Dinómenes (tiranicida)
Dinómenes (também escrito como Dinômenes ou Deinomemes) foi um dos participantes da conspiração que assassinou o tirano Jerônimo de Siracusa, em 215 a.C., e foi eleito pelos siracusanos um de seus generais.[1]
Contexto histórico
[editar | editar código-fonte]Siracusa havia sido governada pelo tirano Hierão II, cuja política exterior favorecia a aliança com Roma, durante a Segunda Guerra Púnica. Com a morte de Hierão, em 216 a.C., a monarquia passou para seu neto, Jerônimo, então com 15 anos de idade.[2] Jerônimo era filho de Gelão II e Nereida, sendo neto de Hierão, por parte do pai, e descendente de Pirro, por parte da mãe.[3]
Jerônimo tinha, como conselheiros, quinze homens indicados por Hierão, porém seus dois tios, genros de Hierão II, chamados Andranadoro e Zepo, o convenceram a tomar o poder, com ele se tornando marionete deles. Em decorrência da derrota romana na Batalha de Canas, Jerônimo procurou a aliança de Cartago, enviando embaixadores a Aníbal.[2]
Assassinato de Jerônimo
[editar | editar código-fonte]Jerônimo tinha ambições de conquistar e reinar sobre toda a Sicília, assim como havia feito seu avô.[Nota 1][4] Jerônimo planejou avançar contra Leontinos com 15.000 soldados, sem saber que entre eles havia vários conspiradores. Dinómenes, que fazia parte de sua guarda, fingiu prender seu pé, de forma a formar uma separação entre Jerônimo e seus guardas. Jerônimo, sozinho, foi esfaqueado várias vezes, antes que pudesse chegar socorro. Os guardas atacaram Dinómenes, que escapou com apenas dois ferimentos.[5] Jerônimo havia governado por apenas treze meses.[2]
General
[editar | editar código-fonte]Adranodoro, tio de Jerônimo por ser casado com Demárata, filha de Hierão, incentivado por sua esposa que queria ser rainha, pretendeu tomar o poder, mas, vendo que a situação era delicada, aceitou que Siracusa permanecesse livre.[6]
Foram eleitos pretores, dentre os quais Adranodoro, e os conspiradores ausentes, Dinómenes e Sopater. Dinómenes e Sopater trouxeram o tesouro, que estava em Leontinos, e deixaram sob a guarda de questores.[7]
Dinómenes e Sosis foram os generais de um exército enviado para socorrer Leontinos, quando esta foi atacada por Marcelo, porém Leontinos foi tomada antes da chegada deste exército.[8]
Morte
[editar | editar código-fonte]Os texto antigos não dizem como Dinómenes morreu.[carece de fontes]
Os pretores de Siracura foram mortos após se refugiarem em Achradina e serem massacrados por mercenários, desertores e a guarda real. Siracusa caiu em poder de Hipócrates e Epicides, aliados dos cartagieses.[9] Sosis sobreviveu, e serviu como embaixador quando Marcelo tentou obter a rendição de Achradina.[10]
Notas e referências
Notas
- ↑ Existem divergências entre os historiadores sobre se o pai de Nereida era Pirro, o famoso general e inimigo de Roma, ou seu neto Pirro II do Epiro.
Referências
- ↑ William Smith, Dictionary of Greek and Roman Biography and Mythology, 2. Deinomenes [https://web.archive.org/web/20121015180523/http://www.ancientlibrary.com/smith-bio/0958.html Arquivado em 15 de outubro de 2012, no Wayback Machine. [em linha]]
- ↑ a b c William Smith, Dictionary of Greek and Roman Biography and Mythology, Hieronymus [https://web.archive.org/web/20070405211921/http://www.ancientlibrary.com/smith-bio/1566.html Arquivado em 5 de abril de 2007, no Wayback Machine. [em linha]]
- ↑ Resumo do artigo Gelão II.
- ↑ Tito Lívio, História Romana, 24.6 [em linha]
- ↑ Tito Lívio, História Romana, 24.7
- ↑ Tito Lívio, História Romana, 24.22
- ↑ Tito Lívio, História Romana, 24.23
- ↑ Tito Lívio, História Romana, 24.30
- ↑ Tito Lívio, História Romana, 24.32
- ↑ Tito Lívio, História Romana, 25.5 [em linha]