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Língua eyak

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Eyak

I.ya.q

Falado(a) em: Estados Unidos
Região: Cordova (Alasca)
Total de falantes: 21 de Janeiro de 2008, com a morte de Marie Smith Jones
Família: Dene-Ienissei
 Na-dene
  Athabaskana-Eyak
   Eyak
Escrita: Alfabeto latino
Códigos de língua
ISO 639-1: --
ISO 639-2: ---
ISO 639-3: eya

A língua Eyak é uma língua Na-Dené que historicamente foi falada no litoral sul central do Alasca, nas proximidades da foz do rio Cooper.

Classificação

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As línguas mais próximas do Eyak são a línguas athabascanas. O grupo Eyak-Athabascana, junto com o Tlingit, forma a divisão básica do filo das Línguas Na-Dené.

Marie Smith Jones (14 de maio de 191821 de janeiro de 2008)[1][2][3] de Cordova, Alasca era a última falante nativa e também a última pessoa de sangue puro Eyak.[4] Por causa do desaparecimento de todos seus falantes nativos, Eyak se tornou um símbolo da luta contra a extinção de idiomas.[5]

Há um falante fluente de Eyak, o Dr. Michael Krauss, linguista e antropólogo da University of Alaska Fairbanks e fundador do Centro de Línguas Nativas do Alasca. Esse estudioso aprendeu a língua com o povo Eyak e documentou esse conhecimento.[6]

A expansão da língua inglesa e a crescente supressão das diversas líguas indígenas não são as únicas causas do declínio da língua eyak. A migração rumo ao norte do povo tlingit para a área de Yakutat, Alasca, encorajaram o uso da língua tlingit em lugar do eyak ao longo do litoral do Oceano Pacífico no Alasca. Eyak esteve também sob pressão dos seus vizinhos do oeste, o povo alutiiq de Prince William Sound, e dos povos do vale do Rio Cooper. As culturas eyak e tlingit começaram a se mesclar e os grupos falantes de eyak passaram a usar a língua e se tornar culturalmente tlingit. Como resultado, os eyak foram substituídos pelos tlingit entre a maioria dos grupos mistos depois de muitas gerações. Isso é relatado pelas tradições orais dos tlingit.

Muitos dos nomes de locais na área ao longo da Gulf Coast são de origem eyak e têm, portanto, significados obscuros e sem sentido em tlingit. Assim mesmo, na tradição oral, há muitos termos de etimologia eyak. A existência de muitas palavras tlingit derivadas do eyak ao longo do litoral no sudoeste do Alasca é uma forte evidência de que, numa pré-história (antes do contato com os europeus), a influência dos eyak e sua população já foram bem maiores. Isso confirma, enfim, as histórias da tradição oral acerca da migração dos tlingit e eyak na região.

A língua Eyak usa o alfabeto latino com as seguintes particularidades.[7]

  • 4 vogais - não tem o "O".
  • 15 consoantes "puras" - b, d, g, h, j, k, l, m, n, q, s, t, w, x, y
  • 6 consoantes c/ diacrítico - k', q', t', G c/diacrítco inferior, X c/ponto inferior, L barrado.
  • 8 conjuntos consonantais - ch, dl, dz, gw, sh, tl, ts, xw
  • 3 conjuntos consonantais c/ diacríticos - ch', tl', ts'
  • 1 sinal gráfico - apóstrofo (')
  Bilabial Alveolar Post-alveolar
/ palatal
Velar Uvular Glotal
Central Lateral Plena Labial
Cons. stop Ñ aspirada   d [t]     g [k] gw [kʷ] [q]  
Aspirada   t [tʰ]     k [kʰ]   q [qʰ]  
Ejetiva   t' [t’]     k' [k’]   q' [q’] ' [ʔ]
Africativa Ñ aspirada   dz [ts] dl [tɬ] j [tʃ]        
Aspirada   ts [tsʰ] tl [tɬʰ] ch [tʃʰ]        
Ejetiva   ts' [ts’] tl' [tɬ’] ch' [tʃ’]        
Fricativa   s [s] ł [ɬ] sh [ʃ] x [x] xw [xʷ] [χ] h [h]
Nasal (m [m]) n [n]          
Aproximante   l [l] y [j]   w [w]  

Note: O /w/ não é muito Labial e o /m/ quase não é usado em Eyak.

  Tensa/longa Solta/curta
frontal central posterior frontal central posterior
close i. [iː]   u. [uː] i [ɪ]   u [ʊ]
mid e. [eː]     e [ɛ]/æ [ɛ] a [ə]  
open a. [aː]     a [a]    

Vogais seguidas de "n" são nasalizadas.

Referências

Referências externas

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  • Krauss, Michael E., ed. 1982. In Honor of Eyak: The Art of Anna Nelson Harry. Fairbanks: Alaska Native Language Center. ISBN 0933769032.
  • Krauss, Michael E., and Jeff Leer. Athabaskan, Eyak, and Tlingit Sonorants. Alaska Native Language Center Research Papers No. 5. Alaska Native Language Center, University of Alaska, P.O. Box 757680, Fairbanks, AK 99775-7680, 1981. ISBN 0933769350.
  • New Yorker, June 6, 2005: "Last Words, A Language Dies" by Elizabeth Kolbert.