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Jurunas

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Yudja
Francisco Juruna brinca com a esposa (Socorro Juruna) e a Filha (Márcia Juruna), na varanda de sua casa, na aldeia São Francisco, na Volta Grande do Xingu, Pará.
População total

950

Regiões com população significativa
 Brasil (MT e PA) 950 (Siasi/Sesai, 2020)[1]
Línguas
português
Língua Yudjá
Religiões
Etnia
Tupi-Guarani

Os Jurunas (Yuruna; Yudjá - autodenominação) são um grupo de indígenas que se localizam no estado brasileiro do Mato Grosso, mais precisamente no norte do Parque Indígena do Xingu, bem como junto ao baixo rio Xingu, no Pará, na Terra Indígena Paquiçamba e Área Indígena do Km 17.

Sua língua é a única representante viva da família Juruna, do tronco Tupi. Autodenominam-se Yudjá ; o nome Juruna significa, em Tupi-Guarani, “bocas pretas”, porque a tatuagem característica dessa etnia era uma linha que descia da raiz dos cabelos e circundava a boca.

Características gerais

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Na metade do século XIX, havia uma população estimada em 2.000 indígenas, que viviam no baixo rio Xingu.

Por volta de 1916 houve a separação da etnia Juruna-Yudjá em dois grupos: cerca de 40 Yudjá seguiram para o sul do estado do Pará chegando às terras do atual Parque Indígena do Xingu, no estado do Mato Grosso e 12 indígenas Juruna permaneceram no seu local de origem, na região da Volta Grande do Xingu, no estado do Pará.[2]

Ano População Referência
1842 2000 ISA[1]
1884 200 ISA[1]
1896 150 ISA[1]
1916 52 ISA[1]
2001 278 ISA[1]
2006 362 (Funasa, 2006)[3]
2010 348 (Unifesp, 2010)[4]
2014 880 (Siasi/Sesai, 2014)[5]
2020 950 (Siasi/Sesai, 2020)[1]

As terras do Juruna no estado do Pará foram atingidas pela construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte e estão ameaçadas pelas obras da mineradora canadense Belo Sun.[6]

De acordo com a liderança indígena Francisco Juruna: “Somos a comunidade mais próxima de Belo Sun e provavelmente seremos os mais atingidos também. Já temos o exemplo de Belo Monte, que chegou dizendo que nada de ruim iria acontecer. Éramos inocentes e só quando os impactos começaram é que descobrimos tudo o que a gente ia sofrer. Depois de termos apanhado bastante, a gente aprendeu. Fomos lesados por Belo Monte, mas não seremos por Belo Sun.”[6]

Francisco e Socorro Juruna, lideranças indígenas Jurunas da Aldeia São Francisco, localizada na Volta Grande do Xingu, no Pará

Obras sobre os Juruna

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  • Kanemai’a’ahã dju’a papera: Livro do Artesanato do povo Juruna (Yudjá).[7]
  • FARGETTI, Cristina Martins. Terminologia da Cultura Material Juruna. Araraquara: Letraria, 2021. ISBN 978-65-86562-60-6.[8]

Referências

  1. a b c d e f g «Yudjá/Juruna - Povos Indígenas no Brasil». pib.socioambiental.org. Consultado em 5 de julho de 2024 
  2. Foltram, Rochelle (2019). «A re-existência Juruna (Yudjá) na construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte». Porto Alegre. XIII Reunião de Antropologia do Mercosul 
  3. «Yudjá». Povos Indígenas no Brasil. Consultado em 5 de julho de 2024. Arquivado do original em 26 de maio de 2009 
  4. «Yudjá». Povos Indígenas no Brasil. Consultado em 5 de julho de 2024. Arquivado do original em 16 de dezembro de 2012 
  5. Instituto Socioambiental (20 de julho de 2019). «Yudjá/Juruna - Povos Indígenas no Brasil». Povos Indígenas no Brasil. Consultado em 5 de julho de 2024. Cópia arquivada em 20 de julho de 2019 
  6. a b Moura, Lucas Schardong Braescher de (10 Fevereiro 2021). «Indígenas Juruna vivem em risco por megaempreendimentos na Amazônia». www.ihu.unisinos.br. Consultado em 5 de julho de 2024 
  7. Fargetti, Cristina Martins, ed. (2010). Kanemai’a’ahã dju’a papera: Livro do Artesanato do povo Juruna (Yudjá). [S.l.]: Curt Nimuendaju. 117 páginas. ISBN 978-8599944172 
  8. FARGETTI, Cristina Martins (2021). Terminologia da Cultura Material Juruna (PDF). Araraquara: Letraria. ISBN 978-65-86562-60-6 


Ligações externas

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