Fórum de Pompeia
Fórum de Pompéia | |
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Localização atual | |
Coordenadas | 40° 44′ 58″ N, 14° 29′ 05″ L |
País | Itália |
Município | Pompeia |
Dados históricos | |
Cidade | Pompeia |
Fundação | 70 a.C. |
Notas | |
Escavações | 1813 |
O Fórum de Pompeia era o local onde se concentrava a vida pública e administrativa da cidade de Pompeia, na Roma Antiga. Juntamente com o resto da cidade, foi soterrado pelas cinzas na erupção do monte Vesúvio, em 79 d.C., e foi redescoberto durante as escavações arqueológicas de 1813 no local.[1]
O Fórum de Pompéia era localizado em uma área da cidade considerada como a zona central, hoje na Regio VII.[1] Neste mesmo local ocorriam eventos de caráter público, tais como transações comerciais, além de debates entre os cidadãos da cidade, e por isso era considerado como sendo o centro político, econômico e também religioso. Além do fórum central, Pompeia também tinha outro fórum mais antigo, conhecido como Fórum Triangular, a sudoeste, e um Fórum Boarium, ou seja, local de comércio de animais, próximo ao Anfiteatro.[2]
Descrição
[editar | editar código-fonte]A construção do Fórum de Pompeia está fortemente relacionada ao período em que ocorreu a ocupação samnita, no século II a.C., período caracterizado pelo forte ênfase na monumentalidade arquitetônica, o que resultou na construção de seus edifícios.[3]
O fórum de Pompeia é caracterizado por seu considerável formato retangular, com uma vasta praça descampada ao centro. Ao norte está localizado o templo de Júpiter Capitolino, principal templo da cidade. Já o setor sul dava acesso à Porta Marina, ao lado da basílica da cidade. O fórum era cortado pela rua denominada Via Del Foro e pela Via Dell’Abbondanza.
Diferentemente das demais cidades romanas, O fórum principal de Pompeia não estava localizado nas proximidades de seu centro geográfico, porém localizava-se no sentido oeste, dando acesso à Porta Marina.
Edifícios
[editar | editar código-fonte](A numeração está de acordo com a imagem ao lado, em sentido horário.)
- II - Macellum, provável mercado central
- III - Santuário dos lares públicos
- IV - Templo de Vespasiano
- VI - Comício[4]
- VII - Edifícios administrativos
- VIII - Basílica
- IX - Templo de Apolo
- X - Mercado de verduras, hoje depósito de artefatos encontrados nas escavações
História
[editar | editar código-fonte]O fórum de Pompéia foi construído no século II a.C.. Seu acesso era fechado para carruagens e suas laterais possuíam importantes edifícios de caráter político, religioso e econômico. No setor norte, os Arcos Honorários fechavam o Fórum - estes possuíam revestimentos de mármore e eram dedicados a família imperial, dispostos nas laterais do templo de Júpiter Capitolino. Também construído no século II A.C., o templo possuía uma larga escadaria sobre uma base, como era característico dos templos romanos. Em seu interior, a cabeça da estátua de Júpiter foi encontrada durante o período das escavações (e que hoje se encontra no Museu Arqueológico de Nápoles).[5]
O fórum parece ter sido bastante danificado pelo terremoto que atingiu a cidade em 62 d.C.. Os arqueólogos disputam se isso significa que edifícios do local foram abandonados após o evento, ou se estavam sendo restaurados ainda 17 anos após o terremoto.[6]
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- BEARD, M. Pompeia: a vida de uma cidade romana. Rio de Janeiro: Record, 2016.
- BUTTERWORTH, A.; LAURENCE, R. Pompéia: a cidade viva. Rio de Janeiro, Record, 2007.
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- Forum - Sitio Archeologico di Pompeii - site oficial (em inglês)
- Edifícios e estruturas de Pompeia
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ a b Site oficial do Parque Arqueológico de Pompeia
- ↑ MAIURI, Amedeo. Pompeii. Roma: Istituto Poligrafico dello Stato, 1954, p. 86.
- ↑ BEARD, Mary. Pompeia. A vida de uma cidade romana. Rio de Janeiro: Record, 2016, pp. 44-52.
- ↑ 79AD - Comitium
- ↑ MAIURI, Amedeo. Pompeii. Roma: Istituto Poligrafico dello Stato, 1954, p. 23.
- ↑ BEARD, Mary. Pompeia. A vida de uma cidade romana. Rio de Janeiro: Record, 2016, pp. 26.