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Escudo (biologia)

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Um escudo ou placa (latim scutum, plural: scuta "escudo") é uma placa óssea externa, como o casco de uma tartaruga, a pele de crocodilos e as garras das aves. O termo também é usado para descrever a porção anterior do mesonoto dos insetos, bem como alguns aracnídeos (por exemplo, a família Ixodidae).

Este detalhe de um Glyptodon exibe seu escudos. Retirado da coleção do Museu infantil de Indianápolis.
Detalhe dos escudos da Tartaruga-Leopardo

Escudos são similares às escamas e servem à mesma função. Ao contrário das escamas de cobras e lagartos, que são formadas a partir da epiderme, escudos são formados na camada vascular mais baixa da pele, enquanto a porção disposta na epiderme é apenas a superfície do escudo [carece de fontes?]. Devido a sua formação na derme viva, os escudos possuem estrutura semelhante à de um chifre, assemelhando-se a escamas apenas quando vistos de cima. Escudos, normalmente, não se sobrepõem como observado em escamas de cobra (com exceção do pangolim). A camada exterior de queratina é formada individualmente sobre cada peça, ao contrário da camada contínua de pele observada em cobras e lagartos. A base dérmica dos escudos pode conter osso e produzir uma armadura dérmica. Escudos com bases óssea são chamados de osteodermas. Escudos dérmicos também são encontrados nos pés de aves e nas caudas de alguns mamíferos, e acredita-se ser a forma primitiva de armadura dérmica em répteis.

O termo também é usado para descrever a armadura do tatu (dasipodídeos; clamiforídeos) e do extinto Glyptodon, e é ocasionalmente usado como uma alternativa para escamas na descrição de cobras ou de certos peixes, como o esturjão, o sável, o arenque, e menhaden.

O casco das tartarugas é coberto por escudos formados principalmente de queratina. Eles são construídos de forma semelhante a chifres, bicos, ou unhas observados em outras espécies.

O tarsometatarso e os dedos da maioria das aves são cobertos por dois tipos de escamas. Escudos maiores correm ao longo do dorso do tarsometatarso e dos dedos das garras, enquanto que escudos menores correm ao logo dos lados. Ambas as estruturas possuem homologia histoquímica com escamas de répteis, contudo pesquisas sobre o seu desenvolvimento evolutivo revelaram que as escamas das garras de pássaro evoluíram secundariamente através da supressão do gene de produção de penas.[1][2][3] O desbloqueio da supressão do gene resulta no aparecimento de penas, no lugar de escamas, ao longo do tarsometatarso e dedos das garras.[1][2][3] Fósseis de espécies de dinossauros que existiram próximas à origem das aves apontam para a existência de "asas nas patas", sugerindo que a aquisição de penas tenha se manifestado no corpo todo, e não isoladamente em algumas partes.[3] A "palma" das garras dos pássaros são cobertas por pequenas estruturas enquilhadas semelhantes a escamas, conhecidas como retículas. Estudos sobre o desenvolvimento evolutivo dessas estruturas revelaram que elas são compostas inteiramente de alfa-queratina (escamas epidérmicas verdadeiras são compostas de uma mistura de queratina alfa e beta). Estes dados têm levado alguns pesquisadores a sugerir que as retículas são, na verdade, penas altamente truncadas.[4]

Referências

  1. a b Sawyer, R.H., Knapp, L.W. 2003. Avian Skin Development and the Evolutionary Origin of Feathers. J. Exp. Zool (Mol Dev Evol) 298B:57–72.
  2. a b «Evolutionary Origin of the Feather Epidermis». Dev. Dyn. 232. doi:10.1002/dvdy.20291 
  3. a b c «A new scenario for the evolutionary origin of hair, feather, and avian scales». Journal of Anatomy. 214. doi:10.1111/j.1469-7580.2008.01041.x 
  4. «Hind wings in basal birds and the evolution of leg feathers». Science. 339. PMID 23493711. doi:10.1126/science.1228753