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Discussão:Elite

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Primeiramente deve saber que a elite social existe desde os primórdios da humanidade.Trata-se da classe privilegiada, mas não somente em questões financeiras podem existir elites sociais de vários tipos ao longo da história. Elite de guerreiros na antiguidade, etc Segundo Thomas B. Bottomore, a palavra "elite" era usada durante o século XVIII para nomear produtos de qualidade excepcional. Posteriormente, o seu emprego foi expandido para abarcar grupos sociais superiores, tais como unidades militares de primeira linha ou os elementos mais altos da nobreza. Gaetano Mosca, pensador político italiano, foi o primeiro grande teórico da Teoria das Elites com sua doutrina da classe política. Vilfredo Pareto com sua teoria da "circulação das elites" e Robert Michels com sua concepção da "lei de ferro da oligarquia". Elite, de modo geral, pode ser considerado como um grupo dominante na sociedade. Especificamente, o conceito possui diversas definições. Para alguns autores, como Vilfredo Pareto, elite significa uma alternativa teórica ao conceito de classe dominante de Karl Marx. Pode também referir-se a um grupo situado em uma posição hierárquica superior numa dada organização e com o poder de decisão política e econômica, como definido por Wright Mills. Pode significar genericamente um grupo localizado em uma camada hierárquica superior em uma dada estratificação social. Pode ser o grupo minoritário que exerça uma dominação política sobre a maioria dentro de um sistema de poder democrático, tal como definido por Robert Dah Elite pode ser uma referência genérica a grupos posicionados em locais hierárquicos de diferentes instituições públicas, partidos ou organizações de classe, ou seja, pode ser entendido simplesmente como aqueles que têm capacidade de tomar decisões políticas ou econômicas. Pode ainda designar aquelas pessoas ou grupos capazes de formar e difundir opiniões que servem como referência para os demais membros da sociedade. Neste caso, elite seria um sinônimo tanto para liderança quanto para formadores de opinião. Outra forma de identificar uma elite é aproximando-a da categoria intelectual da classe dirigente, ou seja, um intelectual orgânico, tal como definido por Antonio Gramsci. Neste caso, a idéia de formar opinião pública é substituída pela idéia de construção ideológica, entendida como a direção política em um dado momento histórico. Sob este aspecto, a elite cumpriria também o papel de dirigente cultural. Atualmente, a palavra elite é normalmente entendida como a classe social com maior poder econômico, muito criticada pelo socialismo e por grupos de esquerda. Elitismo é o sistema embassado no favorecimento de uma Minoria, normalmente de membros da aristocracia. No Brasil discute-se muito, atualmente, sobre o elitismo nas universidades públicas estaduais e federais. Para melhor entendimento do elitismo podemos citar este artigo : “O Elitismo provém, não da prosperidade ou de funções sociais específicas, mas de um vasto e complexo corpo de símbolos, inclusive de condutas, estilos de vestimenta, sotaque, atividades recreativas, rituais, cerimônias e de um punhado de outras características. Habilidades e aptidões que podem ser ensinadas são conscientes, enquanto o grande vulto de símbolos que forma o verdadeiro elitismo é inconsciente.” (Political Anthropology – An Introduction, Massachusetts: Bergin & Garvey Publishers, l983, pg. 112).

O elitismo pode se apresentar como diversas formas de pensamento que favorecem as mais prósperas camadas sociais. É amplamente criticado, principalmente no Brasil, onde predominam grupos esquerdistas em defesa do "povo", no sentido de uma grande massa popular composta de pessoas de baixa renda. Anti-elitismo é uma ideologia que critica a elite, uma camada social com grande poder econômico. O marxismo diz que a elite é culpada pela pobreza da classe baixa. Elite na Ordem da Cavalaria Mediaval Estipulou-se que somente seriam aceitos na cavalaria descendentes de cavaleiros; no século XII, sob a influência da Igreja, este grupo dos miles passou a ser considerado uma ordo e tornou-se o próprio símbolo da aristocracia [ . Se, no entanto, de acordo com Johan Huizinga, a ordem da cavalaria pode ser descrita “como um ideal estético revestindo o aspecto de ideal ético” (s/d, p. 71), é porque a definição de um estatuto jurídico diferenciado não bastava para que a nobreza afirmasse sua superioridade social: era necessário criar também um estilo de vida, um código de conduta que distinguisse com clareza o grupo dos privilegiados. A ordem da cavalaria foi o meio encontrado pela nobreza para resguardar-se no plano institucional; a afirmação dos valores morais desta elite foi a função desempenhada pelo ideal da cortesia. O termo cortezia, derivado de court (corte) para designar o conjunto de qualidades do nobre Também no periodo feudal demonstrar prestígio à elite feudal era resultado da reunião de obras de arte ou pequenos acervos na Idade Média. Na Idade Média, o hábito de reunir obras de arte era demonstração de prestígio para a elite feudal. Brasil , na fase anterior a revolução de 30, No Brasil , na fase anterior a revolução de 30,, a elite política da época faz de conta que não existe nenhuma movimento de revolta no seio do povo. Desta forma, ignora as reivindicações do proletariado, os seus interesses, destacando que "a questão social era um caso de polícia" ( Washington Luís). Texto de introdução a seminário organizado pelo Centro de Treinamento para o Desenvolvimento Econômico - CENDEC, Brasília, 1986. O Problema A Educação de Elite em Sociedades

Nenhuma sociedade pode funcionar adequadamente se não tiver elites competentes em posições de liderança e de direção em suas principais instituições - companhias, sindicatos, órgãos públicos, serviços de saúde, bancos, universidades, partidos políticos. Nas sociedades democráticas, o recrutamento e a educação de elite deve ser abrangente e universalista, de modo a evitar que uma determinada classe ou estrato social monopolize posições de prestigio e poder. É por essa razão que a educação superior, em sociedades democráticas, é considerada como uma responsabilidade do setor público, mesmo quando levada a efeito por instituições privadas

A educação superior está geralmente associada a dois processos intimamente relacionados: a profissionalização e o credencialismo. No Brasil, há a tendência a percebê-los como a mesma coisa. Dessa forma, as universidades são vistas como fornecedoras de educação especializada a seus alunos, os quais se tornam legalmente autorizados a desempenhar um determinado número de atividades profissionais. Segundo essa perspectiva, a sociedade deve estar organizada de tal modo que todas as atividades profissionais sejam desempenhadas por profissionais legalmente autorizados através de diploma fornecido por instituições educacionais oficialmente credenciadas. Quando a realidade não condiz com esse modelo, isto é visto como uma das muitas imperfeições da sociedade brasileira que precisam ser corrigidas.

A Educação de Elite

No entanto, uma perspectiva comparativa mostra que as coisas podem ser bem diferentes. Todos os países têm instituições que se dedicam à educação das elites; porém, há uma grande variedade na maneira pala qual essas instituições são organizadas e no conteúdo do que ensinam. O que há de comum entre, digamos, a École Politechnique francesa, a Business School de Harvard, a Universidade de Tóquio e Oxford? Muito pouco, a não ser o fato de serem todas instituições de prestigio e qualidade e de seus alunos se destinarem a posições de grande responsabilidade e reconhecimento em seus respectivos países. O acesso a essas instituições é bastante competitivo e seletivo, e a qualidade de seus professores e alunos, aliada a seu status de elite, parecem ser suficientes para capacitá-las a dar aos alunos o tipo de educação que se espera que tenham. Se essas instituições ensinam engenharia, administração de empresas ou literatura não parece fazer muita diferença. (Palavras ditas em um seminário em Brasilia, relacionado ao futuro das profissões no Brasil) Semana de Arte Moderna e a Elite Um dos equívocos mais freqüentes das análises da Semana consiste em identificá-la com os valores de uma classe média emergente. Ela foi patrocinada pela elite agrária paulista. E os princípios nela expostos adaptavam-se às necessidades da refinada oligarquia do café. Uma oligarquia cosmopolita, cujos filhos estudavam na Europa e lá entravam em contato com o "moderno". Uma oligarquia desejosa de se diferenciar culturalmente dos grupos sociais. Enfim, uma classe que encontrava no jogo europeísmo (adoção do "último grito" europeu) - primitivismo (valorização das origens nacionais) - que marcaria a primeira fase modernista - a expressão contraditória de suas aspirações ideológicas.

Outro equívoco é considerar o movimento como essencialmente antiburguês. O poema Ode ao burguês, de Mário de Andrade, e alguns escritos de outros participantes da Semana podem levar a esta conclusão. Mas não esqueçamos que a burguesia rural, vinculada ao café, apoiou os jovens renovadores. E, além disso, toda crítica dirigia-se a um tipo de burguesia urbana, composta geralmente de imigrantes, inculta, limitada em seus projetos, sem grandeza histórica, ao contrário das camadas cafeicultoras, cujo nível de refinamento cultural e social era muito maior