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João Rezek

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João Rezek
Nascimento 18 de fevereiro de 1930
Araçatuba
Morte 26 de janeiro de 2003 (72 anos)
Araçatuba
Cidadania Brasil
Ocupação político

João Jorge Rezek (Araçatuba, 18 de fevereiro de 1930 — Araçatuba, 26 de janeiro de 2003[1]) foi um político brasileiro. Foi deputado federal constituinte, participando da criação da Constituição de 1988.

Agricultor e pecuarista, iniciou sua carreira política ao se filiar à União Democrática Nacional em 1960. Foi filiado à UDN até 1965, quando abandonou a política partidária.

Em 1971 iniciou o curso de direito pela Faculdade Toledo de Ensino em Araçatuba, formando-se em 1975. Apesar da formação universitária, permaneceu atuando como agricultor e pecuarista e em 1980 foi o fundador da usina Alcoazul na cidade de Araçatuba. Fundou também a Associação dos Fornecedores de Cana da Alta Noroeste (Afcana) e foi Vice-Presidente da Associação dos Empregados no Comércio[2].

Em 1982, filiou-se ao Movimento Democrático Brasileiro e candidatou-se à prefeito de Araçatuba terminando o pleito em quarto lugar com 10.123 votos (17,57% dos votos válidos)[3]. Em 1986, candidatou-se a deputado federal constituinte. Foi o mais votado na cidade de Araçatuba com 24.278 votos (32,22% dos votos válidos), estando assim à frente de nomes conhecidos como Ulysses Guimarães, Guilherme Afif, Luiz Inácio Lula da Silva e José Serra[3]. Foi eleito com 47.418 votos em todo o estado de São Paulo (0,31% dos votos válidos), sendo o 43º candidato mais votado e recebendo mais votos que nomes como José Genoíno e Eduardo Jorge.

Atuação na Constituinte

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Tomou posse na Assembleia Nacional Constituinte no dia 1º fevereiro de 1987. Em Brasília, foi membro titular da Subcomissão dos Direitos Políticos, dos Direitos Coletivos e Garantias, da Comissão da Soberania e dos Direitos e Garantias do Homem e da Mulher. Como suplente, integrou a Subcomissão da Política Agrícola e Fundiária e da Reforma Agrária, da Comissão da Ordem Econômica.

Enquanto deputado, votou contra a estabilidade no emprego, a jornada de trabalho de 40 horas por semana, a limitação dos juros em 12% reais ao ano e o voto aos 16 anos. Por outro lado, foi favorável à manutenção da unicidade sindical, os cinco anos de mandato para o presidente José Sarney e à instituição da pena de morte. Era a favor, também, do sistema de governo presidencialista. Depois de promulgada a nova Carta Constitucional, em 5 de outubro de 1988, voltou a cuidar dos processos legislativos ordinários na Câmara dos Deputados.

Em 1988, candidatou-se pela última vez à prefeito de Araçatuba sendo o menos votado e terminando o pleito em quarto lugar com 7.414 votos (9,65% dos votos válidos)[4]. Candidatou-se à reeleição ao cargo de deputado federal em 1990. Foi o terceiro candidato mais votado na cidade de Araçatuba com 2.313 votos (2,77% dos votos válidos), mas não conseguiu a reeleição. Deixou a legislatura em 31 de janeiro de 1991.

Últimos anos de vida pública

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Não voltou a se eleger para outros cargos públicos. Atuou como juiz de paz em Araçatuba e como titular do diretório do PMDB na cidade de Araçatuba. Em 2000, esteve no centro de um escândalo envolvendo o vereador Sidney Cinti (PMDB) em Araçatuba. Rezek afirmou ter feito um acordo junto do publicitário Flávio Abou Nasser para pagar R$ 180 mil à Cinti para que ele não se candidatasse a nenhum cargo eletivo nas eleições de 2000. Nasser e Rezek, sentindo-se traídos por Sidney, que se candidatou à Câmara de Araçatuba, foram à Justiça para reverter o pagamento dos cheques[5].

Referências

  1. «Conheça os Deputados». Portal da Câmara dos Deputados. Consultado em 5 de outubro de 2018 
  2. «João Jorge Rezek». CPDOC - Centro de Pesquisa e Documentação de História Contemporânea do Brasil. Consultado em 23 de setembro de 2018 
  3. a b Seade, Fundação. «Fundação Seade». Fundação Seade. Consultado em 5 de outubro de 2018 
  4. Seade, Fundação. «Fundação Seade». Fundação Seade. Consultado em 5 de outubro de 2018 
  5. FolhaNet, Equipe de Desenvolvimento. «Folha da Região de Araçatuba - Todo mundo lê». jornalvirtual.folhadaregiao.com.br. Consultado em 5 de outubro de 2018 
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