Crotalaria
Crotalaria | |||||||||||||
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Classificação científica | |||||||||||||
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Espécies | |||||||||||||
Crotalaria é um género botânico pertencente à família Fabaceae. Possui cerca de 300 espécies descritas, com a ressalva de que nem todas pertencem realmente ao gênero.[1]
Algumas espécies do gênero
[editar | editar código-fonte]Muitos arbustos desse gênero, comum na Região Nordeste do Brasil, são chamados de xiquexique (xique-xique) e chocalho. Hoehne atribui tais nomes às características do fruto, que é um legume quasi vesiculoso, de casca membranácea rija, em que as sementes, depois de maduras, se soltam e chocalham, produzindo um rumor de guizo de cascavel, inclusive daí a escolha do nome do gênero Crotalaria a Crotalus.[1] (oc. p.137) Ainda segundo esse autor, as referências à toxidez das crotalárias do Brasil são mais raras do que na América do Norte e África, onde são mais comuns nos pastos. Nos pastos e capoeiras brasileiras, foram identificadas cerca de 35 espécies, perigosas porque o gado as procura com avidez por serem boas forrageiras. Entre as mais perigosas do gênero, estão a C. sagittalis L. e a C. nubica Beneth.
A Crotalaria retusa L. possui folhas amargas com ação eméticaː em algumas regiões da América Central e Guianas, são empregadas na culinária como uma espécie de couve e, na medicina popular, contra cólicas", "catarros sanguíneos", moléstias da pele etc. (Hoehne oc. p.137) [1]
Diversas espécies, tais como C. spectabilis (Indo-Asiática)[2], C. pallida (sin. C. mucronata, de ocorrência natural no Brasil)[3], C. incana (América Central)[4] e C. juncea (Índia)[5] já foram descritas em clínica veterinária ou estudos experimentais como tóxicas. Algumas espécies, como a espécie indiana Crotalaria madurensis Var. kurnoolica, exibem um amplo espectro de atividade antimicrobiana em micro-organismos patogênicos humanos, tendo sido testadas em 6 espécies de bactérias (gram positivas e negativas) e duas linhagens de fungos.[6] [7] A Crotalaria juncea costuma ser utilizada para adubação verde, controle de nematódeos e controle de Aedes aegypti, pois atrai libélulas, que costumam se alimentar dos adultos e das larvas de A. aegypti.[8]
Classificação do gênero
[editar | editar código-fonte]Sistema | Classificação | Referência |
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Linné | Classe Diadelphia, ordem Decandria | Species plantarum (1753) |
Espécies
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Crotalaria incana
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Crotalaria juncea
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Crotalaria lanceolata (?)
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Crotalaria medicaginea
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Crotalaria mucronata
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Crotalaria retusa
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Crotalaria spectabilis
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Crotalaria striata
Ver também
[editar | editar código-fonte]Referências
- ↑ a b c HOEHNE.F.C. Plantas e substâncias vegetais tóxicas e medicinais. SP, Departamento de Botânica do Estado, 1939
- ↑ SOUZA, Adriana Coelho de; HATAYDE, Mario Roberto; BECHARA, Gervásio Henrique. Aspectos patológicos da intoxicação de suínos por sementes de Crotalaria spectabilis (Fabaceae). Pesq. Vet. Bras., Rio de Janeiro , v. 17, n. 1, Jan. 1997. Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-736X1997000100003&lng=en&nrm=iso>. access on 01 Feb. 2015.
- ↑ BOGHOSSIAN, Murilo R. et al . Aspectos clínico-patológicos da intoxicação experimental pelas sementes de Crotalaria mucronata (Fabaceae) em bovinos. Pesq. Vet. Bras., Rio de Janeiro , v. 27, n. 4, Apr. 2007 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-736X2007000400004&lng=en&nrm=iso>. access on 01 Feb. 2015.
- ↑ QUEIROZ, Gustavo Rodrigues ; RIBEIRO, Rita de Cássia Lima; FLAIBAN, Karina Keller Marques da Costa; BRACARENSE, Ana Paula Frederico Rodrigues Loureiro; LISBOA, Júlio Augusto Naylor. Intoxicação espontânea por Crotalaria incana em bovinos no norte do estado do Paraná. Semina: Ciências Agrárias, Londrina, v. 34, n. 2, p. 823-832, mar./abr. 2013 PDF Acesso Fev. 2015
- ↑ COLEGATE S.M.; GARDNER D.R.; JOY, R.J. BETZ, J.M.; PANTER, K.E Dehydropyrrolizidine Alkaloids, Including Monoesters with an Unusual Esterifying Acid, from Cultivated Crotalaria juncea (Sunn Hemp cv.’Tropic Sun’). Journal of Agricultural and Food Chemistry 2012;60(14):3541-3550.
- ↑ BHAKSHU, L. Md.; RATNAM, K. Venkata; VENKATARAJU, R. R. Medicinal Properties and Antimicrobial Activity of Crotalaria madurensis Var. kurnoolica. Ethnobotanical Leaflets 12: 758-62. 2008. PDF Acesso Fev. 2015
- ↑ ROYAL BOTANIC GARDEN EDINBURGH. Crotalaria madurensis Wight - Herbarium Specimen Image Acesso Fev. 2015
- ↑ Livre pensar é só pensarǃ. Disponível em https://livrepensar.wordpress.com/?s=beleza para combater o mosquito. Acesso em 7 de julho de 2016.