Corema album
camarinha; camarinheira Corema album | |||||||||||||||
---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|---|
Classificação científica | |||||||||||||||
| |||||||||||||||
Nome binomial | |||||||||||||||
Corema album (L.) |
Corema album (L.), conhecida pelos nomes comuns de camarinha ou camarinheira, é um arbusto da família Ericaceae, não obstante em algumas floras ainda surgir erradamente identificada como Empetraceae.[1]
Descrição
[editar | editar código-fonte]É um pequeno arbusto sempre-verde, dioico, com altura geralmente inferior a 1 m e ramos erectos muito ramificados. As suas ramagens libertam um odor semelhante ao do mel[1].
As folhas estreitas, lineares, com 10 mm de comprimento e 1 mm de largura, verde-escuras.
Floresce entre Março e Maio, com flores masculinas e femininas, em cachos terminais com 5 a 10 flores que surgem na extremidade dos ramos[1]. As pétalas são de cor rosa-pálido nas flores masculinas e habitualmente ausentes nas flores femininas.
Produz em Julho/Setembro um pequeno fruto branco com a forma de uma drupa carnuda, comestível.
Distribuição
[editar | editar código-fonte]A planta é frequente em sistemas dunares ou em matas baixas dos pinhais, para o qual contribui a sua capacidade de controlar a transpiração, e desta forma o seu conteúdo hídrico.
Tem uma distribuição restrita, estando confinada à costa ocidental atlântica da Península Ibérica e Aquitânia, França.[1]
Este arbusto apesar de também poder ser adaptado como ornamental, encontra-se sobretudo no seu habitat natural.
Subespécies
[editar | editar código-fonte]A subespécie Corema album (L.) D.Don ssp. azoricum P.Silva[2] é um endemismo dos Açores, onde é espécie protegida[3]. A subespécie ocorre nas ilhas de São Miguel, Graciosa, São Jorge, Pico e Faial[4].
Propriedades terapêuticas
[editar | editar código-fonte]O extrato de camarinha poderá ter propriedades anticancerígenas, revelam os resultados de um estudo liderado por uma equipa da Unidade de Investigação e Desenvolvimento Química-Física Molecular, da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra. Nas várias experiências realizadas em linhas celulares de cancro do cólon (HT29), observou-se que «extratos de Corema album conseguem inibir a proliferação deste tipo de células cancerígenas»[5].
Notas
- ↑ a b c d Revista Quercus Ambiente - Setembro/Outubro de 2009, p. 26
- ↑ Corema album subsp. azoricum no NCBI.
- ↑ Anexo II ao Decreto Legislativo Regional n.º 15/2012/A, de 2 de Abril.
- ↑ C. album azoricum no SIARAM.
- ↑ «Erva ibérica consegue inibir células de cancro do cólon»