Guerra de Calinga
Guerra de Calinga | |||
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Império Máuria em 269 a.C. | |||
Data | 261−260 a.C.[1] | ||
Local | Rio Daia, Calinga | ||
Desfecho | Decisiva vitória máuria | ||
Mudanças territoriais | Calinga anexada ao Império Máuria | ||
Beligerantes | |||
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Comandantes | |||
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Forças | |||
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Baixas | |||
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A Guerra de Calinga ou Kalinga (em sânscrito: कलिंग युद्धम्) foi uma guerra travada em 261−260 a.C. entre o Império Máuria sob Asoca, o Grande (r. 272/268–232 a.C.) e o estado de Calinga, uma república localizada na costa do atual estado indiano de Orissa.[6] Esta guerra foi o único grande conflito travada por Asoca depois de sua ascensão ao trono. Calinga colocou uma enorme resistência, mas não foi páreo para a força brutal do exército de Asoca. O excessivo derramamento de sangue desta guerra foi o motivo de Asoca adotar o budismo. Após a conquista, ele incorporou a região ao Império Máuria.
Guerra
[editar | editar código-fonte]Provavelmente situado entre os domínios máurias de Bengala e Andar, a Calinga independente foi "um espinho no corpo político Império Máuria" e pôde ter representado uma ameaça aos seus domínios. A conquista de Calinga provavelmente foi movida por razões políticas e econômicas.[7] Situado no caminho das rotas sul do vale do Ganges, foi também uma poderosa área marítima, que caso incorporada no Império Máuria tornar-se-ia numa fonte conveniente de renda.[1]
Durante o precedente Império Nanda, Calinga estava sob controle de Mágada, mas esta recuperou a independência com o início do governo dos máurias.[8] Desde o tempo do avô e do pai de Asoca, os imperadores Chandragupta Máuria (r. 322/321–298 a.C.) e Bindusara (r. 298–272/268 a.C.), o Império Máuria estava seguindo uma política de expansão territorial.[9][10][11] Para realizar a tarefa de conquistar Calinga, Asoca primeiro tratou de estabelecer-se seguramente no trono máuria.[12]
De acordo com o 13º édito de Asoca, a guerra começou no oitavo ano do reinado de Asoca, provavelmente em 261 a.C.. A batalha de Calinga foi travada na margem do Rio Daia entre as forças de Asoca e os habitantes da região.[13] Por meio do 13º édito sabe-se que a batalha foi massiva e causou a morte de mais de 10 000 dos soldados máurias e 100 000 soldados e muitos civis de Calinga,[5] enquanto mais de 150 000 foram deportados.[1] Diz-se que, no fim da batalha, o rio Daia ficou vermelho com o sangue dos mortos.[2]
Rescaldo
[editar | editar código-fonte]Com o fim do conflito, Calinga foi anexada ao Império Máuria.[14] Esta guerra teve um efeito profundo sobre as políticas públicas e a personalidade de Asoca. Em decorrência da crueldade dos combates, Asoca, arrependido, converte-se a filosofia não-violenta do budismo.[15] Ele decidiu nunca empreender outra guerra e também instrui seus filhos e netos a "nunca empreender tal guerra"; para ele uma conquista devia ser feita mediante a piedade e virtude (Darma-Vijaia). Após a conquista de Calinga, Asoca devotou sua vida ao bem estar moral e material das pessoas e reformulou suas políticas com tal finalidade.[1]
Notas
- Este artigo foi inicialmente traduzido, total ou parcialmente, do artigo da Wikipédia em inglês cujo título é «Kalinga war».
Referências
- ↑ a b c d e Agnihotri 1981, p. A-249.
- ↑ a b Field 2012.
- ↑ Truxillo 2008, p. 72.
- ↑ a b c Davidar 2007, p. 97.
- ↑ a b Agarwal 2012, p. 154.
- ↑ Bentley 1993, p. 44.
- ↑ Mohapatra 1986, p. 10.
- ↑ Raychaudhuri 1996, p. 204-209; 270-271.
- ↑ Background «Chanakya Niti» Verifique valor
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(ajuda) (em inglês). Consultado em 13 de julho de 2014 - ↑ «SRI CHANAKYA NITI-SASTRA - THE POLITICAL ETHICS OF CHANAKYA PANDIT» (em inglês). Consultado em 13 de julho de 2014. Arquivado do original em 12 de janeiro de 2015
- ↑ Daniélou 2003, p. 109.
- ↑ Mohapatra 1986, p. 12.
- ↑ Mohanty 2008, p. 5.
- ↑ «Detail History of Orissa» (em inglês). Consultado em 12 de julho de 2014. Cópia arquivada em 12 de abril de 2014
- ↑ Salles 2008, p. 212.
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Agarwal, M. K. (2012). From Bharata to India: Chrysee the Golden. [S.l.]: iUniverse. ISBN 1475907656
- Bentley, Jerry (1993). Old World Encounters: Cross-Cultural Contacts and Exchanges in Pre-Modern Times. Nova Iorque: Oxford University Press
- Daniélou, Alain (2003). A Brief History of India. [S.l.]: Inner Traditions / Bear & Co. ISBN 1863777942
- Davidar, David (2007). The Solitude of Emperors. [S.l.]: Penguin Books India. ISBN 0670081434
- Field, Field F. (2012). «The Execution of Mithridates». One Bloody Thing After Another: The Worlds Gruesome History. [S.l.]: Michael O'Mara Books. ISBN 1843179180
- Mohanty, N. (2008). Tiger & Other Poems. [S.l.]: Sarup & Sons. ISBN 817625827X
- Mohapatra, Ramesh Prasad. Military History of Orissa. Nova Déli: Cosmo Publications. ISBN 81-7020-282-5
- Raychaudhuri, H. C.; Mukherjee, B. N. (1996). Political History of Ancient India: From the Accession of Parikshit to the Extinction of the Gupta Dynasty. [S.l.]: Oxford University Press
- Salles, Catherine (2008). Larousse das Civilização Antigas. Vol. I da Babilônia aos Exército Enterrado Chinês. São Paulo: Larousse do Brasil. ISBN 978-85-7635-443-7
- Truxillo, Charles A. (2008). Periods of World History: A Latin American Perspective. [S.l.]: Jain Publishing Company. ISBN 0895818639