João Ramalho e filho
João Ramalho e Filho | |
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Autor | José Wasth Rodrigues |
Data | 1934 |
Técnica | tinta a óleo |
Dimensões | 231 centímetro, 235 centímetro x 145 centímetro, 149 centímetro |
Encomendador | Afonso d'Escragnolle Taunay |
Localização | Museu do Ipiranga |
Descrição audível da obra no Wikimedia Commons | |
João Ramalho e filho é uma pintura de José Wasth Rodrigues. A sua data de criação é a primeira metade do século XX. Encontra-se sob a guarda de Museu Paulista. Retrata João Ramalho com seu filho; aquele usa gibão de couro e túnica, além de aparecer com cabelo grisalho e barba.
Descrição
[editar | editar código-fonte]A obra foi produzida com tinta a óleo. Suas medidas são: 231 centímetros, 235 centímetros de altura e 145 centímetros, 149 centímetros de largura. Faz parte de Coleção José Wasth Rodrigues, no Museu Paulista. O número de inventário é 1-19508-0000-0000.[1]
O quadro foi instalado no peristilo do Museu Paulista.[2]
Contexto
[editar | editar código-fonte]A obra faz parte de uma série desenvolvida por Wasth Rodrigues a pedido de Afonso d'Escragnolle Taunay para a comemoração do aniversário de São Vicente. Outras obras dessa sequência são: Retrato de D. João III, Retrato de Martim Afonso de Souza e Cacique Tibiriçá e neto.[2] O quadro faz parte de uma geração de obras posterior às encomendas de Taunay para o centenário da independência.[3] Inicialmente, o diretor do museu esperava encomendar uma estátua de Ramalho, mas não teve recursos suficientes para a obra.[4]
Análise
[editar | editar código-fonte]Sobre a obra foi dito:[2]
“ | A criação de Taunay e de Wasth Rodrigues, João Ramalho e filho (figura 18), é bastante tradicional e aproxima-se das representações anteriores sobre o português colonizador (fartos cabelos esbranquiçados, corpo forte apesar da idade avançada, barba longa, além do uso de roupas), exceto pela inserção do filho mameluco. Veste camisolão, meias e tem no ombro esquerdo o que poderia ser um bernéu, espécie de capa comprida, ou mero casaco. Também calça sapatos, em nada se parecendo com o português que adotara hábitos indígenas, como o de andar descalço e nu. Na mão esquerda ostenta uma espécie de barrete. No cinto, de um lado o facão e de outro a bolsa com os pertences valiosos. Apoia-se em um bastão. A barba grisalha explicita o fato de já ter certa idade, mas o filho mameluco pequeno ao lado reforça a virilidade masculina. O menino também veste uma espécie de camisolão. Porém, enquanto o pai traz ao pescoço uma medalha, ele tem um colar indígena, semelhante ao que é retratado ao lado do avô, o Cacique Tibiriçá. Seu olhar é cabisbaixo e nem um pouco altivo, em pose de obediência. | ” |
No quadro, a linha do horizonte foi mantida baixa, com um céu repleto de nuvens. Nesse ambiente, destaca-se a linha defensiva de São Paulo, no contexto da Confederação dos Tamoios. Esses elementos do entorno são mantidos secundários no quadro, com a centralidade dos personagens principais.[2]
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ «João Ramalho e filho - José Wasth Rodrigues». Google Arts & Culture. Consultado em 9 de fevereiro de 2020
- ↑ a b c d Nascimento, Ana Paula; Nascimento, Ana Paula (2019). «Entre a fricção e a serenidade, a caminho do interior: os painéis de Wasth Rodrigues no peristilo do Museu Paulista». Anais do Museu Paulista: História e Cultura Material. 27. ISSN 0101-4714. doi:10.1590/1982-02672019v27e21d2
- ↑ «As Comemorações Paulistas do Centenário da Independência do Brasil: o projeto visual de uma epopeia bandeirante Thaís Chan» (PDF). webcache.googleusercontent.com. Consultado em 9 de fevereiro de 2020
- ↑ Makino, Miyoko (2003). «Ornamentação do Museu Paulista para o Primeiro Centenário: construção de identidade nacional na década de 1920». Anais do Museu Paulista: História e Cultura Material. 10-11 (1): 167–195. ISSN 0101-4714. doi:10.1590/S0101-47142003000100010