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Gnatostomíase

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Gnatostomíase
Gnatostomíase
Ciclo de vida do Gnathostoma, parasita causador da Gnatostomíase em humanos (em inglês)
Especialidade infecciologia, helmintologia
Classificação e recursos externos
CID-10 B83.1
CID-9 128.1
CID-11 263366843
DiseasesDB 31667
MeSH D006039
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Gnatostomíase é uma doença humana causada pelo nematóide Gnathostoma hispidum e/ou Gnathostoma spinigerum e infecta vertebrados. A gnatostomíase é uma parasitose endêmica em alguns países onde há frequente consumo de peixes de água doce crus ou pouco cozidos como Tailândia, Japão, Peru e países da América Central.[1]

Cozinhar bem os alimentos e ferver/filtrar a água previne a infecção. A popularização do consumo de peixe cru (como ceviche, sushi e sashimi) ou cozido no vapor está aumentando o número de casos no mundo.[1]

Os humanos são infectados pela ingestão de peixe de água doce, lagostas, rãs, caranguejos ou frango mal cozido contendo larvas de terceiro estágio; ou supostamente por beber água contendo larvas de segundo estágio infeccioso, comumente contido em crustáceos do gênero Cyclops.

O G. spinigerum é o principal agente da doença em humanos, porém outras espécies como G. hispidum, G. doloresi, G. nipponicum e G. binucleatum também podem causar Gnatostomíase. Os hospedeiros definitivos variam com a espécie e incluem porcos, cachorros e felinos.[2]

Sinais e sintomas

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As manifestações mais comuns da infecção em seres humanos são inflamações na pele migratórias. Raramente o parasita pode se introduzir em outros tecidos, tais como o fígado ou o olho (causando em perda parcial da visão ou cegueira); ou entrando em nervos, medula espinhal, ou cérebro, resultando em dor neurogênica, paralisia, coma e morte.[3]

No Brasil e África, o diagnóstico é apenas clínico ou com biópsia vista em microscópio, pois exames sorológicos só estão disponíveis nos países endêmicos. Geralmente há inflamação da pele e marcada eosinofilia.

O tratamento é feito pela administração do anti-helmíntico albendazol por 21 dias ou ivermectina em dose única (com maior risco de reincidir).[1].

Referências

  1. a b c Christiane Maria de Castro DANI, et al. Gnatostomíase no Brasil – relato de caso. Anais Brasileiros de Dermatologia, v. 84, p. 400–404, 2009 Artigo científico em português
  2. Diaz Camacho SP, Zazueta Ramos M, Ponce Torrecillas E, Osuna Ramirez I, Castro Velazquez R, Flores Gaxiola A, et al. Clinical Manifestations and immunodiagnosis of gnathostomiasis in Culiacan, México. Am J Trop Med Hyg. 1998;59:908-15
  3. http://www.cdc.gov/parasites/gnathostoma/