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Depuração plasmática

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Depuração plasmática é um conceito largamente aplicado no estudo de eliminação de substâncias do organismo, tanto exógenas [nota 1] quanto endógenas.[nota 2]

Na fisiologia humana, a depuração plasmática (clearance em inglês), depuração plasmática renal ou depuração renal (quando se referindo à função dos rins), de uma substância é o inverso da constante de tempo que descreve sua taxa de remoção do sangue dividida por seu volume de distribuição (ou água corporal total).[1] No caso da depuração renal, é uma relação que permite quantificar uma substância específica excretada na urina, em relação à quantidade devolvida à circulação sistêmica[2]

É o termo adotado na medicina para designar a capacidade de retirada, pelos rins, de alguma substância da corrente sanguínea.

É expressa em termos do volume de fluxo sanguíneo arterial ou plasmático que contém a quantidade de substância retirada, por unidade de tempo. É medida em mililitros por minuto. Sua abreviatura é "C" (de Clearance), seguida de indicador da substância retirada, por exemplo, depuração de creatinina (Ccr)

Em outras palavras, o clearence é a medida de quanto volume de água corpórea se torna completamente livre da substância em uma dada unidade de tempo. Por exemplo, um clearence de 12ml/min indica que a cada minuto 12 mililitros de água corpórea não mais contém nenhuma quantidade da substância em questão.

Para outras substâncias que não são tão bem depuradas como a creatinina (substância endógena mais utilizada na clínica médica) ou inulina (substância exógena,utilizada em ensaios laboratoriais), pode-se usar o clearance fracional, que corresponde à razão entre o clearance da substância investigada e o clearance da creatinina ou inulina, considerados ideais (Cx/Ccr), dando um indicativo da porcentagem da substancia que é filtrada.

O caso da leptina

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[3]

Onde: LeptP - leptina no plasma sanguíneo; MC - massa corporal; RSyn - produção de leptina pelo tecido adipose; TFG - Taxa de filtração glomerular; e C - Depuração plasmática.

O conceito de depuração plasmática pode ser aplicado em situações de natureza variada. Tanto substâncias endógenas quanto exógenas podem ser modeladas com o conceito de depuração plasmática. A equação usada é um caso de equação diferencial ordinária. No exemplo, a leptina é um hormônio produzido por tecido adiposo branco e possui como função principal de sinalizar abundância ou falta de energia no corpo, controlando metabolismo e apetite.

Variação da depuração plasmática no modelo da leptina. Quanto mais rápido a leptina for eliminada, maiores valores de depuração plasmática, maior será a tendência a ganhar massa.

Modelo de um compartimento

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Um dos modelos mais populares em farmacocinética é chamado de um compartimento. Usa-se uma equação diferencial de primeira ordem, dose subtraindo a eliminação.([4], [5]).

Estudo da depuração em um modelo de compartimento único, dose - eliminação = taxa de eliminação.

Notas

  1. Substâncias exógenas são as introduzidas ao corpo, como drogas lícitas e ilícitas. A diferença pode ser complicada, como a insulina que pode ser endógenas ou exógena, no caso do uso terapêutico em diabetes.
  2. substâncias endógenas são produzidas pelo organismo, e.g. hormônios.

Referências

  1. Stedman dicionário médico; traduzido sob a coordenação de Sérgio Augusto Teixeira. - 23 edição - Rio de Janeiro: Guanabara koogan, 1987 ISBN 85-226-0224-7
  2. KOEPPEN, Bruce M. Berne & Levy Fisiologia, 6a ed. pag. 569. Rio de Janeiro : Elsevier, 2009
  3. J. Tam, Dai Fukumura, and Rakesh K. Jain. A mathematical model of murine metabolic regulation by leptin: energy balance and defense of a stable body weight. Cell Metab. 2009 January 7; 9(1): 52–63. doi:10.1016/j.cmet.2008.11.005.
  4. COLLEGY OF PHARMACY. The University of Rhode Island. IMODR: Basic Pharmacokinetic and Pharmacodynamic Models. Online: http://web.uri.edu/pharmacy/research/rosenbaum/imodr/. Último acesso em: Abril, 2016.
  5. ROSENBAUM, S. E Basic pharmacokinetics and pharmacodynamics: an integrated textbook and computer simulations, John Wiley & Sons, 2011.