Love Letters
Love Letters | |
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Cartaz promocional do filme. | |
No Brasil | Um Amor em Cada Vida |
Em Portugal | Cartas de Amor |
Estados Unidos 1945 • p&b • 101 min | |
Gênero | noir drama romântico mistério |
Direção | William Dieterle |
Produção | Hal B. Wallis |
Roteiro | Ayn Rand |
Baseado em | The Love Letters romance de 1944 de Christopher Massie[1] |
Elenco | Jennifer Jones Joseph Cotten |
Música | Victor Young |
Cinematografia | Lee Garmes |
Direção de arte | Hans Dreier Roland Anderson |
Efeitos especiais | Gordon Jennings Farciot Edouart |
Figurino | Edith Head |
Edição | Anne Bauchens |
Companhia(s) produtora(s) | Hal Wallis Productions, Inc. |
Distribuição | Paramount Pictures |
Lançamento |
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Idioma | inglês |
Love Letters (bra: Um Amor em Cada Vida; prt: Cartas de Amor)[3][4] é um filme noir estadunidense de 1945, dos gêneros drama romântico e mistério, dirigido por William Dieterle, e estrelado por Jennifer Jones e Joseph Cotten.[2] O roteiro de Ayn Rand foi baseado no romance "The Love Letters" (1944), de Christopher Massie.[1]
A trama retrata a história de um homem que se apaixona por uma mulher amnésica com dupla personalidade, a qual é acusada de ter causado a morte de seu amigo soldado.[5] Este foi o segundo dos quatro filmes que Jones e Cotten co-estrelaram juntos.
Sinopse
[editar | editar código-fonte]Durante a Segunda Guerra Mundial, o soldado Alan Quinton (Joseph Cotten), lutando na Itália, escreve cartas de amor para a jovem Victoria Remington (Jennifer Jones) em nome de seu colega Roger Morland (Robert Sully), que afirma não possuir "quaisquer padrões, maneiras ou gostos". Ao retornar para casa, Alan descobre que Roger e Victoria se casaram, mas Roger foi morto, apunhalado pelas costas. O assassinato pode ter sido cometido por Victoria, que sofre de amnésia e transtorno dissociativo de identidade, atendendo pelo nome de Singleton, ou por sua madrasta Beatrice (Gladys Cooper), internada em um asilo devido a paralisia por um derrame cerebral. Enquanto Victoria tenta recuperar suas lembranças, Alan, agora apaixonado por ela, busca desvendar a verdade.
Elenco
[editar | editar código-fonte]- Jennifer Jones como Victoria Remington / Victoria Morland / Singleton
- Joseph Cotten como Alan Quinton
- Ann Richards como Dilly Carson
- Cecil Kellaway como Mack
- Gladys Cooper como Beatrice Remington
- Anita Louise como Helen Wentworth
- Robert Sully como Roger Morland
- Reginald Denny como Phillips, advogado de defesa
- Ernest Cossart como Bispo
- Byron Barr como Derek Quinton
Produção
[editar | editar código-fonte]O roteiro de Ayn Rand baseado no livro de Christopher Massie transformou a história em uma adaptação da famosa peça "Cyrano de Bergerac" (1897), de Edmond Rostand. Rand admirava a obra desde que a leu em seu estado francês original durante sua juventude. Assim como na peça de Rostand, a heroína se apaixona por um soldado, acreditando que ele é o autor de certas cartas de amor que foram escritas por outro soldado, incluindo uma comovente mensagem enviada da frente de batalha. Na versão de Rand, foi acrescentada uma dimensão de mistério psicológico, com a heroína descobrindo a verdadeira identidade do autor a tempo de poder vivenciar um "final feliz".[6]
A dupla central foi emprestada para a Paramount por David O. Selznick, que constantemente enviava bilhetes à produção com instruções sobre os detalhes de tudo que se referisse à Jennifer, sua protegida e futura esposa.[7]
Recepção
[editar | editar código-fonte]Embora as críticas tenham sido em sua maioria negativas, "Love Letters" teve sucesso nas bilheterias.[6] Bosley Crowther, em sua crítica para o The New York Times, repreendeu o filme como "tolice sentimental", chamando o desempenho de Jones de "estúpido", a escrita de Rand de "uma confusão suja" e a direção de Dieterle de "piegas e pretensiosa".[8]
Segundo o crítico e historiador de cinema Ken Wlaschin, este é um dos dez melhores filmes de Jennifer Jones e Joseph Cotten.[9]
Trilha sonora
[editar | editar código-fonte]A trilha sonora de Victor Young apresentou a melodia da famosa música "Love Letters", escrita por Edward Heyman e cantada por Dick Haymes. A canção foi gravada por inúmeros artistas desde 1945, incluindo Ketty Lester, Alison Moyet, Rosemary Clooney, Nat King Cole, Elvis Presley, Elton John, Del Shannon, e Sinéad O'Connor, entre outros. A melodia da música foi reutilizada em outros filmes, incluindo "Veludo Azul" (1986), dirigido por David Lynch.[10]
Prêmios e homenagens
[editar | editar código-fonte]Ano | Cerimônia | Categoria | Indicado | Resultado | Ref. |
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1946 | Oscar | Melhor atriz | Jennifer Jones | Indicada | [11][12] |
Melhor direção de arte e decoração de interiores em preto e branco | Hans Dreier, Roland Anderson, Samuel M. Comer & Ray Moyer | Indicado | |||
Melhor trilha sonora | Victor Young | ||||
Melhor canção original | "Love Letters" (Victor Young & Edward Heyman) |
O filme foi reconhecido pelo Instituto Americano de Cinema na seguinte lista:
- 2002: 100 Anos...100 Paixões – Indicado[13]
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Eames, John Douglas (1985). The Paramount Story. Londres: Octopus Books (em inglês)
- Rodrigues da Silva, Divino (1995). «Todos os Filmes da Paramount no Período de 1945 a 1949». edição de autor. Matinê (14)
Referências
- ↑ a b Massie, Christopher (1946). The Love Letters primeira ed. Nova Iorque: Bantam Books. ASIN B01ABN9SHG. ISBN 979-1093749181. Consultado em 22 de janeiro de 2024 – via Amazon
- ↑ a b «The First 100 Years 1893–1993: Love Letters (1945)». American Film Institute Catalog. Consultado em 22 de janeiro de 2024
- ↑ «Um Amor em Cada Vida (1945)». Brasil: CinePlayers. Consultado em 17 de janeiro de 2024
- ↑ «Cartas de Amor (1945)». Portugal: Público. Consultado em 16 de janeiro de 2024
- ↑ Maltin, Leonard (2010). Classic Movie Guide, 2a. edição. Nova Iorque: Plume (em inglês)
- ↑ a b Heller, Anne C. (2009). Ayn Rand and the World She Made. Nova Iorque: Doubleday. p. 170. ISBN 978-0-385-51399-9
- ↑ Eames, John Douglas (1985). The Paramount Story. Londres: Octopus Books (em inglês)
- ↑ Crowther, Bosley (27 de agosto de 1945). «The Screen: 'Love Letters,' Drama in Which Jennifer Jones Stars, Comes to Rivoli--'The Southerner' Is New Picture at the Globe». The New York Times. Consultado em 22 de janeiro de 2024
- ↑ Wlaschin, Ken (1985). The World's Great Movie Stars and Their Films (em inglês). Londres: Peerage Books. ISBN 1850520046
- ↑ Whitburn, Joel (2004). Top R&B/Hip-Hop Singles: 1942–2004. [S.l.]: Record Research. p. 345
- ↑ «The 18th Academy Awards (1946) | Nominees and Winners». Academia de Artes e Ciências Cinematográficas. Consultado em 22 de janeiro de 2024
- ↑ «18.º Oscar – 1946». CinePlayers. Consultado em 22 de janeiro de 2024
- ↑ «AFI's 100 Years...100 Passions Nominees» (PDF). Consultado em 22 de janeiro de 2024
- Filmes dos Estados Unidos de 1945
- Filmes dirigidos por William Dieterle
- Filmes com trilha sonora de Victor Young
- Filmes noir
- Filmes de drama romântico dos Estados Unidos
- Filmes de drama romântico da década de 1940
- Filmes de mistério dos Estados Unidos
- Filmes de mistério da década de 1940
- Filmes sobre amnésia
- Transtorno dissociativo de identidade em filmes
- Filmes em preto e branco
- Filmes em língua inglesa
- Filmes da Paramount Pictures