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Estação Ferroviária do Tua

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(Redirecionado de Estação do Tua)
Tua
Estação Ferroviária do Tua
panorâmica 180° da Estação de Tua, em 2008
Identificação: 11007 TUA (Tua)[1]
Denominação: Estação de Tua
Administração: Infraestruturas de Portugal (norte)[2]
Classificação: E (estação)[1]
Tipologia: C [2]
Linha(s):
Altitude: 90 m (a.n.m)
Coordenadas: 41°12′25.9″N × 7°25′9.41″W

(= 41.20719;−7.41928)

Mapa

(mais mapas: 41° 12′ 25,9″ N, 7° 25′ 09,41″ O; IGeoE)
Município: Carrazeda de AnsiãesCarrazeda de Ansiães
Serviços:
Estação anterior Comboios de Portugal Comboios de Portugal Estação seguinte
Pinhão
Régua
P-Campanhã
P-São Bento
  IR   Alegria
Pocinho

Conexões:
Serviço de táxis
Serviço de táxis
CRZ
Equipamentos: Bilheteira Sala de espera Acesso para pessoas de mobilidade reduzida Lavabos adaptados Lavabos
Endereço: Rua da Estação, s/n
PT-5140-133 Castanheiro CRZ
Inauguração: 1 de setembro de 1883 (há 141 anos)
Website:
 Nota: Para outras interfaces ferroviárias com nomes semelhantes ou relacionados, veja Apeadeiro de São Mamede do Tua, Apeadeiro de Castanheiro ou Estação Ferroviária de Castanheira do Ribatejo.

A Estação Ferroviária do Tua é uma interface da Linha do Douro, situada no concelho de Carrazeda de Ansiães, em Portugal. Foi inaugurada em 1 de Setembro de 1883,[3] serviu de entroncamento com a Linha do Tua (via estreita) desde 29 de Setembro de 1887 até 2008, ano em que foi desactivado o troço desta linha entre Tua e Cachão.[4]

Aspeto das plataformas, em 2019.
Edifício da estação, em 2007.

Localização e acessos

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Esta gare situa-se na antiga freguesia de Castanheiro, com acesso pela Rua da Estação.[5][6]

Infraestrutura

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O edifício de passageiros situa-se do lado norte da via (lado esquerdo do sentido ascendente, a Barca d’Alva).[7][8] Em Outubro de 2004, esta interface apresentava a classificação E da Rede Ferroviária Nacional (Estação),[9] classificação que se mantinha em 2012.[10]

Esta interface apresenta três vias de circulação, identificadas como I, II, e III, com comprimentos de respetivamente 266, 274, e 363 m; as duas primeiras são acessíveis por plataformas com comprimentos de 94 e 190 m, ambas com altura de 685 mm; existem ainda duas vias secundárias, identificadas como Topo G1 e Topo G6, com comprimentos de 110 e 96 m.[2]

Em Janeiro de 2011, existia neste interface um sistema de informação ao público e de abastecimento de gasóleo, prestado pela Rede Ferroviária Nacional.[11]

Em dados de 2023, esta interface é servida por comboios de passageiros da C.P. de tipos regional e inter-regional, com seis circulações diárias em cada sentido, entre Pocinho e Régua ou Porto-Campanhã ou Porto - São Bento.[12]

Gare de via larga, em 1993.
Gare de via estreita, em 1993

Inauguração e ligação à Linha do Tua

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Entre 1876 e 1878, a Associação dos Engenheiros Civis apresentou três grandes planos onde foi proposta a construção de várias linhas férreas, tendo o primeiro alvitrado a continuação da Linha do Douro até ao Pocinho, de onde viraria até Sul para se ligar à Linha da Beira Alta em Vila Franca das Naves.[13] Do Pocinho sairia uma outra via férrea que seguiria parcialmente o vale do Rio Sabor até Bragança.[13] No segundo plano, de Fevereiro de 1877, já surge o vale do Rio Tua como corredor alternativo ao do Sabor, e no terceiro, apresentado em Agosto desse ano, deu-se preferência ao percurso pelo Tua, com passagem por Mirandela e Macedo de Cavaleiros.[13] Nesta altura, apenas o lanço até ao Pinhão estava a ser construído, mas já se planeava o seu prolongamento até Foz-Tua, e uma lei de 23 de Junho de 1880 ordenou o prolongamento da via férrea até à fronteira com Espanha em Barca de Alva, permitindo a continuação das obras.[13] Assim, em 1 de Setembro de 1883, foi aberto à exploração o lanço entre o Pinhão e Foz-Tua,[14] ficando esta última estação como terminal provisório da Linha até à entrada ao serviço do troço seguinte, até ao Pocinho, em 10 de Janeiro de 1887.[15]

Em 1882, foi aberto o concurso para Linha do Tua, de via estreita, entre Foz Tua e Mirandela[16] O primeiro troço da Linha do Tua, entre esta estação e Mirandela, foi inaugurado em 27 de Setembro de 1887, tendo sido organizado um comboio especial para a cerimónia.[17] Este troço só abriu à exploração 2 dias depois,[18] pela Companhia Nacional de Caminhos de Ferro.[19]

A estação de Tua foi servida pelo Comboio Porto-Medina, que circulou cerca de 1904 até ao princípio da Primeira Guerra Mundial, em 1914, unindo a Estação de Porto - São Bento a Medina del Campo.[20] De forma a dar ligação a este serviço, a Companhia Nacional de Caminhos de Ferro criou um comboio rápido de Bragança a Tua.[20] O Porto-Medina foi reatado em 1919, mas foi pouco depois foi definitivamente cancelado, devido à falta de combustível.[20] Outro motivo para o cancelamento deste comboio foi a reduzida procura além da Régua, devido à falta de coordenação com as diligências e autocarros nas estações, incluindo Foz-Tua.[21]

Em 1913, existiam carreiras de diligências entre Carrazeda de Ansiães e a estação ferroviária de Tua.[22]

Comboio InterRegional da Linha do Douro na estação do Tua, em 1993.

Em 1932, estava planeada a construção de uma ponte rodoviária sobre o Rio Tua, que se previa que iria facilitar o acesso de vários concelhos do Distrito de Vila Real à estação de Foz-Tua.[23] Entre as obras aprovadas pela Junta Autónoma das Estradas para o exercício de 1934 a 1935, estava a execução de terraplanagens e da camada de fundação no troço de estrada entre esta estação e a margem esquerda do Rio Tua.[24] Em 1935, a Companhia Nacional realizou obras de conservação nas habitações do pessoal da estação,[25] e em 1939 reparou os dormitórios do pessoal do Serviço do Movimento e Tracção.[26] Em 1 de Novembro de 1949, já tinham sido distribuídos os novos carris de 40 kg/m, para a renovação da via entre Chanceleiros e Foz-Tua, de forma a aumentar a velocidade dos comboios naquele troço.[27]

Em meados do século XX, a maior parte do movimento na Linha do Douro processava-se até Foz-Tua, enquanto que o troço desde esta estação até Barca de Alva apresentava uma procura muito menor, devido principalmente à falta de acessos às estações, uma vez que as únicas gares servidas por estradas naquele troço eram as de Foz-Tua, Pocinho e Barca d’Alva.[28] Em Setembro de 1955, foram feitas viagens especiais de Foz-Tua a Bragança e no sentido inverso, para experimentar uma nova classe de automotoras.[29]

A estação do Tua foi um importante ponto de embarque de produtos agrícolas.[30]

Gare de via estreita, em 2008.

Ligações planeadas a outras linhas

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Em 1917, estava prevista a construção de um caminho de ferro entre Foz-Tua e Viseu, de forma a ligar a Linha do Tua à Linha do Dão, igualmente de bitola métrica e gerida pela Companhia Nacional,[31] e à rede do Vouga.[32]

Em 2008, foi suspensa a circulação ferroviária no troço entre Foz-Tua e Cachão, após um acidente.[4]

Património ferroviário nesta estação, em 2013.

Em Agosto de 2009, ocorreu um incêndio nesta estação, destruindo duas carruagens do tipo Napolitano (em bitola métrica) e danificando parte do armazém de mercadorias.[33]

Em Janeiro de 2011, esta interface contava com três vias de circulação, com 348, 641 e 633 m, e duas plataformas, que apresentavam 114 e 99 m e 35 cm,[11]valores mais tarde[quando?] alterados para os atuais.[2]


Metro de Mirandela
Urban head station
Carvalhais
Urban station on track
Jean Monnet
Urban stop on track
São Sebastião
Urban stop on track
Jacques Delors
Urban stop on track
Tarana
Urban station on track
Mirandela(ant. Piaget)
Urban end station, unused through track
Mirandela(est. original)
Unknown route-map component "uexHST"
Latadas
Unknown route-map component "uexHST"
Frechas
Unknown route-map component "exSTR_steel"   Unknown route-map component "uexKBHFe"
Cachão
Unknown route-map component "exBHF_steel"
Vilarinho
Unknown route-map component "exHST_steel"
Ribeirinha
Unknown route-map component "exBHF_steel"
Abreiro
Unknown route-map component "exHST_steel"
Codeçais
Unknown route-map component "exBHF_steel"
Brunheda
Unknown route-map component "exHST_steel"
Tralhão
Unknown route-map component "exHST_steel"
São Lourenço
Unknown route-map component "exBHF_steel"
Santa Luzia
Unknown route-map component "exHST_steel"
Castanheiro
Unknown route-map component "exHST_steel"
Tralhariz
Unknown route-map component "exKBHFe_steel"
Tua
Unknown route-map component "ex-STRq_steel"
Legenda:
2001-2008 (MM)
Unknown route-map component "uxvSTRq"
2001-2018 (MM)
1995-2018 (MM)

Referências

  1. a b (I.E.T. 50/56) 56.º Aditamento à Instrução de Exploração Técnica N.º 50 : Rede Ferroviária Nacional. IMTT, 2011.10.20
  2. a b c Diretório da Rede 2024. I.P.: 2022.12.09
  3. «Troços de linhas férreas portuguesas abertas à exploração desde 1856, e a sua extensão» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 69 (1652). 16 de Outubro de 1956. p. 528-530. Consultado em 16 de Maio de 2013 – via Hemeroteca Digital de Lisboa 
  4. a b «Acabaram os transportes públicos para as povoações da linha do Tua». Jornal de Notícias. 2 de Julho de 2012. Consultado em 16 de Maio de 2013. Arquivado do original em 12 de Novembro de 2013 
  5. «Tua». Comboios de Portugal. Consultado em 29 de Novembro de 2014 
  6. «Tua - Linha do Douro». Infraestruturas de Portugal. Consultado em 27 de Fevereiro de 2020 
  7. (anónimo): Mapa 20 : Diagrama das Linhas Férreas Portuguesas com as estações (Edição de 1985), CP: Departamento de Transportes: Serviço de Estudos: Sala de Desenho / Fergráfica — Artes Gráficas L.da: Lisboa, 1985
  8. Diagrama das Linhas Férreas Portuguesas com as estações (Edição de 1988), C.P.: Direcção de Transportes: Serviço de Regulamentação e Segurança, 1988
  9. «Directório da Rede Ferroviária Portuguesa 2005». Rede Ferroviária Nacional. 13 de Outubro de 2004. p. 65, 81 
  10. Instrução de exploração técnica nº 2 : Índice dos textos regulamentares em vigor. IMTT, 2012.11.06
  11. a b «Directório da Rede 2012». Rede Ferroviária Nacional. 6 de Janeiro de 2011. p. 73, 87 
  12. Horário Comboios : Linha do Douro : Porto ⇄ Régua ⇄ Pocinho («Horário em vigor desde 06 de julho de 2023»)
  13. a b c d SOUSA, José Fernando de (16 de Setembro de 1941). «Tese apresentada pelo Conselheiro Fernando de Souza no Congresso Transmontano de 1941» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 53 (1290). Lisboa. p. 462. Consultado em 28 de Abril de 2022 – via Hemeroteca Digital de Lisboa 
  14. NONO, Carlos (1 de Setembro de 1949). «Efemérides ferroviárias» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 62 (1481). p. 582-583. Consultado em 21 de Outubro de 2015 – via Hemeroteca Digital de Lisboa 
  15. NONO, Carlos (1 de Janeiro de 1950). «Efemérides ferroviárias» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 62 (1482). p. 741-742. Consultado em 7 de Fevereiro de 2016 – via Hemeroteca Digital de Lisboa 
  16. SERRÃO, 1986:238
  17. JACOB et al, 2010:15
  18. NONO, Carlos (1 de Setembro de 1950). «Efemérides ferroviárias» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 63 (1505). p. 257-258. Consultado em 7 de Fevereiro de 2016 – via Hemeroteca Digital de Lisboa 
  19. AGUILAR, Busquets de (1 de Junho de 1949). «A Evolução História dos Transportes Terrestres em Portugal» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 62 (1475). p. 383-393. Consultado em 21 de Outubro de 2015 – via Hemeroteca Digital de Lisboa 
  20. a b c MAIO, José (1 de Maio de 1951). «O «Porto-Medina»» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 64 (1521). p. 87-88. Consultado em 7 de Fevereiro de 2016 – via Hemeroteca Digital de Lisboa 
  21. MAIO, Guerra (1 de Julho de 1950). «Pousadas e Automotoras» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 64 (1525). p. 161-163. Consultado em 7 de Fevereiro de 2016 – via Hemeroteca Digital de Lisboa 
  22. «Serviço de Diligencias». Guia official dos caminhos de ferro de Portugal. Ano 39 (168). Outubro de 1913. p. 152-155. Consultado em 2 de Março de 2018 – via Biblioteca Nacional de Portugal 
  23. ALCOBAÇA, Visconde de (1 de Agosto de 1932). «A Ponte sobre o Tua e o acesso à Estação do mesmo nome na Linha do Douro» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 45 (1071). p. 362-362. Consultado em 16 de Maio de 2013 – via Hemeroteca Digital de Lisboa 
  24. «Junta Autónoma de Estradas» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 46 (1112). 16 de Abril de 1934. p. 212-213. Consultado em 21 de Outubro de 2015 – via Hemeroteca Digital de Lisboa 
  25. «Os nossos caminhos de ferro em 1935» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 48 (1155). 1 de Fevereiro de 1936. p. 96. Consultado em 21 de Outubro de 2015 – via Hemeroteca Digital de Lisboa 
  26. «O que se fez em caminhos de ferro no ano de 1939» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 52 (1249). 1 de Janeiro de 1940. p. 35-40. Consultado em 21 de Outubro de 2015 – via Hemeroteca Digital de Lisboa 
  27. «Linhas Portuguesas» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 62 (1485). 1 de Novembro de 1949. p. 664. Consultado em 7 de Fevereiro de 2016 – via Hemeroteca Digital de Lisboa 
  28. MAIO, José (1 de Março de 1950). «A infeliz linha do Douro» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 63 (1494). p. 17-20. Consultado em 7 de Fevereiro de 2016 – via Hemeroteca Digital de Lisboa 
  29. «Linhas Portuguesas» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 68 (1627). 1 de Outubro de 1955. p. 353. Consultado em 21 de Maio de 2012 – via Hemeroteca Digital de Lisboa 
  30. VEIGAS, 1888:141
  31. «Efemérides» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 51 (1232). 16 de Abril de 1939. p. 221-223. Consultado em 21 de Outubro de 2015 – via Hemeroteca Digital de Lisboa 
  32. SOUSA, José Fernando de (1 de Junho de 1939). «O problema nacional ferroviário e a coordenação dos transportes» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 51 (1235). p. 269-271. Consultado em 16 de Fevereiro de 2014 – via Hemeroteca Digital de Lisboa 
  33. ZING, Jesus (13 de Agosto de 2009). «Incêndio destrói carruagens antigas». Jornal de Notícias. Consultado em 16 de Maio de 2013 
Manípulos de APVs na estação do Tua.
  • JACOB, João Manuel Neto; ALVES, Vítor Simões (2010). Bragança: Roteiros Republicanos. Col: Roteiros republicanos, 15. Matosinhos: Quidnovi, Edição e Conteúdos, S. A., e Comissão Nacional para as Comemorações do Centenário da República. 127 páginas. ISBN 978-989-554-722-7 
  • SERRÃO, Joaquim Veríssimo (1986). História de Portugal: O Terceiro Liberalismo (1851 - 1890). Volume 9 de 19. Lisboa: Verbo. 423 páginas 
  • VIEGAS, Francisco José (1988). Comboios Portugueses: Um Guia Sentimental. Lisboa: Círculo de Editores. 185 páginas 
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Ligações externas

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