Estádio da Montanha
Estádio da Montanha | |
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Card comemorativo do jogo inaugural contra o São Paulo em 1941 | |
Nomes | |
Nome | Estádio da Montanha |
Apelido | Colina Melancólica |
Características | |
Local | Porto Alegre, RS, Brasil |
Gramado | Grama natural |
Capacidade | 20.000 espectadores |
Construção | |
Data | 1939 a 1941 |
Inauguração | |
Data | 16 de março de 1941 |
Partida inaugural | Cruzeiro 1x0 São Paulo |
Primeiro gol | Gervásio (Cruzeiro) |
Recordes | |
Público recorde | 20.000 pessoas |
Data recorde | 16 de março de 1941 |
Partida com mais público | Cruzeiro 1x0 São Paulo |
Fechado | 1970 |
Proprietário | Esporte Clube Cruzeiro |
Administrador | Esporte Clube Cruzeiro |
O Estádio da Montanha era situado em Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul. Tinha como proprietário o Cruzeiro, uma das equipes mais tradicionais de Porto Alegre.
História
[editar | editar código-fonte]Localizado na avenida Natal, o estádio recebeu o apelido de Colina Melancólica por ser vizinho de vários cemitérios - o que, por vezes, causava constrangimentos com enterros durante treinamentos ou jogos.[1] Na época de sua inauguração, era o maior e mais moderno estádio da capital gaúcha. Foi o primeiro com túnel de acesso dos vestiários ao campo e chegou a ter um plano de cobertura, o que seria inédito para a época.[1]
A inauguração foi em 7 de março de 1941, em partida contra o São Paulo, com vitória por 1x0, com gol de Gervásio.[1]
Nos anos 1960, porém, alguns problemas começaram a aparecer. O público, que costumava vir de bonde para os jogos, passava a chegar de carro e no local não havia estacionamento. Além disso, havia a superlotação nos cemitérios de Porto Alegre. O Cruzeiro, então, entrou em negociação com a Associação Cristã de Moços (ACM) e a empresa Cortel Engenharia, em um acordo ainda obscuro.[1]
A principal interessada no acordo era a empreiteira, e não a ACM, que foi chamada apenas pela necessidade do local ser gerido por uma entidade sem fins lucrativos. A ACM receberia uma contrapartida de 14 mil sepulturas e mais 10% do valor arrecadado com as demais. Já o Cruzeiro receberia, inicialmente, uma área de 22 hectares no Morro Santana, na zona leste de Porto Alegre. O projeto do clube era construir um estádio com capacidade para 35 mil hectares e coberto, com campo de treinamento anexo e sede social. O lugar, porém, não tinha muros ou grades, permitindo muitas invasões. Há suspeitas, também de partes do terreno terem sido negociadas paralelamente. Quando o Cruzeiro tomou posse, dos 22 hectares só restavam cerca de 10.[1] Por contrato, o clube ainda receberia 28,9% da exploração de jazigos no cemitério durante dez anos ou até que 14 mil jazigos fossem vendidos. Mas o espaço destinado ao Cruzeiro não abrangia toda construção do cemitério, o que reduziu o lucro.[1]
O clube vendeu o Estádio da Montanha para a construção do Cemitério Ecumênico João XXIII, localizado próximo ao Estádio Olímpico do Grêmio, no bairro Medianeira.[2] O último jogo do Cruzeiro na Montanha ocorreu no dia 8 de novembro de 1970, com vitória do Cruzeiro por 3 a 2 sobre o Liverpool do Uruguai. Muitos torcedores deixaram o local chorando. Até hoje existe uma parte da arquibancada no cemitério.[3]
Referências
- ↑ a b c d e f Saldanha, Marinho (9 de novembro de 2021). «Arquibancadas no cemitério». UOL. Consultado em 9 de novembro de 2021. Cópia arquivada em 9 de novembro de 2021
- ↑ *UOL Futebol (28 de novembro de 2012). «Sepultado de frente para o Olímpico, idealizador do estádio 'zela' pelo Grêmio há 39 anos». http://esporte.uol.com.br/. Consultado em 14 de setembro de 2016
- ↑ *Guia Futebol na Veia (3 de junho de 2014). «O cemitério com arquibancadas de Porto Alegre». http://impedimento.org/. Consultado em 14 de setembro de 2016. Arquivado do original em 11 de outubro de 2016