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Goiabeira

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 Nota: Se procura pelo município brasileiro do estado de Minas Gerais, veja Goiabeira (Minas Gerais).
Como ler uma infocaixa de taxonomiaGoiabeira
Psidium guajava
Psidium guajava
Classificação científica
Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Myrtales
Família: Myrtaceae
Género: Psidium
Nome binomial
Psidium guajava
L. 1753
Sinónimos
Guajava pyrifera (L.) Kuntze

Myrtus guajava (L.) Kuntze
Psidium guajava var. cujavillum (Burman) Krug & Urb.
Psidium guajava var. guajava
Psidium guava Griseb.
Psidium guayava Raddi
Psidium igatemyensis Barb. Rodr.
Psidium pomiferum L.
Psidium pumiferum L.
Psidium pumilum var. guadalupense DC.
Psidium pyriferum L.

A goiabeira (Psidium guajava L.) é uma pequena árvore frutífera tropical, nativa de toda a América, exceto México e Canadá[1].

Também é conhecida pelos nomes de araçá-guaçu, araçaíba, araçá-das-almas, araçá-mirim, araçauaçu, araçá-goiaba, goiaba, goiabeira-branca, goiabeira-vermelha, guaiaba, guaiava, guava, guiaba, mepera e pereira.

Apresenta três variedades:

  • Psidium guajava var. cujavillum (Burman) Krug & Urb. 1894
  • Psidium guajava var. guajava
  • Psidium guajava var. minor Mattos 1976

Características

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Pequena árvore semidecídua de até 6 m de altura.

Tronco

Tronco tortuoso, de casca lisa descamante tanífera. Ramos novos quadrangulares e pubescentes.

Folhas obovadas, cartáceas, descoloris, com até 12 cm de comprimento.

Flor

Flores pequenas, brancas, solitárias, formadas na primavera[2].

Os frutos são bagas verdes ou amarelas de casca rugosa, com polpa suculenta doce-acidulada aromática, branca, rósea, avermelhada ou arroxeada, com muitos "caroços" (sementes). Amadurecem no verão.

Goiaba

As quatro pétalas da flor persistem na extremidade da goiaba.

Na natureza, a goiaba é quase sempre atacada pelo bicho-da-goiaba, larva de mosca.

Muito cultivada para a produção de frutos, em pomares domésticos ou comerciais, ocorre espontaneamente em todo o Brasil. É considerada planta invasora nos Estados Unidos.

Cultivares no Brasil

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  • goiaba "Amarela: de origem desconhecida, casca grossa, poucas sementes, polpa branca
  • goiaba-cascuda: casca muito espessa, polpa vermelha, própria para doces ou goiabada cascão
  • goiaba "Courtbel": de origem americana, frutos grandes de polpa vermelha espessa e firme, poucas sementes
  • goiaba "H. Açu": rústica e vigorosa, criada por Hiroshi Nagai, de Registro, SP; frutos grandes, polpa vermelha, firme e doce
  • goiaba "Kumagai": de mesa, selecionada em Campinas, SP; polpa branca, frutos até 480 g, poucas sementes
  • goiaba "Ogawa 2": plantas pequenas, frutos de casca lisa com peso até 400 g, polpa rosada espessa firme, muito doce, poucas sementes
  • goiaba "Paluma": criada pela UNESP-campus de Jaboticabal, SP; safra longa, frutos com 200 g, polpa vemelha firme, poucas sementes
  • goiaba "Rica": crida pela UNESP-Jaboticabal, SP; frutos até 250 g, polpa vermelha firme, espessa, leve acidez
  • goiaba "Pedro Sato": criada no Rio de Janeiro, frutos até 400 g, polpa rosada, firme, saborosa
  • goiaba "Supreme Red Ruby": origem americana, participou no melhoramento genético de vários cultivares
  • goiaba "Yonemura": polpa rosada, com poucas sementes[3]

Cultivares no Taiwan

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  • goiaba "Pérola" (em chinês: 珍珠拔): descoberta em 1990 em Kaohsiung; resistente a doenças, de fácil manejo e alta produtividade; frutos crocantes e de alta qualidade, especialmente no outono e inverno; atualmente, é a principal cultivar em Taiwan[4]

As goiabas são consumidas principalmente in natura ou em forma de doces (goiabada), compotas, geleias, sucos e sorvetes. São muito usadas na indústria. Além de suas folhas poderem ser utilizadas para fins medicinais.

São ricas em vitamina C, com de 180 a 300 miligramas de vitamina por 100 gramas de fruta (mais do que a laranja ou o limão). Têm quantidades razoáveis de vitaminas A e do complexo B, além de sais minerais, como cálcio, fósforo e ferro.

Uso medicinal

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Em etnofarmacologia é usada para diarreias na infância. O chá, em bochechos e gargarejos, é usado para inflamações da boca e da garganta ou em lavagens de úlceras e na leucorréia[5][6].

As folhas têm óleo volátil rico em sesquiterpenos, entre eles o bisaboleno, além do dietoximetano e dietoxetano que dão o aroma dos frutos. O principal componente do óleo das sementes é o ácido linoleico[7][8].

O extrato aquoso do "olho" (broto) da goiabeira tem intensa atividade contra Salmonela, Serratia e Staphylococcus, grandes responsáveis pela diarreias de origem microbiana. A atividade é mais forte na variedade de polpa vermelha, e mais fraca nas folhas adultas e casca[5].

Referências

  1. Tropicos.org. Missouri Botanical Garden. 13 Sep 2009
  2. Lorenzi, Harri: Árvores brasileiras: manual de identificação e cultivo de plantas arbóreas do Brasil, vol. 1. Instituto Plantarum, Nova Odessa, SP, 2002, 4a. edição. ISBN 85-86174-16-X
  3. Lorenzi, Harri et al.: Frutas brasileiras e exóticas cultivadas (de consumo in natura), Instituto Plantarum de Estudos da Flora, Nova Odessa, SP, 2006. ISBN 85-86714-23-2
  4. «番石榴嫁接繁殖及巴西番石榴微體繁殖之研究» [Estudos sobre Propagação por Enxertia de Goiaba (Psidium guajava L.) e Micropropagação de Goiaba Brasileira (Psidium guineense Sw.)] (em chinês). doi:10.6346/the.npust.pi.002.2018.d04. Consultado em 11 de outubro de 2024 
  5. a b Matos, F.J.A. 2002. Farmácias Vivas - sistema de utilização de plantas medicinais projetado para pequenas comunidades, 4a. edição. Edições UFC, Fortaleza. (citado em Lorenzi, Harri; Abreu Matos, Francisco José de: Plantas medicinais no Brasil: nativas e exóticas cultivadas. Instituto Plantarum, Nova Odessa, SP, 2002. ISBN 85-86714-18-6)
  6. Carriconde, C. 2000. Introdução ao uso de fitoterápicos nas patologias de APS. CNMP, Olinda (citado em Lorenzi, Harri; Abreu Matos, Francisco José de: Plantas medicinais no Brasil: nativas e exóticas cultivadas. Instituto Plantarum, Nova Odessa, SP, 2002. ISBN 85-86714-18-6)
  7. Craveiro, A.A., G.F. Fernandes, C.H.S. Andrade et al., 1981. Óleos essenciais de plantas do Nordeste. Edições UFC, Fortaleza (citado em Lorenzi, Harri; Abreu Matos, Francisco José de: Plantas medicinais no Brasil: nativas e exóticas cultivadas. Instituto Plantarum, Nova Odessa, SP, 2002. ISBN 85-86714-18-6)
  8. Robineau, L.G. (ed.) 1995. Hacia una farmacopea caribeña/TRAMIL. Enda-Caribe UAG & Universidade de Antioquia. Santo Domingo (citado em Lorenzi, Harri; Abreu Matos, Francisco José de: Plantas medicinais no Brasil: nativas e exóticas cultivadas. Instituto Plantarum, Nova Odessa, SP, 2002. ISBN 85-86714-18-6)