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Centrophorus squamosus

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Centrophorus squamosus
Drawing by R. Mintern
Classificação científica edit
Domínio: Eukaryota
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Chondrichthyes
Ordem: Squaliformes
Família: Centrophoridae
Gênero: Centrophorus
Espécies:
C. squamosus
Nome binomial
Centrophorus squamosus
Sinónimos
  • Centrophorus ferrugineus Meng, Hu & Li, 1982
Cabeça de C. squamosus

Centrophorus squamosus é um tubarão esqualiforme de profundidade pertencente à família Centrophoridae. A espécie é conhecida pelos nomes comuns de lixa ou xara.

Os tubarões da espécie Centrophorus squamosus são caracterizados por não apresentarem barbatana anal e por possuírem duas barbatanas dorsais precedidas de um espinho desenvolvido, sendo a primeira delas relativamente baixa e longa, e por terem grandes olhos e o corpo recoberto por dentículos ásperos (escamas placoides). O comprimento máximo registado é de 158 cm. As barbatanas peitorais são angulosas, mas não muito desenvolvidas.[2][3]

C. squamosus possui um focinho moderadamente desenvolvido e arredondado. Os dentes são unicúspides mas nitidamente diferentes no maxilar superior e inferior, sendo os primeiros em maior número, de menor dimensão e ligeiramente espaçados.[4]

Apresenta uma coloração cinzento-escura ou preta, uniforme, sendo recoberta por placas dérmicas, em forma de folha, que formam escamas placóides, imbricadas, com formato subovóide, multicúspides e serrilhadas lateralmente.[3] Estas conferem elevada aspereza à pele, daí merecerem o nome comum de lixa.

Distribuição e habitat

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Ocorre no nordeste do Atlântico, nos taludes continentais, desde a Islândia até ao Cabo da Boa Esperança, no oeste do Oceano Índico nas proximidades das ilhas Aldabra e no Pacífico Ocidental na região de Honshū, Japão, Filipinas, sueste da Austrália e Nova Zelândia.[5]

A espécie vive junto do fundo, entre 230 e 2 360 metros de profundidade, sendo mais comum abaixo dos 1 000 metros de profundidade. A dieta da espécie consiste sobretudo em cefalópodes dos géneros Chiroteuthisi, Vampyroteuthis e Galiteuis e peixes ósseos como Aphanopus carbo. Não são conhecidos predadores naturais da espécie.

A espécie é ovovivípara, com um máximo de 5 crias por parição.

No arquipélago da Madeira a espécie é capturado como espécie acessória da pescaria de palangre dirigida a Aphanopus carbo Lowe, 1839. Existem várias pescarias no Nordeste Atlântico que consideram a espécie como alvo, juntamente com outro esqualídeo, Centroscymnus coelolepis.[6]

Notas

  1. Finucci, B.; Bineesh, K.K.; Cheok, J.; Cotton, C.F.; Dharmadi, Kulka, D.W.; Neat, F.C.; Pacoureau, N.; Rigby, C.L.; Tanaka, S.; Walker, T.I. (2020). «Centrophorus squamosus». Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas. 2020: e.T41871A68614964. doi:10.2305/IUCN.UK.2020-3.RLTS.T41871A68614964.enAcessível livremente. Consultado em 19 de novembro de 2021 
  2. Whitehead, P. J. P., Bauchot, M. L., Hurreau, J. C., Nielson, J. & Tortonese, E. (1989). Fishes of Northeastern Atlantic and Mediterranean. UNESCO: Paris.
  3. a b Leafscale gulper shark (Centrophorus squamosus) no Marine Species Identification Portal.
  4. Compagno, L. J. V. (1984). Sharks of the world : An Annotated and Illustrated Catalogue of Shark Species Known to Date. Volume 4, Part 1 : Hexanchiformes to Lamniformes. FAO Fisheries Synopsis: 125 p.
  5. Centrophorus squamosus (Bonnaterre, 1788) : Leafscale gulper shark no FishBase.
  6. Ricardo Bruno de Araújo Severino, Contributo para o estudo da espécie Centrophorus squamosus e sua importância na pescaria de Aphanopus carbo na Madeira.

Ligações externas

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