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Funeral de João Paulo II

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Funeral de João Paulo II
Funeral de João Paulo II
O Cardeal Joseph Ratzinger celebra missa fúnebre em honra do Papa João Paulo II, 2005.
Participantes Colégio dos Cardeais
Católicos
Dignatários estrangeiros
Localização Basílica de São Pedro,
Vaticano
Data 8 de abril de 2005

O Funeral de João Paulo II ocorreu em 8 de abril de 2005, seis dias após seu falecimento em 2 de abril. O funeral foi seguido pela observação de nove dias de luto pela Igreja Católica Romana e pelas Igrejas orientais.[1]

Em 22 de fevereiro de 1996, através da constituição apostólica Universi Dominici Gregis, o Papa João Paulo II havia modificado normas relativas ao processo de vacância da Sé Apostólica. As modificações acabaram por ter efeito primeiramente sobre seu próprio funeral, em 2005.[2]

O funeral do Papa João Paulo II atraiu o maior número de chefes de Estado fora das Nações Unidas em toda a história, ultrapassando o funeral do primeiro-ministro britânico Winston Churchill, em 1965.[3] Nove monarcas e, ao menos, setenta presidentes e primeiros-ministros participaram da cerimônia, além de quatorze outros líderes religiosos não-católicos.[4] O evento fúnebre também é considerado uma das mais aglomerações públicas da história da Cristandade. As ruas de Roma, onde está enclavada a Cidade do Vaticano, ficaram congestionadas devido ao fluxo de peregrinos em direção à Praça de São Pedro.

Antes mesmo que o Colégio dos Cardeais emitissem convites oficiais ao funeral de João Paulo II, cerca de 200 governantes estrangeiros expressaram sua intenção de comparecer à Missa de Réquiem. Entre os mais notórios dignatários, estavam George W. Bush e alguns dos seus antecessores, Silvio Berlusconi, Lula da Silva e alguns antecessores; como: Fernando Henrique Cardoso, José Sarney e Itamar Franco,[5] Aleksander Kwaśniewski, Jacques Chirac, Mary McAleese, Gerhard Schröder, Tony Blair, o Rei Juan Carlos e a Rainha Sofia, e o Príncipe de Gales (que adiou seu casamento com Camilla Parker-Bowles para comparecer à missa).[6][7]

Todos os dignatários foram acomodados em ordem alfabética de acordo com a pronúncia francesa do nome de seus respectivos países e levando em consideração a precedência diplomática, com soberanos à frente dos chefes de Estado eleitos.[8] As maiores delegações foram a italiana (à qual foi reservada a bancada honorária) e a polonesa (país de origem de João Paulo II). Desta forma, o então presidente israelense Moshe Katsav sentou-se somente duas cadeiras de distância do presidente iraniano Mohammad Khatami, com quem as relações diplomáticas estavam suspensas. O presidente taiwanês Chen Shui-bian também compareceu à missa, devido ao reconhecimento da República da China por parte da Santa Sé em detrimento da República Popular da China.

País Chefe da delegação
 Afeganistão Presidente Hamid Karzai
 Albânia Presidente Alfred Moisiu
 Angola Presidente José Eduardo dos Santos
 Argentina Vice-presidente Daniel Scioli
 Armênia Primeiro-ministro Andranik Markaryan
 Austrália Governador-geral Michael Jeffery
 Austrália Presidente Heinz Fischer
 Bangladesh Chowdhury Kamal Ibne Yusuf
 Bélgica Rei Alberto II
 Bolívia Presidente Carlos Mesa
 Brasil Presidente Luiz Inácio Lula da Silva[5]
 Bulgária Presidente Georgi Parvanov
 Canadá Primeiro-ministro Paul Martin
 Chile Ignacio Walker
 Colômbia Vice-presidente Francisco Santos Calderon
Costa Rica Presidente Abel Pacheco
 Cuba Ricardo Alarcón de Quesada
 Dinamarca Rainha Margarida II
Equador Presidente Lucio Gutiérrez
Espanha Rei Juan Carlos
 Estados Unidos Presidente George W. Bush
 França Presidente Jacques Chirac
 Irlanda Presidente Mary McAleese
 Itália Presidente Carlo Azeglio Ciampi
 Japão Yoriko Kawaguchi
 México Presidente Vicente Fox
 Polónia Presidente Aleksander Kwaśniewski
Portugal Portugal Presidente Jorge Sampaio
 Reino Unido Carlos, Príncipe de Gales

Referências