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José Mena Abrantes

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José Mena Abrantes
Nome completo José Manuel Feio Mena Abrantes
Nascimento 11 de janeiro de 1945 (79 anos)
Malanje,  Angola
Prémios Prémio Sonangol de Literatura (1986, 1990, 1994)
Género literário Romance, teatro
Movimento literário Pós-modernismo

José Mena Abrantes, nascido José Manuel Feio Mena Abrantes (Malanje, 11 de janeiro de 1945), é um jornalista, dramaturgo, diretor e escritor de ficção, teatro e poesia angolano.

Licenciado em Filologia Germânica na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, exerce a profissão de jornalista desde 1975 com colaboração em vários órgãos de informação angolanos, portugueses, franceses e moçambicanos. E é membro da União dos Escritores Angolanos

Iniciou a atividade teatral em 1967, no Grupo Cénico da Associação Académica da Faculdade de Direito de Lisboa, a cuja direcção pertenceu e com qual participou, em Maio de 1970, no 1º Festival Internacional de Teatro Independente (San Sebastián/Espanha) como ator em o "Barbeiro de Sevilha", sob direção de Luís de Lima.

Nesse período (1969-1970) seguiu cursos de interpretação e de direcção teatral na Fundação Calouste Gulbenkian em Lisboa, sob a direcção do argentino Adolfo Gutkin. Em 1972-1973 fez na Universidade Católica de Leuven - Bélgica seminários de dramaturgia e direcção teatral orientados pelos teatrólogos franceses Bernard Dort e Denis Bablet.

Em Frankfurt/Main, Alemanha Federal, colaborou com um grupo alemão de teatro de rua, FAUST, e dirigiu o grupo LA BUSCA, de trabalhadores e estudantes espanhóis, com o qual representou Espanha no 1º Festival Internacional de Teatro Operário, em 1973. Nesse mesmo ano foi assistente convidado do diretor argentino Augusto Fernandez, no principal teatro da cidade de Frankfurt - o Frankfurter Staedtische Buehne


Com seu regresso a Angola em 1974, após quatro anos de exílio na Alemanha passou a incentivar a atividade teatral no seu país

Foi co-fundador e co-responsável dos grupos teatrais TCHINGANJE, que apresentou em fins de Novembro de 1975 a primeira obra de teatro da Angola independente e XILENGA-TEATRO.
Dirigiu durante dois anos (1985-1987) o GRUPO DE TEATRO DA FACULDADE DE MEDICINA DE LUANDA e fundou em Maio de 1988 o grupo ELINGA TEATRO, de que é diretor e encenador, que tem participado com regularidade em festivais de teatro em países de África, Europa e América.

Em 1995, participou do Festival Internacional de Teatro de Expressão Ibérica (Fitei), com a peça "O Pássaro e a Morte", em que assina a direcção e o texto.

Como jornalista, foi diretor-geral da Agência Angola Press, entre 1982 e 1984 , e chefe do setor de Informação e Divulgação da Cinemateca Nacional, entre 1985 e 1987.

Em 1993, iniciou suas atividades como Assessor de Imprensa da Presidência da República de Angola

Em 2012 foi nomeado Secretário de Estado para os Assuntos de Comunicação Institucional e Imprensa do Presidente da República de Angola.

No dia 10 de janeiro de 2018, o Chefe de Estado nomeou José Manuel Mena Abrantes para o cargo de Consultor do Presidente da República.

Publicações

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  • O Grande Circo Autêntico
  • Ana, Zé e os Escravos
  • Nandyala ou a tirania dos monstros
  • Cangalanga, a Doida dos Cahoios
  • Pedro Andrade, a Tartaruga e o Gigante
  • A última viagem do "Príncipe Perfeito"
  • Sequeira, Luís Lopes ou o mulato dos prodígios
  • Amêsa ou A Canção do Desespero
  • Tari-Yari, Misericórdia e Poder no Reino do Congo
  • A Órfã do Rei
  • O Pássaro e a Morte
  • Sem Herói nem Reino ou o Azar da Cidade de S. Filipe de Benguela com o Fundador que lhe Tocou a Sorte
  • Na Nzuá Amirá ou de como o Prodigioso Filho de KImanaueze se Casou com a Filha do Sol e da Lua
  • Teatro I e II ( Colecção Cena Lusófona - compilação de 12 peças).
  • Kimpa Vita - A Profetisa Ardente (Edições Nandyala)

Ficção/Poesia

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  • Meninos
  • Caminhos Desencantados
  • Objectivos Musicais
  • O Gravador de Ilusões
  • Na Curva do Cão Morto
  • Cinema Angolano: Um passado, a merecer melhor presente]]
  • O Teatro Angolano, Hoje
  • O Teatro em Angola (Volumes I e II) (Edições Nzila)
  • Subsídios para a história e caracterização do teatro angolano (Edição Elinga-Teatro)

Como poeta e contista, recebeu por três vezes (1986 por "Ana, Zé e os Escravos", 1990 por "Meninos", 1994 por Caminhos Des-encantados) o Prémio Sonangol de Literatura, máximo galardão da literatura angolana da atualidade.

Menção Honrosa no Concurso Sonangol de Literatura por "O Gravador de Ilusões" (antes "O Pião") de 1990 e "Sequeira, Luís Lopes ou O mulato dos prodígios de 1991.

1º Prémio de Poesia (ex-sequo) dos Jogos Florais de Caxinde por "Objectos Musicais".

Prémio Palop do Livro em Língua Portuguesa (2º lugar) em São Tomé e Príncipe por "Na Curva do Cão Morto"

Ligações externas

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