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IPCTV

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
IPCTV
IPC World Inc.
IPCTV

Japão
Cidade de concessão Tóquio, Honshu
Canais 514 SKY PerfecTV
Outros canais 332 SKY PerfectTV (2001-2010)
333 SKY PerfectTV (2001-2010)
334 SKY PerfectTV (2001-2010)
Sede Tóquio, Honshu
Rede Rede Globo
Fundador(es) Yoshio Muranaga
Pertence a IPC World Inc.
Presidente Arthur Muranaga Yuji
Fundação 7 de setembro de 1996
Extinção 31 de março de 2019
Nome(s) anterior(es) IPC Television Network (1996-2001)
Página oficial ipctv.jp/tv/

IPCTV (abreviação de International Press Corporation) foi uma emissora de televisão japonesa sediada em Tóquio, na ilha de Honshu. Operava nos canais 514 da operadora por assinatura SKY PerfecTV e foi afiliada à TV Globo Internacional, braço internacional da Rede Globo. Foi a primeira emissora de uma TV brasileira para fora do Brasil. Pertencia ao grupo IPC World Inc.

Sob iniciativa do empresário Yoshio Muranaga, dono do jornal International Press[1], a emissora foi fundada em 7 de setembro de 1996 como IPC Television Network e a partir de 1996 — quando firmou parceria com a Rede Globo para transmitir a TV Globo Internacional — passou a transmitir seu sinal via satélite pela SKY PerfecTV. No mesmo ano, Muranaga havia alugado três satélites.[2] Quando fechou contrato para transmissão da Globo, Muranaga processou lojistas que vendiam irregularmente fitas com gravações de canais do Brasil. O empresário recuou quando foi alvo de boicote de lojas que deixaram de vender seus dois impressos.[3]

O empreendimento de Muranaga começou a repercutir devido a transmissão da programação da Globo, onde o único programa exibido ao vivo era o Jornal Nacional, transmitido às 8h da manhã.[2] O auge ocorreu em dezembro de 1996, quando os canais da IPC eram os únicos a exibir a cobertura da invasão da casa do embaixador japonês no Peru, promovida pelo grupo rebelde do Movimento Revolucionário Tupac Amaru (MRTA) fazendo centenas de reféns.[4] Por conta de seu empenho, Muranaga foi convidado pelo primeiro-ministro Ryutaro Hashimoto para o banquete de recepção ao presidente peruano depois do episódio. Na época, a IPC havia custado 10 milhões de dólares e o investimento só seria pago em 2001, por conta da crise econômica no Japão que reduziu suas receitas (em ienes) e aumentou seus custos (em dólares).[2]

Em 2001, a emissora passou a se chamar IPCTV e retransmitir 3 emissoras em 3 canais diferentes: no canal 332, a TVE Espanha; no canal 333, a Record Internacional e no canal 334, a TV Globo Internacional. Em 2009, Arthur Muranaga Yuji, filho de Yoshio Muranaga, assumiu a presidência do grupo.[4]

Em 2007, a emissora encerrou os 3 canais e passava a ter afiliação somente com a Globo, transmitindo pelo canal 514 na SKY PerfecTV. Em 2009, a emissora estreou o JPTV, telejornal nos moldes do Praça TV exibido no Brasil, com as notícias do Japão.[5] Em 2 de dezembro de 2014, a IPCTV passou a ser uma mera repetidora da TV Globo Internacional, e não tem mais programação local. O JPTV, até então único programa produzido pela emissora, foi substituído pelo telejornal SP1, gerado pela TV Globo São Paulo.[6]

Em fevereiro de 2019, a IPCTV comunicava o encerramento de suas atividades em 31 de março de 2019, por conta do encerramento das transmissões da Globo no país por tempo indeterminado. O motivo, segundo a empresa, era a "busca de novos meios de negócio por parte da Globo".[7][8]

A empresa controlava os portais IPC Digital, Jornal Empregos, Revista Vitrine e IPC Digital em Espanhol, além da webrádio IPC no Ar.[9] O grupo iniciou suas atividades com o jornal International Press, que posteriormente deixou de circular no impresso e se transformou no portal IPC Digital a partir de 2010. Com exceção do International Press (em espanhol, repassado ao Japan World Content), todos os veículos da IPC World foram descontinuados.

Referências

  1. «A visão de um pioneiro da comunicação étnica». IPC Digital. Outubro de 2016. Consultado em 31 de março de 2019. Arquivado do original em 15 de fevereiro de 2017 
  2. a b c Marcio Aith (18 de junho de 1998). «Brasileiros sustentam império de comunicações no Japão». Folha de S.Paulo. Consultado em 31 de março de 2019 
  3. «Empresário quis acabar com fitas piratas». Folha de S.Paulo. 18 de junho de 1998. Consultado em 31 de março de 2019 
  4. a b «IPC World, Inc.». Jpedia powered by ipcdigital.com. Consultado em 31 de março de 2019. Arquivado do original em 18 de dezembro de 2010 
  5. «YouTube - Jornal JPTV da IPCTV». www.youtube.com. Consultado em 15 de janeiro de 2019 
  6. «'SPTV - 1ª Edição' estreia na programação da Globo Japão». IPCTV. Consultado em 31 de março de 2019. Arquivado do original em 2 de abril de 2015 
  7. «Após 22 anos, Globo deixará de ter sua programação transmitida no Japão - Televisão». NaTelinha. Consultado em 22 de fevereiro de 2019 
  8. «Comunicado». ipctv.jp. Consultado em 4 de junho de 2019. Arquivado do original em 3 de abril de 2019 
  9. «Grupo IPC World comemora 15 anos». IPC Digital. 30 de outubro de 2010. Consultado em 31 de março de 2019. Arquivado do original em 12 de fevereiro de 2011 

Ligações externas

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