasse R$ 10 milhões em 2017». economia.estadao.com.br. Consultado em 8 de maio de 2017 
  25. «Um mini precatório para chamar de seu». Valor Investe. Consultado em 23 de agosto de 2019 
  26. «WiBX dispara 150% na largada». 17 de julho de 2020. Consultado em 27 de janeiro de 2021 
  27. «Vasco da Gama e Mercado Bitcoin lançam token para investir em direitos de jogadores». 5 de novembro de 2020. Consultado em 27 de janeiro de 2021 
  28. «Mercado Bitcoin, Foxbit e NovaDax adotam autorregulação, veja o que muda». 18 de agosto de 2020. Consultado em 27 de janeiro de 2021 
  29. «Mercado Bitcoin é primeira exchange a compensar emissões de carbono». 12 de janeiro de 2021. Consultado em 27 de janeiro de 2021 
  30. «Mercado Bitcoin vai investir R$ 200 mi para chegar a mais países». 22 de janeiro de 2021. Consultado em 27 de janeiro de 2021 
  31. Engler, Andrés (18 de junho de 2021). «Portugal Grants First Crypto Exchanges Operating Licenses». www.coindesk.com (em inglês). Consultado em 11 de julho de 2022 
  32. Schnaider, Amanda (10 de junho de 2022). «Mercado Bitcoin vira MB e reestrutura portfólio de soluções». Meio e Mensagem - Marketing, Mídia e Comunicação. Consultado em 27 de setembro de 2023