Luisa Stefani
As referências deste artigo necessitam de formatação. (Junho de 2023) |
Luisa Stefani com sua medalha olímpica de bronze durante a premiação das Olimpíadas Tóquio 2020 | ||||||||||||||||||||||||||
País | Brasil | |||||||||||||||||||||||||
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Residência | São Paulo, Brasil | |||||||||||||||||||||||||
Data de nascimento | 09 de agosto de 1997 (27 anos) | |||||||||||||||||||||||||
Local de nasc. | São Paulo, Brasil | |||||||||||||||||||||||||
Altura | 1,68 | |||||||||||||||||||||||||
Treinador(a) | Guilherme Pachane[1][2] | |||||||||||||||||||||||||
Profissionalização | 2015 | |||||||||||||||||||||||||
Mão | Destra | |||||||||||||||||||||||||
Material Esportivo | Fila | |||||||||||||||||||||||||
Prize money | US$ 1.263.846 | |||||||||||||||||||||||||
Simples | ||||||||||||||||||||||||||
Vitórias-Derrotas | 85–66 (56,3%) | |||||||||||||||||||||||||
Títulos | 0 WTA, 0 ITF[3] | |||||||||||||||||||||||||
Melhor ranking | N° 431 (20 de maio de 2019) | |||||||||||||||||||||||||
Ranking atual simples | NR (17 de junho de 2024) | |||||||||||||||||||||||||
Australian Open | . | |||||||||||||||||||||||||
Júnior | 2R (2015) | |||||||||||||||||||||||||
Roland Garros | . | |||||||||||||||||||||||||
Júnior | 2R (2014, 2015) | |||||||||||||||||||||||||
Wimbledon | . | |||||||||||||||||||||||||
Júnior | 1R (2014, 2015) | |||||||||||||||||||||||||
US Open | . | |||||||||||||||||||||||||
Júnior | 1R (2014, 2015) | |||||||||||||||||||||||||
Torneios principais | ||||||||||||||||||||||||||
Duplas | ||||||||||||||||||||||||||
Vitórias-Derrotas | 248–105 (70,3%) | |||||||||||||||||||||||||
Títulos | 9 WTA, 15 ITF[4] | |||||||||||||||||||||||||
Melhor ranking | N° 9 (01 de novembro de 2021) | |||||||||||||||||||||||||
Ranking atual duplas | N° 13 (17 de junho de 2024) | |||||||||||||||||||||||||
Australian Open | QF (2024) | |||||||||||||||||||||||||
Roland Garros | 3R (2020, 2023) | |||||||||||||||||||||||||
Wimbledon | QF (2023) | |||||||||||||||||||||||||
US Open | SF (2021, 2023) | |||||||||||||||||||||||||
Torneios principais de duplas | ||||||||||||||||||||||||||
Jogos Olímpicos | Bronze (2020) | |||||||||||||||||||||||||
Duplas Mistas | ||||||||||||||||||||||||||
Australian Open | V (2023) | |||||||||||||||||||||||||
Roland Garros | QF (2023) | |||||||||||||||||||||||||
Wimbledon | 2R (2021) | |||||||||||||||||||||||||
US Open | 1R (2021, 2023) | |||||||||||||||||||||||||
Jogos Olímpicos | 1R (2020) | |||||||||||||||||||||||||
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Última atualização em: 17 de junho de 2024[5]. |
Luisa Veras Stefani (São Paulo, 9 de agosto de 1997) é uma tenista brasileira, medalhista olímpica e primeira mulher brasileira, na Era Aberta, a entrar no Top 10 do ranking de duplas da WTA. Especialista em duplas, possui 9 títulos WTA, sendo três deles títulos de WTA 1000, Toronto em 2021, Guadalajara em 2022 e Doha em 2024, e um título de Grand Slam em duplas mistas no Australian Open de 2023. Em Tóquio 2020, ao lado de Laura Pigossi, conquistou o bronze, garantindo a primeira medalha da história do tênis brasileiro em Jogos Olímpicos.[6]
Em 27 de janeiro de 2023, ganhou seu primeiro título de Grand Slam nas duplas mistas do Aberto da Austrália ao lado de Rafael Matos, marcando a primeira vez em que uma dupla brasileira levou o título - três outros tenistas venceram cinco vezes com parceiros estrangeiros, Maria Esther Bueno (Roland Garros 1960), Thomaz Koch (Roland Garros 1975) e Bruno Soares (Australian Open 2016 e US Open 2012/2014/2016).
Em 1 de novembro de 2021, atingiu seu melhor ranking de duplas, 9º lugar na lista da WTA. Seu melhor ranking em simples é 431, atingido em 20 de maio de 2019. Stefani foi a décima do ranking juvenil em 30 de março de 2015.
Embora tenha chegado à semifinal do US Open juvenil de duplas em 2015, Stefani buscou se dedicar às partidas de duplas mais seriamente somente em 2017. Seu sucesso começou em 2019, ao vencer um ITF de alto nível em junho, e ganhar seu primeiro WTA em setembro. Ganha mais 2 WTA 125 em novembro de 2019 e fevereiro de 2020, e alcança as oitavas-de-final do Australian Open, chegando assim ao top 50 mundial de duplas. Em 2021 fechou parceira com a Fila.[7]
Carreira juvenil e universitária
[editar | editar código-fonte]Começou a jogar tênis aos 10 anos, inscrita pela mãe que tinha entrado em aulas do esporte para ficar melhor no frescobol. Aos 14 se mudou para a Flórida, e jogou as chaves principais dos quatro Grand Slams juvenis, atingindo as semifinais de duplas de Roland Garros em 2014 e do US Open em 2015. Atinge a 10ª posição do ranking juvenil da ITF, e joga pela chave principal de um torneio da WTA no 2015 Brasil Tennis Cup como convidada da organização. Em seguida conseguiu uma bolsa universitária para jogar tênis pela Pepperdine University, onde também estudou publicidade antes de trancar o curso. Sua produtiva carreira universitária teve Stefani nomeada pela ITA (Intercollegiate Tennis Association) caloura do ano 2015, compilando uma campanha de 40–6 em sua primeira temporada, na qual foi semifinalista do NCAA Singles Championships de 2015 - derrotada pela campeã Danielle Collins - e chegou a atingir a 2ª posição no ranking da ITA.[8][9][10]
Carreira profissional
[editar | editar código-fonte]2015–2018
[editar | editar código-fonte]Entre 2015 e 2018, ainda no circuito universitário americano, dedica-se parcialmente ao circuito profissional da ITF, o que não a impede de conquistar 10 títulos e atingir outras 5 finais de duplas naquele circuito. Termina 2018 como 215ª do mundo em duplas e 753ª em simples.
2019
[editar | editar código-fonte]Em seu primeiro ano integralmente como profissional, Stefani decidiu largar as simples e focar nas duplas, que já vinham sendo mais produtivas, depois de seu primeiro torneio do ano da WTA em Monterrey, para o qual Giuliana Olmos a convidou e a dupla acabaria sendo semifinalista, fazendo Stefani disparar no ranking.[11] Ao longo do ano, conquistou, em duplas, os ITFs de Petit-Bourg (com Quinn Gleason), São Paulo, Curitiba (ambos com Paula Cristina Gonçalves) e Ilkley (com Beatriz Haddad Maia), além de atingir a final em Cagnes-sur-Mer (com Beatriz Haddad Maia). Sua primeira participação em chave principal de Grand Slam ocorre em Roland Garros, tendo como parceira Astra Sharma, no qual entram como alternates e são derrotadas na primeira rodada por Shelby Rogers e Mónica Puig em jogo duro, com duas horas e trinta e cinco minutos de duração (4–6, 7–6 e 6–7).[12] Nos Jogos Pan-Americanos de 2019 em Lima, ganhou um bronze ao lado de Carolina Meligeni Alves.
Em setembro, tendo como parceira Hayley Carter, alcança a primeira final de duplas na WTA no WTA de Seul e, na semana seguinte, conquista o primeiro título de WTA no Tashkent Open. Com essas campanhas, entra no top 100 e alcança o melhor ranking da carreira em duplas, 75º. lugar, em 21 de outubro. A partir daí, Luisa firma parceria fixa com Hayley Carter.
2020
[editar | editar código-fonte]Em 2020 a dupla Stefani/Carter chega à 3ª rodada do Aberto da Austrália, vence o Oracle Challenger Series de Newport e chega às quartas-de-final de Dubai em fevereiro, e na volta oficial dos torneios depois da pandemia de COVID-19, vence o WTA de Lexington em agosto. Com isso, entram no top 40 do mundo pela primeira vez.[13] No US Open, em setembro, ela fez sua melhor campanha em Grand Slams na carreira, ao atingir as quartas-de-final, derrotando as cabeças-de-chave n.6 do torneio nas oitavas.[14] Duplistas femininas do Brasil não chegavam tão longe em um Grand Slam desde 1982, quando Patrícia Medrado e Cláudia Monteiro chegaram às quartas de final de Wimbledon.[15] No Premier 5 (no masculino, Masters 1000) de Roma, ela faz outra grande campanha, chegando às semifinais e perdendo apenas para a dupla cabeça-de-chave n.1 do torneio. Com isso, sobe para a posição de n.33 no ranking mundial.[16]
2021: Medalha de bronze olímpica, primeiro título de WTA 1000, nº 9 do mundo, lesão e encerramento precoce da temporada
[editar | editar código-fonte]Ao lado de Carter, Stefani chegou em sua primeira final de um WTA 1000 em Miami, para em seguida desistir de Roland Garros por uma apendicite.[10] Como Carter se machucou em Wimbledon, onde ambas caíram na primeira rodada, Stefani anunciou que no segundo semestre faria dupla com a canadense Gabriela Dabrowski.[17] Para as Olimpíadas de Tóquio, Stefani estava garantida nas duplas mistas ao lado de Marcelo Melo, e de última hora recebeu uma vaga na chave feminina junto de Laura Pigossi.[18] Enquanto nas mistas perdeu logo na estreia para Novak Djokovic e Nina Stojanović [en], na feminina Stefani e Pigossi surpreenderam ao chegar na semifinal, e apesar da derrota nesta fase, vencerem de virada a disputa do bronze.[10][9]
Stefani e Pigossi se tornaram as primeiras brasileiras a obter uma medalha olímpica no tênis na história, superando a campanha de Fernando Meligeni, que obteve a 4ª colocação em 1996. A medalha foi uma das mais inesperadas, por diversos fatores: a vaga veio uma semana antes da abertura dos Jogos, já que ambas não tinham posições tão altas, com Stefani classificada em 23º lugar no ranking de duplas da WTA, e Pigossi apenas na 190ª posição. Elas não tinham nenhum costume de jogarem juntas em torneios, com a última ocasião sendo uma derrota na Copa Billie Jean King em fevereiro de 2020.
Durante a campanha, salvaram oito match-points das duplas adversárias: quatro nas oitavas de final contra a dupla tcheca Pliskova e Vondrousova, e mais quatro na disputa pela medalha de bronze. Na teoria, todas as duplas adversárias seriam superiores: na primeira rodada elas derrotaram as canadenses, que eram cabeças-de-chave n.7 do torneio; nas oitavas, a dupla tcheca contava com Karolína Plíšková, que foi n.1 do mundo em simples e n.11 em duplas, e a eventual medalhista de prata nos simples Markéta Vondroušová; na quartas derrotaram as americanas, cabeças-de-chave n.4 do torneio, que contavam com Bethanie Mattek-Sands, campeã das duplas mistas de 2016, ex-n.1 do mundo em duplas e campeã de 5 Grand Slams de duplas; na disputa do bronze, derrotaram a dupla russa que havia sido finalista em Wimbledon no mesmo mês, e contava com Elena Vesnina, a campeã olímpica de duplas de 2016, ex-n.1 do mundo em duplas, e campeã de 3 Grand Slams de duplas.[19][20][21]
Após as Olimpíadas, jogando com Dabrowski, ela se torna vice-campeã do WTA de San José, subindo para o nº 22 do mundo. [22] No torneio seguinte, o WTA 1000 de Montreal, elas chegam ao título derrubando a dupla nº 1 do torneio, Mertens/Sabalenka, nas quartas,[23] a forte dupla Kudermetova/Rybakina na semi [24] e a dupla cabeça de chave n.6 na final, todas em sets diretos, com isto, garantindo o primeiro top 20 da história do tênis de dupla feminino do Brasil, e o primeiro título de WTA 1000 de Stefani.[25] A ascensão meteórica de Stefani continuou no WTA 1000 de Cincinnati, na semana seguinte, onde ela e Dabrowski terminaram como vice-campeãs. Com isso, Stefani chega ao posto de nº 17 do mundo. [26]
Stefani chegou ao auge de sua carreira no US Open de 2021. Ela chegou pela primeira vez a uma semifinal de Grand Slam, sendo também a primeira semifinal de US Open de Dabrowski. Foi a primeira brasileira a chegar tão longe em um Grand Slam em duplas femininas desde Maria Esther Bueno, em 1968.[27] Porém, no tiebreak do 1º set na semifinal, Stefani pisou de mau jeito, torcendo sua perna e caindo com fortes dores na quadra. Ela teve que abandonar o jogo em uma cadeira de rodas. Posteriormente, foi detectado um rompimento no ligamento do joelho, forçando Stefani a abandonar o circuito tenístico pelo resto de 2021. Com a semifinal, Stefani atingiu seu melhor ranking na carreira, o posto de número 13 duplista do mundo, a apenas 5 pontos da número 12, a chilena Alexa Guarachi [en]. Caso tivesse sido campeã do torneio, teria entrado entre as dez melhores.[28][29][30] No dia 27 de setembro em Chicago nos Estados Unidos, Luisa foi submetida a uma operação bem sucedida em seu joelho para ajudar na recuperação da lesão. [31][32] [33] [34] Mais tarde, Stefani revelou que caso não tivesse se lesionado, depois de Indian Wells iria jogar torneios de simples no Brasil.[35] Em novembro voltou para São Paulo para sua recuperação, retomando os treinos em março de 2022 para voltar às quadras no segundo semestre. Além de duplas, com uma parceira ainda a definir já que muitas fecharam duplas até o fim do ano, incluindo Dabrowski, deseja disputar mais torneios de simples para aproveitar o recomeço depois de longa pausa.[36][37]
Em novembro de 2021 Luisa alcançou, mesmo sem jogar há algumas semanas devido à lesão em seu joelho, o 9º lugar do ranking de duplas da WTA se tornando a 6ª tenista brasileira da história a ficar entre as 10 melhores tenistas do mundo nesse ranking, se juntando a Maria Esther Bueno, que o fez antes da Era Aberta, Carlos Kirmayr, Guga, Bruno Soares e Marcelo Melo.[38] Também em novembro de 2021, Stefani foi eleita junto de Pigossi vencedora do Prêmio Brasil Olímpico 2021 na modalidade tênis.[39] [40] Em dezembro de 2021, uma das jogadas de Stefani e Dabrowski na semifinal de San Jose foi eleita como o “Ponto de duplas do ano” em votação do público no site da WTA, com a final também incluindo uma jogada de Stefani e Carter na final de Miami.[41][42] [43]
2022: De volta ao WTA Tour, segundo título WTA 1000, retorno meteórico ao top 50
[editar | editar código-fonte]Após quase um ano se recuperando da lesão no joelho, Luisa anunciou que voltaria a jogar no WTA de Tóquio em setembro de 2022, tendo a japonesa Ena Shibahara como parceira. Antes iria treinar no U.S. Open.[44] Durante o Grand Slam, em seu reencontro com Gabriela Dabrowski ambas decidiram jogar juntas no Aberto de Chennai, uma semana antes de Tóquio.[45] Foi campeã do WTA 250 de Chennai com Dabrowski, enquanto em Tóquio, não conseguiu superar a canadense e Olmos na primeira rodada.[46] Ao voltar para o Brasil, revelou que jogaria três torneios nas semanas seguintes com a australiana Storm Sanders.[47] No último campeonato, o WTA 1000 de Guadalajara, onde estava ranqueada como n.217 do mundo, chegou ao título em uma inédita final brasileira diante de Beatriz Haddad e Anna Danilina apesar de uma tempestade ter forçado Stefani e Sanders a jogarem a semifinal poucas horas antes.[48] O resultado também retornou Luisa às 100 primeiras da WTA, saltando 160 posições para o 55º lugar.[49] Encerrou o ano vencendo o WTA 125 de Montevidéu com Ingrid Gamarra Martins, garantindo um retorno às 50 melhores duplistas.[50]
2023: Título histórico de duplas mistas, de volta ao top 15
[editar | editar código-fonte]Para o começo de temporada, Stefani jogaria o Aberto da Austrália com Caty McNally.[51] Uma ex-parceira da americana, Taylor Townsend, assumiu seu lugar com Stefani no WTA 500 de Adelaide quando McNally desistiu,[52] e a dupla chegou ao título, o sexto de Stefani na WTA, subindo para o n.34 do mundo.[53] No Grand Slam, McNally abandonou o torneio no mesmo dia da partida com uma lesão, prejudicando Stefani, que visava continuar recuperando seu ranking.[54] Porém, ao jogar as duplas mistas com o também brasileiro Rafael Matos, conquistaram o título deste Grand Slam, feito inédito tanto para uma dupla 100% brasileira, quanto para cada um dos dois de forma individual.[55]. Com essa conquista, Luisa Stefani se tornou a primeira tenista brasileira a vencer um título de duplas mistas no Australian Open e a segunda a vencer um título nas mistas de qualquer Slam e em qualquer uma das chaves dos torneios Grand Slam desde Maria Esther Bueno.[56]
Em seguida, fazendo dupla com a chinesa Zhang Shuai , Luisa manteve a invencibilidade na temporada ao conquistar o WTA 500 de Abu Dhabi, batendo na final em um jogo difícil a dupla formada pela taiwanesa Chan Hao-ching e a japonesa Shuko Aoyama.[57] Com isto, retornou ao top 30 mundial de duplas.[58]
Depois de ser eliminada na primeira rodada de Doha e Dubai ao lado de Anna Danilina, Luisa anunciou que formaria dupla novamente com Gabriela Dabrowski em Indian Wells e Miami,[59] tendo alcançado as quartas de final no primeiro e caindo na primeira rodada no segundo.[60][61] Luisa seguiu depois para a disputa da Billie Jean King Cup em Estugarda na Alemanha, se juntando ao Time Brasil, não chegando a jogar e sofrendo a derrota diante das alemãs.[62] Em seguida, com Dabrowski, disputou os torneios subsequentes, primeiro no WTA de Stuttgart, no qual foram apenas até as quartas de final.[63] Depois elas seguiram para a disputa do WTA 1000 de Madrid,[64] no qual também avançaram até as quartas de final, então seguiram para jogar no WTA 1000 de Roma, do qual não passaram da estreia.[65] Por último disputaram o torneio de Roland Garros em Paris. Ao fim da participação nesse torneio, no qual pararam nas oitavas de final,[66] Luisa retornou ao top 20 do ranking de duplas da WTA[67] e decidiu desfazer a parceria com Dabrowski, estando desconfortável com os baixos resultados, visando a temporada das quadras de grama.[68][69]
Dias depois, Luisa revelou que havia fechado parceria com a francesa Caroline Garcia com o objetivo de disputar o WTA 500 de Berlim e o Torneio de Wimbledon, em Londres.[70] A participação da nova dupla teve sucesso imediato em Berlim, onde foram campeãs, superando na semifinal a dupla cabeça-de-chave nº1 Ellen Perez / Nicole Melichar [71][72] e na final as tchecas Katerina Siniakova e Marketa Vondrousova por 4/6, 7/6(8) e 10/4.[73] Com isso, Luisa venceu seu primeiro WTA na grama e o 7º título após a volta da lesão no joelho em setembro de 2022.[74], ficando em 14ª no ranking de duplas da WTA.[75]
No torneio seguinte, o WTA 500 de Eastbourne, Luisa formou uma dupla pontual com a chinesa Zhaoxuan Yang e juntas elas venceram na estreia. Depois de fecharem o primeiro set em 7/5 contra as britânicas Harriet Dart e Heater Watson, Watson sentiu uma lesão em sua perna direita, fazendo com que a dupla se retirasse da partida sem disputar o segundo set.[76] Pelas quartas de final, Stefani e Yang foram eliminadas pela dupla Ellen Perez / Nicole Melichar.[77]
Em Wimbledon 2023, Luisa começou pela disputa da chave de duplas mistas, retomando a parceria com Rafael Matos. Na estreia contra Andrea Vavassori e Liudmila Samsonova, foram superados por 2 sets a 1. [78] [79] Nas duplas femininas, fez a melhor campanha de sua vida: junto com Caroline Garcia, venceu a dupla Caty McNally / Ashlyn Krueger,[80][81][82] as cabeças-de-chave Leylah Fernandez / Taylor Townsend[83][84], e nas oitavas de final, a dupla Kirsten Flipkens / Tímea Babos (a qual é uma ex-número 1 do mundo nas duplas). Com isto, Stefani chegou pela primeira vez nas quartas-de-final de Wimbledon [85][86], onde perderam para a dupla campeã de Wimbledon em 2019, Hsieh Su-wei / Barbora Strýcová. [87]
Semanas depois, Stefani anunciou que formaria parceria com a tcheca Kateřina Siniaková, número 1 do ranking de duplas da WTA na época, inicialmente visando a disputa do WTA 1000 de Montreal.[88] Porém, a dupla caiu já em seu primeiro jogo diante de Ulrikke Eikeri e Ingrid Neel.[89] Em seguida, Stefani alcançou as quartas de Cincinnati junto da russa Anastasia Pavlyuchenkova,[90] e em seu retorno ao US Open, em parceria com a americana Jennifer Brady, repetiu a semifinal que precedeu a lesão de 2021.[91] Nas duplas mistas do US Open, formando pela primeira vez uma parceria com o britânico Joe Salisbury, parou na estreia. Essa campanha recolocou Stefani no top 10 do ranking de duplas da WTA, ocupando a 10ª posição.[92] Seu melhor torneio depois do US Open foi o WTA de Pequim, onde ao lado de Ingrid Gamarra Martins foi semifinalista.[93]
Foi escolhida para ser porta-bandeira do Brasil na abertura dos Jogos Pan-Americanos de 2023, ao lado do nadador Fernando Scheffer.[94] Nesta competição, Luisa conquistou a medalha de ouro nas duplas femininas, competindo em parceria com Laura Pigossi, e a medalha de prata nas duplas mista, em parceria com Marcelo Demoliner.[95]
2024: Terceiro título WTA 1000
[editar | editar código-fonte]Em parceira com a holandesa Demi Schuurs, Stefani teve sua melhor campanha no Aberto da Austrália ao alcançar as quartast.[96] Para o WTA de Abu Dhabi, Stefani se reuniu a Beatriz Haddad como preparativo para os Jogos Olímpicos de Verão de 2024, já que ambas tem ranking para jogarem juntas o torneio de duplas.[97] Chegaram às semifinais, mas desistiram do jogo decisivo porque Haddad se lesionou jogando a semifinal de simples.[98] No WTA de Doha, Stefani e Schuurs venceram o torneio sem perder um único set, marcando o terceiro título WTA 1000 de Luisa.[99][100] A dupla se retirou sem jogar de Roland Garros por Schuurs sentir dores nas costas,[101] e caiu na primeira rodada de Wimbledon.[102] O retorno de Stefani nas Olimpíadas também foi curto, perdendo na estreia das duplas mistas junto de Thiago Seyboth Wild,[103] e com uma derrota na segunda rodada das femininas ao lado de Haddad.[104] No US Open, Stefani e Schuurs chegaram nas quartas de final.[105] Depois de uma derrota na estreia do WTA de Wuhan em outubro,[106] Stefani declarou que iria se retirar do resto da temporada por dores no joelho, desistindo de buscar vaga no WTA Finals e dos jogos seguintes da Billie Jean King Cup.[107]
Conquistas
[editar | editar código-fonte]Duplas: 4 (1 Medalha de Ouro,1 Medalha de Prata, 2 Medalhas de Bronze)
[editar | editar código-fonte]Resultado | Ano | Torneio | Superfície | Parceira(o) | Adversário | Placar |
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Medalha de Bronze |
2021 | Tenis nos Jogos Olímpicos: Tóquio 2020, Japão |
Piso Duro | Laura Pigossi | ROC Veronika Kudermetova ROC Elena Vesnina |
4–6, 6–4, [11–9] |
Medalha de Bronze |
2019 | Tenis nos Jogos Pan-Americanos: Lima 2019, Peru |
Saibro | Carolina Meligeni Alves | CHI Daniela Seguel CHI Alexa Guarachi |
2-6, 7-5, [11-9] |
Medalha de Ouro |
2023 | Tênis nos Jogos Pan-Americanos: Santiago 2023, Chile | Saibro | Laura Pigossi | COL Fernanda Herazo COL Paulina Perez |
7-5, 6-3 |
Medalha de prata |
2023 | Tênis nos Jogos Pan-Americanos: Santiago 2023, Chile | Saibro | Marcelo Demoliner | COL Yuliana Lizarazo COL Nicolas Barrientos |
3-6, 4-6 |
Finais da WTA
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Duplas: 16 (9 títulos, 8 vices)
[editar | editar código-fonte]Duplas mistas: 1 (1 título)
[editar | editar código-fonte]Status | V–D | Data | Torneio | Cidade/país | Categoria | Piso | Parceiro | Adversárias | Resultado |
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Venceu | 1–0 | 26 de janeiro de 2023 | Australian Open | Melbourne, Austrália | Grand Slam | duro | Rafael Matos | Sania Mirza Rohan Bopanna |
7–6(7–2), 6–2 |
Circuito WTA 125K
[editar | editar código-fonte]Duplas: 4 (3 títulos, 1 vice)
[editar | editar código-fonte]Status | V–D | Data | Torneio | Cidade/país | Piso | Parceira | Adversárias | Resultado |
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Venceu | 3–1 | Novembro de 2022 | WTA 125 Montevideo | Montevidéu, Uruguai | saibro | Ingrid Gamarra Martins | Quinn Gleason Elixane Lechemia |
7–5, 6–7(6–8), [10–6] |
Perdeu | 2-1 | Maio de 2021 | Oracle Challenger Series – Saint-Malo | Saint-Malo, França | saibro | Hayley Carter | Kaitlyn Christian Sabrina Santamaria |
6-74-7, 6–4, [5–10] |
Venceu | 2–0 | Fevereiro de 2020 | Oracle Challenger Series – Newport Beach | Newport Beach, Estados Unidos | duro | Hayley Carter | Marie Benoît Jessika Ponchet |
6–1, 6–3 |
Venceu | 1–0 | Novembro de 2019 | Oracle Challenger Series – Houston | Houston, Estados Unidos | duro | Ellen Perez | Sharon Fichman Ena Shibahara |
1–6, 6–4, [10–5] |
Circuito ITF
[editar | editar código-fonte]Duplas: 22 (15 títulos, 7 vices)
[editar | editar código-fonte]Status | V–D | Data | Cidade/país | Categoria | Piso | Parceira | Adversárias | Resultado |
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Venceu | 15–7 | Novembro de 2019 | Colina, Chile | 60.000 | saibro | Hayley Carter | Anna Danilina Conny Perrin |
5–7, 6–3, [10–6] |
Venceu | 14–7 | Junho de 2019 | Ilkley, Reino Unido | 100.000 | grama | Beatriz Haddad Maia | Ellen Perez Arina Rodionova |
6–4, 6–75, [10–4] |
Perdeu | 13–7 | Maio de 2019 | Cagnes-sur-Mer, França | 80.000 | saibro | Beatriz Haddad Maia | Anna Blinkova Xenia Knoll |
6–4, 2–6, [12–14] |
Venceu | 13–6 | Março de 2019 | Curitiba, Brasil | 25.000 | saibro | Paula Cristina Gonçalves | Ekaterine Gorgodze Daniela Seguel |
6–73, 7–60, [10–2] |
Venceu | 12–6 | Março de 2019 | São Paulo, Brasil | 25.000 | saibro | Paula Cristina Gonçalves | Martina Di Giuseppe Tahisa Grana Pedretti |
6–74, 6–0, [10–8] |
Venceu | 11-6 | Janeiro de 2019 | Petit-Bourg, Guadalupe | 25.000 | duro | Quinn Gleason | Vladica Babić Rosalie van der Hoek |
7–5, 6–4 |
Venceu | 10–6 | Novembro de 2018 | Colina, Chile | 60.000 | saibro | Quinn Gleason | Bárbara Gatica Rebeca Pereira |
6–0, 4–6, [10–7] |
Perdeu | 9–6 | Outubro de 2018 | Stockton, Estados Unidos | 60.000 | duro | Quinn Gleason | Hayley Carter Ena Shibahara |
5–7, 7–5, [7–10] |
Perdeu | 9–5 | Setembro de 2018 | Templeton, Estados Unidos | 60.000 | duro | Quinn Gleason | Asia Muhammad Maria Sanchez |
7–64, 2–6, [8–10] |
Venceu | 9–4 | Junho de 2018 | Sumter, Estados Unidos | 25.000 | duro | Astra Sharma | Julia Elbaba Xu Shilin |
2–6, 6–3, [10–5] |
Venceu | 8–4 | Dezembro de 2017 | Castelló de la Plana, Espanha | 15.000 | saibro | Yvonne Cavallé Reimers | Ren Jiaqi Wang Xiyu |
6–3, 6–1 |
Venceu | 7–4 | Novembro de 2017 | Sant Cugat del Vallès, Espanha | 25.000 | saibro | Renata Zarazúa | Olga Danilović Guiomar Maristany Zuleta de Reales |
6–1, 6–4 |
Venceu | 6–4 | Outubro de 2017 | Sevilha, Espanha | 25.000 | saibro | Renata Zarazúa | Estrella Cabeza Candela Andrea Gámiz |
7–62, 7–63 |
Venceu | 5–4 | Agosto de 2017 | El Espinar, Espanha | 25.000 | duro | Quinn Gleason | Ayla Aksu Bibiane Schoofs |
6–3, 6–2 |
Venceu | 4–4 | Julho de 2017 | Bruxelas, Bélgica | 15.000 | saibro | Quinn Gleason | Deborah Kerfs Priscilla Heise |
6–3, 6–2 |
Venceu | 3–4 | Julho de 2017 | Knokke, Bélgica | 15.000 | saibro | Quinn Gleason | Leonie Küng Axana Mareen |
6–4, 7–5 |
Perdeu | 2–4 | Julho de 2017 | Auburn, Estados Unidos | 25.000 | duro | Ellen Perez | Emina Bektas Alexa Guarachi |
6–4, 4–6, [5–10] |
Venceu | 2–3 | Junho de 2017 | Baton Rouge, Estados Unidos | 25.000 | duro | Ellen Perez | Francesca Di Lorenzo Julia Elbaba |
6–3, 6–4 |
Perdeu | 1–3 | Junho de 2017 | Sumter, Estados Unidos | 25.000 | duro | Ellen Perez | Kaitlyn Christian Giuliana Olmos |
2–6, 6–3, [7–10] |
Venceu | 1–2 | Setembro de 2016 | Atlanta, Estados Unidos | 50.000 | duro | Ingrid Neel | Alexandra Stevenson Taylor Townsend |
4–6, 6–4, [10–5] |
Perdeu | 0–2 | Julho de 2016 | Campos do Jordão, Brasil | 25.000 | duro | Maria Fernanda Alves | Ingrid Gamarra Martins Laura Pigossi |
3–6, 6–3, [8–10] |
Perdeu | 0–1 | Agosto de 2013 | São Paulo, Brasil | 10.000 | saibro | Nathália Rossi | Laura Pigossi Carolina Zeballos |
3–6, 4–6 |
Ver também
[editar | editar código-fonte]- Lista de tenistas brasileiros no Top 100 mundial
- Brasil nos Jogos Pan-Americanos de 2019
- Lista de campeões do Australian Open
- Lista de finais em duplas mistas do Australian Open
- Lista de campeões em duplas mistas de torneios do Grand Slam
- Lista de medalhas brasileiras nos Jogos Olímpicos
- Brasil nos Jogos Olímpicos de Verão de 2020
- Tênis nos Jogos Olímpicos de Verão de 2020
- Tênis nos Jogos Olímpicos de Verão de 2020 - Duplas femininas
- Medalhistas olímpicos do tênis
- Lista de tenistas brasileiros campeões de torneios do Grand Slam
- Lista de tenistas do Brasil nos Jogos Olímpicos de Verão
- Brasil nos Jogos Pan-Americanos de 2023
- Tênis nos Jogos Pan-Americanos de 2023
- Tênis nos Jogos Pan-Americanos
Referências
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- ↑ Tênis: Luisa Stefani e Schuurs arrasam tchecas, e brasileira atinge sua 5ª final de WTA 1000
- ↑ Luisa Stefani e Demi Schuurs são campeãs do WTA 1000 de Doha 2024
- ↑ Roland Garros: Luisa Stefani está fora das duplas femininas; saiba motivo
- ↑ [1]
- ↑ [2]
- ↑ [3]
- ↑ Luisa Stefani e Demi Schuurs são eliminadas nas quartas de final do US Open
- ↑ [4]
- ↑ Luisa Stefani sente o joelho e finaliza a temporada mais cedo
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- Nascidos em 1997
- 2020 no tênis
- 2019 no tênis
- Mulheres tenistas do Brasil
- Tenistas do estado de São Paulo
- Medalhistas olímpicos do ténis
- Medalhistas olímpicos do Brasil
- Medalhistas olímpicos de bronze do Brasil
- Atletas do Brasil
- Atletas nos Jogos Olímpicos de Verão de 2020
- Naturais da cidade de São Paulo
- Tenistas olímpicos do Brasil
- Desportistas do Brasil nos Jogos Pan-Americanos
- Tenistas nos Jogos Olímpicos de Verão de 2020
- Medalhistas nos Jogos Olímpicos de Verão de 2020
- Medalhistas do Brasil nos Jogos Olímpicos de Verão de 2020
- Tenistas vencedores de torneios do Grand Slam