Exército do Povo Paraguaio
Exército do Povo Paraguaio | |
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Emblema do EPP
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Datas das operações | Março de 2008 até o presente |
Motivos | Estabelecer um estado socialista no Paraguai Reforma agrária |
Área de atividade | Paraguai |
Ideologia | Marxismo-leninismo Ambientalismo Nacionalismo de esquerda |
Status | Ativo |
Aliados | FARC (segundo o governo) FPMR |
Inimigos | Paraguai |
O Exército do Povo Paraguaio (em castelhano: Ejército del Pueblo Paraguayo, EPP) é um movimento de guerrilha comunista[2] que orquestrou uma série de operações armadas, incluindo bombardeios, ataques incendiários, tiroteios e sequestros como parte de um sistema organizado de insurgência. Eles operam no norte do Paraguai, com a maioria dos incidentes ocorrendo no Departamento de Concepción, bem como nos departamentos vizinhos de Canindeyú e San Pedro. Acredita-se que o EPP tenha entre 50 e 80 membros.[3]
Em março de 2012, o grupo era suspeito de realizar 27 operações separadas, com mais de metade delas ocorridas após janeiro de 2011. Estes incidentes resultaram na morte de pelo menos 16 pessoas — 9 civis e 7 policiais.[4] Em dezembro de 2013, a revolta resultou na morte de pelo menos 33 civis e policiais,[5] com um número desconhecido de mortos EPP cooperativas. Em meados de 2016, o número de mortes a partir da sublevação tinha superado 60, a maioria deles civis e policiais.
Origem
[editar | editar código-fonte]O EPP começou como um desdobramento de outro grupo marginal radical, o Partido Pátria Livre. Após o PPL ter sido desmantelado pela polícia em 2005, vários membros decidiram formar um novo grupo com o qual continuar a luta armada.[6]
De acordo com Carmen Villalba, membra da organização, o EPP é uma "organização revolucionária e político-militar" e de acordo com uma entrevista conduzida com a mesma em 2012, "O EPP é um [braço] desprendido do PPL. Iniciamos ali e formamos o braço armado. Sempre fomos do Pátria Livre, mesmo que isso tenha sido negado pelos dirigentes do partido".[7]
Pontos de vista políticos e Ideologia
[editar | editar código-fonte]O Exército do Povo Paraguaio se define como marxista-leninista, e diz ser inspirado por José Gaspar Rodríguez de Francia, dito o "pai" da pátria paraguaia e considerado revolucionário pela EPP.[8]
O EPP criticou o governo de Fernando Lugo, dizendo que ele ignorou o país, os problemas sociais e não implementaria a reforma agrária.[9] Em 2012, o EPP declarou guerra ao gabinete de Federico Franco, descrevendo o impeachment de Fernando Lugo como um "roubo de colarinho branco".
O estado Paraguaio descreve o grupo como uma organização terrorista.
Controvérsias
[editar | editar código-fonte]Relações com outras organizações
[editar | editar código-fonte]Sabe-se que pelo menos um líder chave das FARC, Orley Jurado Palomino, foi ao Paraguai para fornecer aconselhamento, formação e liderança operacional para o grupo insurgente.[10]
Antes e durante o sequestro de Cecilia Cubas em 2004, foi alegado de que membros das FARC já estariam comunicando-se com o EPP e que teriam ajudado no planejamento do sequestro.[11]
Referências
[editar | editar código-fonte]- ↑ https://www.metropoles.com/sao-paulo/celula-do-pcc-que-planeja-atentados-treinou-com-guerrilha-paraguaia Em falta ou vazio
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(ajuda) - ↑ «Paraguay: Ejército Paraguayo del Pueblo ya incursiona militarmente»
- ↑ https://www.ultimahora.com/guerrilleros-o-terroristas-la-historia-como-nacio-el-epp-n715259.html Em falta ou vazio
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(ajuda) - ↑ «Tracking the Rise of Paraguay's Rebel Army»
- ↑ "The EPP has now killed 33 people, including police officers and civilians, since 2005, the government said." [1]
- ↑ «Paraguay: Controversy Over Troop Deployment»
- ↑ «Guerrilleros o terroristas: La historia de cómo nació el EPP». ultimahora.com (em espanhol). Consultado em 26 de maio de 2021
- ↑ https://www.descifrandolaguerra.es/insurgencia-en-el-nordeste-de-paraguay/ Em falta ou vazio
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(ajuda) - ↑ «Anuncian ocupaciones violentas en nombre del Ejército del Pueblo Paraguayo». ABC Digital (em espanhol)
- ↑ «Paraguayan guerrillas were trained by the FARC»
- ↑ https://www.abc.com.py/edicion-impresa/politica/fluidos-contactos-con-las-farc-antes-del-secuestro-de-cecilia-cubas-20822.html Em falta ou vazio
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(ajuda)