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Mapusaurus

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Mapusaurus
Intervalo temporal: Cretáceo Superior
~93,9–89,6 Ma
Esqueletos reconstruídos de um adulto e um jovem (esquerda)
Classificação científica e
Domínio: Eukaryota
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Clado: Dinosauria
Clado: Saurischia
Clado: Theropoda
Família: Carcharodontosauridae
Subfamília: Carcharodontosaurinae
Tribo: Giganotosaurini
Gênero: Mapusaurus
Coria & Currie, 2006
Espécie-tipo
Mapusaurus roseae
Coria & Currie, 2006

Mapusaurus foi um gênero de dinossauro carcarodontossaurídeo que habitou a atual Argentina no período Cretáceo. Foi um dos maiores terópodes.[1]

Descoberta e nomenclatura

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Em 1997, membros do Projeto Dinossauro Argentino-Canadense estavam coletando fósseis no sítio Cañadón del Gato, em rochas da Formação Huincul do Grupo Río Limay, dos estágios Albiano e Cenomaniano, do Cretáceo Superior. Eles começaram uma escavação no que se pensava ser o esqueleto de um único terópode, mas depois foi-se revelado que se tratava de vários espécimes de diferentes estágios ontogenéticos, variando de 5 a 11 metros de comprimento. Entre 1997 e 2001 os esqueletos de 7 a 9 dinossauros terópodes foram coletados.[1] Posteriormente, centenas de espécimes desarticulados foram coletados na mesma localidade.[2] Todos esses espécimes foram descritos e nomeados em 2006 por Rodolfo A. Coria e Philip J. Currie como uma nova espécie: Mapusaurus roseae. O nome do gênero significa "lagarto da terra"; já o epíteto específico tanto homenageia Rose Letwin, pessoa que patrocinou a expedição, quanto é em referência às rochas de onde os materiais foram recolhidos, que eram cor-de-rosa.[1]

Mapusaurus possui heterocrântica, ou seja, ele mantém uma característica ancestral durante uma fase da vida, mas depois a perde à medida que cresce.[3]

Comparação de tamanho de alguns espécimes de Mapusaurus

O menor espécime de Mapusaurus achado até agora, MCF-PVPH-108.3, mede 5,5 metros de comprimento. Outro espécime, o maior que foi apresentado em Coria & Curie (2006; tabela 1), cujo número de catálogo é MCF-PVPH-108.203, foi estimado em 10,2 metros de comprimento, mas os autores citam um comprimento maior de 11 metros.[1] Posteriormente, o paleontólogo de vertebrados Thomas Holtz estimou o tamanho máximo do animal em 12,6 metros de comprimento,[4] estimativa esta que apareceu novamente na literatura em datas posteriores.[5][3] Em 2010, Gregory Paul deu 11,5 metros e 5 toneladas.[6] Em 2016, porém, Molina-Pérez e Larramendi forneceram o mesmo comprimento que Holtz, mas com um peso de 7,6 toneladas.[7] Campione e Evans, em 2020, calcularam a massa média mínima do Mapusaurus em 2,8 toneladas e a massa média máxima em 5,1 toneladas.[8]

Materiais de Mapusaurus com patologias

Alguns espécimes de Mapusaurus apresentam patologias. Uma vértebra cervical teve lesões causadas por bactérias; uma costela dorsal sofreu lesões e logo se curou, assim como teve osteomielite; outra costela sofreu fraturas incompletas, porém foi bem curada; um ílio provavelmente sofreu osteomielite, mas isso é incerto, e outras patologias possíveis são: doença fúngica, tumores ósseos ou câncer; e uma falange pedal apresenta lesões infecciosas.[2]

Paleobiologia

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Os espécimes descritos por Coria e Currie (2006) foram todos achados no mesmo leito ósseo, possivelmente capturados por uma armadilha de predadores.[1] Entretanto, Coria disse em uma coletiva de imprensa que isso pode representar um comportamento de caça em grupo, onde Mapusaurus caçaria grandes saurópodes em grupos. A forma com que atacavam em grupo, caso realmente o fizessem, por exemplo, se caçariam em grupos organizados como lobos, é incerto.[9]

Classificação

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O Mapusaurus é atualmente considerado um carcarodontossaurídeo da subfamília Carcharodontosaurinae e da tribo Giganotosaurini. Abaixo um cladograma que segue Novas et al. (2013).[10]

Allosaurus

Carcharodontosauridae

Neovenator

Eocarcharia

Concavenator

Acrocanthosaurus

Shaochilong

Carcharodontosaurinae

Carcharodontosaurus

Giganotosaurini

Tyrannotitan

Mapusaurus

Giganotosaurus

Paleoecologia

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Fauna de dinossauros encontrados na Formação Huincul

Mapusaurus viveu na Formação Huincul e dividiu seu habitat com o saurópode Argentinosaurus (provavelmente o maior saurópode que se tem notícia), o abelissaurídeo Ilokelesia dentre outros animais.[11]

Referências

  1. a b c d e «(PDF) A new carcharodontosaurid (Dinosauria, Theropoda) from the Upper Cretaceous of Argentina». ResearchGate (em inglês). Consultado em 30 de agosto de 2021 
  2. a b Bell PR, Coria RA (2013) Palaeopathological Survey of a Population of Mapusaurus (Theropoda: Carcharodontosauridae) from the Late Cretaceous Huincul Formation, Argentina. PLoS ONE 8(5): e63409. https://doi.org/10.1371/journal.pone.0063409
  3. a b Canale, J. I.; Novas, F.; Salgado, L.; Coria, R. (2014). «Cranial ontogenetic variation in Mapusaurus roseae (Dinosauria: Theropoda) and the probable role of heterochrony in carcharodontosaurid evolution». Paläontologische Zeitschrift. doi:10.1007/s12542-014-0251-3. Consultado em 30 de agosto de 2021 
  4. Holtz, Thomas R. Jr. (2012) Dinosaurs: The Most Complete, Up-to-Date Encyclopedia for Dinosaur Lovers of All Ages, Winter 2011 Appendix.
  5. Eddy, Drew R.; Clarke, Julia A. (21 de março de 2011). «New information on the cranial anatomy of Acrocanthosaurus atokensis and its implications for the phylogeny of Allosauroidea (Dinosauria: Theropoda)». PloS One (3): e17932. ISSN 1932-6203. PMC 3061882Acessível livremente. PMID 21445312. doi:10.1371/journal.pone.0017932. Consultado em 30 de agosto de 2021 
  6. Paul, Gregory S (2010). The Princeton Field Guide to Dinosaurs. Princeton University Press. p. 98
  7. Molina-Pérez & Larramendi 2016. Récords y curiosidades de los dinosaurios Terópodos y otros dinosauromorfos, Larousse. Barcelona, Spain p. 38
  8. Campione, Nicolás E.; Evans, David C. (2020). «The accuracy and precision of body mass estimation in non-avian dinosaurs». Biological Reviews (em inglês) (6): 1759–1797. ISSN 1469-185X. doi:10.1111/brv.12638. Consultado em 30 de agosto de 2021 
  9. "Details Revealed About Huge Dinosaurs".ABC News US. Associated Press. 2006.[dead link]
  10. «Evolution of the carnivorous dinosaurs during the Cretaceous: The evidence from Patagonia». Cretaceous Research (em inglês): 174–215. 1 de outubro de 2013. ISSN 0195-6671. doi:10.1016/j.cretres.2013.04.001. Consultado em 30 de agosto de 2021 
  11. «(PDF) Sedimentary paleoenvironments in the Upper Cretaceous Plottier Formation (Neuquen Group), Confluencia, Neuquén». ResearchGate (em inglês). Consultado em 30 de agosto de 2021