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Ferhat Abbas

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Ferhat Abbas
Ferhat Abbas
Presidente da Assembleia Nacional Constituinte
Período 25 de setembro de 1962
a 15 de setembro de 1963
Antecessor(a) Cargo estabelecido
Sucessor(a) El Hadj Benalla
Presidente da Argélia
(Interino)
Período 18 de setembro de 1958
a 9 de agosto de 1961
Antecessor(a) Abderrahmane Farès
Sucessor(a) Ahmed Ben Bella (como presidente)
Presidente do Governo Provisório da República Argelina
Período 18 de setembro de 1958
a 9 de agosto de 1961
Primeiro-ministro Krim Belkacem
Dados pessoais
Nascimento 24 de agosto de 1899
Taher, Argélia francesa
Morte 24 de dezembro de 1985 (86 anos)
Argel
Partido FLN
Serviço militar
Lealdade  Argélia
Anos de serviço 1936-1938;
1940-1943
Unidade Corpo médico
Conflitos Segunda Guerra Mundial

Ferhat Abbas (24 de outubro de 1889, Taher - 23 de dezembro de 1985) foi um político argelino e o primeiro presidente do Governo Provisório da República Argelina entre 9 de agosto de 1961 e 3 de julho de 1962.

Fundador da Frente de Libertação Nacional (F.N.L.) em 1956 é depois de presidente do Governo Provisório da República Argelina (GPRA) e da subsequente independência do país, eleito como presidente da Assembleia Nacional Constituinte, pelo que é o 1o presidente da República Democrática e Popular da Argélia (em francês: République algérienne démocratique et populaire).

De uma família modesta de Cabilas a Sul de Taher, tem uma formatura em farmácia (1933) na faculdade de Argel. Enquanto estudante funda a Amical dos estudantes muçulmanos da África do Norte. Em 1930 é eleito presidente União nacional dos estudantes da França durante o congresso em Argel em 1930.

Luta pela independência

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Ferhat Abbas é de início favorável a uma política de assimilação, e milita com o Movimento da juventude argelina que reclama a igualdade de direitos no contexto da soberania francesa. Em 1931 publica Le Jeune Algérien onde fala dos problemas da luta contra o colonialismo para assegurar as boas relações entre a França e os muçulmanos.[1]

Voluntário no exército francês durante a Segunda Guerra Mundial, envia uma carta ao Marechal Pétain, chefe do regime de Vichy, relatório intitulado L'Algérie de demain onde chama a atenção sobre a sorte dos indígenas muçulmanos e reclama prudentemente reformas.[2]

Em 10 de fevereiro de 1943 publica um manifesto muito mais forte pedindo a um novo estatuto para a Argélia. O Manifeste du peuple algérien é assinado por 20 eleitos muçulmanos onde se demonstra o fracasso da política adoptada na Argélia pelo governo da III República Francesa,[3] alguns consideram este documento como estando na base do movimento criador do GPRA. Em 1944 cria o hebdomadário Égalité que baseando-se no lema da França, tem como sub-título Égalité des hommes - Égalité des races - Égalité des peuples.

Em 1955 entra para o Frente de Libertação Nacional (FLN) e membro do Conseil national de la révolution algérienne. Depois dos Acordos de Évian ele é o 1o presidente do Governo Provisório da República Argelina entre 9 de agosto de 1961 e 3 de julho de 1962.

Depois da independência da Argélia e da oposição entre o GPRA de Benyoucef Benkhedda e o escritório político do FLN, liga-se aos partidários de Ben Bella, mesmo se está em desacordo com o princípio de em partido único. Sucedeu a Abderrahmane Farès, presidente do executivo provisório, e é eleito pela 1a. Assembleia Nacional Constituinte (ANC) por 155 votos contra 36 brancos ou nulos, assumindo as funções de chefe de Estado a título provisório. A 25 de setembro de 1962, proclama o nascimento da République algérienne démocratique et populaire.[4]

Referências

  1. «BNF: Le Jeune Algérien» (em francês). Visitado: Mar. 2014 
  2. «BNF: La France coloniale.» (em francês). Visitado: Mar. 2014 
  3. «Hrodote» (em francês). Visitado: Mar. 2014 
  4. «JORA» (PDF) (em francês). Visitado: Mar. 2014 

Ligações externas

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