Chiclayo
Santa MarIa dos Vales de Chiclayo Santa María de los Valles de Chiclayo | |
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Localização | |
Localização de Santa MarIa dos Vales de Chiclayo no Peru | |
Alcaide | Roberto Torres Gonzales |
Região | Região de Lambayeque |
Dados | |
Área | 3 288,07 km² |
População | 574 408 hab. (INEI 2007) |
Densidade | 1 903,02 hab./km² |
Altitude | 27 metros |
Gentílico | chiclayano |
Código postal | 074 |
Website | www.gobiernochiclayo.gob.pe |
Cidade do Peru |
Chiclayo é uma cidade peruana, capital da região de Lambayeque, no norte do país. Está localizado a 13 quilômetros da costa do Pacífico e 770 quilômetros da capital do país, Lima. Chiclayo é a quarta cidade mais populosa do Peru, com uma população de 629 990 habitantes, compreendendo 6 distritos urbanos contíguos: Chiclayo, José Leonardo Ortiz, La Victoria, Pomalca, Reque e Pimentel. A região metropolitana de Chiclayo é, também, a quarta área metropolitana mais populosa do Peru.
Fundada por padres espanhóis[1] como "Santa María de los Valles de Chiclayo" no século XVI, foi declarada uma cidade em 15 de abril de 1835 pelo então presidente Felipe Santiago Salaverry. Ele nomeou Chiclayo como "Cidade Heroica", para reconhecer a coragem dos seus cidadãos na luta pela independência, um título que ainda se mantém. Outros apelidos para Chiclayo incluem "A Capital da Amizade" e "Pérola do Norte". A cidade foi fundada perto de um importante sítio arqueológico pré-histórico, as ruínas huaris do Norte, que constituem os restos de uma cidade organizada a partir do século VII e que declinou no século XII, do Império de Tiauanaco-Huari.
Etimologia
[editar | editar código-fonte]Existem muitos relatos históricos diferentes para a nomeação de Chiclayo. Alguns atribuem o nome da cidade a um indígena conhecido como "chiclayoc" ou "chiclayep", que transportava gesso entre as antigas cidades de Zaña, Lambayeque e Morrope.
Outra versão afirma que na época em que a cidade foi fundada, a área abrigava uma fruta de cor verde chamada chiclayep ou chiclayop, que, no idioma moche significa "verde que pendura". Em algumas cidades nas terras altas da região de Cajamarca, polpas são conhecidas como chiclayos, outra evidência de que este fruto é a origem do nome da cidade.
Outra fonte indica que a palavra é uma tradução do extinto idioma Moche e é derivado da palavra Cheqta, que significa "meio" e yoc que significa "propriedade de". Outros dizem que, na linguagem moche, tiveram palavras semelhantes ao nome, como Chiclayap ou Chekliayok, que significa "lugar onde há ramos verdes".[2]
História
[editar | editar código-fonte]Pré-colombiana
[editar | editar código-fonte]A civilização moche começou entre os séculos I e VII, ocupando um território que se configura hoje na costa norte do Peru, abrangendo o que se tornaria na área costeira dos departamentos de Ancash, Lambayeque e La Libertad. Esta civilização chegar a um amplo conhecimento da engenharia hidráulica, que se refletiu na construção de canais, onde foi possível tirar proveito de águas de rios para irrigação de suas terras. Isto permitiu-lhes ter excedentes agrícolas e uma forte economia para o desenvolvimento. A civilização moche também caracterizou-se por um uso intensivo de cobre na fabricação de objetos decorativos, ferramentas e armas, e foram considerados os melhores ceramistas do antigo Peru graças ao trabalho bem elaborado feito em suas cerâmicas. Elas representavam divindades, homens, animais e cenas significativas referidas a temas cerimoniais e mitos que refletiam seu mundo. São famosos por seus retratos conservados em museus ao redor do país, com destaque para a expressividade, perfeição e realismo com o qual estão dotados. As últimas descobertas permitem estabelecer que esta civilização desapareceu como um resultado das catástrofes causadas pelo fenômeno do El Niño.
Era colonial
[editar | editar código-fonte]A área onde a cidade foi fundada no início do século XVI foi habitada pelas etnias Cinto e Collique, desde que era uma das muitas regiões fundada por ordens do vice-rei Francisco de Toledo.[3]
Os chefes desses grupos indígenas foram responsáveis pela doação de uma parte de suas terras para a construção de um convento franciscano, com esta transferência de terras sendo aprovada pelo Decreto Real de 17 de setembro de 1585. Assim, sob o título de "Santa María de la Concepción Vale Chiclayo" e a direção do Padre Antonio de la Concepción, a Igreja Matriz e o convento franciscano foram erguidos, com o objetivo de evangelizar os nativos. Em torno destes prédios e edifícios religiosos, Chiclayo cresceu em direção ao final do século XVI, que desenvolveu-se gradualmente também com as atividades dos comerciantes mestiços.[4]
Referências
- ↑ «A CIDADE HISTÓRICA DE CHICLAYO»
- ↑ «Historia de Chiclayo» (em espanhol). Lambayeque.net. 20 de janeiro de 2015. Consultado em 15 de abril de 2016
- ↑ HISTORIA DE CHICLAYO (Siglos XVI, XVII. XVIII y XIX) (PDF).
- ↑ Chiclayo Antiguo, pg. 1 - 4.