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Castainço

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Portugal Portugal Castainço 
  Freguesia  
Localização
Localização no município de Penedono
Localização no município de Penedono
Localização no município de Penedono
Castainço está localizado em: Portugal Continental
Castainço
Localização de Castainço em Portugal
Coordenadas 40° 59′ 41″ N, 7° 26′ 52″ O
Região Norte
Sub-região Douro
Distrito Viseu
Município Penedono
Código 181203
Administração
Tipo Junta de freguesia
Características geográficas
Área total 14,00 km²
População total (2021) 128 hab.
Densidade 9,1 hab./km²
Outras informações
Orago Santo António
Sítio http://www.freguesiadecastainco.com

Castainço é uma freguesia portuguesa do município de Penedono, com 14,00 km² de área[1] e 128 habitantes (censo de 2021)[2]. A sua densidade populacional é 9,1 hab./km².

A população registada nos censos foi:[2]

População da freguesia de Castainço[3]
AnoPop.±%
1864 456—    
1878 444−2.6%
1890 503 13.3%
1900 458−8.9%
1911 525 14.6%
1920 464−11.6%
1930 392−15.5%
1940 459 17.1%
1950 477 3.9%
1960 399−16.4%
1970 272−31.8%
1981 229−15.8%
1991 218−4.8%
2001 182−16.5%
2011 161−11.5%
2021 128−20.5%
Distribuição da População por Grupos Etários[4]
Ano 0-14 Anos 15-24 Anos 25-64 Anos > 65 Anos
2001 20 24 78 60
2011 14 13 81 53
2021 6 12 53 57

A freguesia de Castainço era em 1527, um simples lugar pequeno com 85 moradores.

Nos princípios do século XVIII, a paróquia de Castainço esteve anexa a Granja e, por isso, se denominou durante algum tempo, Granja e Castainço. Com a extinção do concelho de Penedono, e até 7 de setembro de 1895, fez parte do concelho de São João da Pesqueira, voltando a Penedono em 13 de janeiro de 1898. Era curato anexo à abadia de Penedono e da apresentação do abade, no termo da mesma vila. Hoje, eclesiasticamente anexa a Riodades. Diocese de Lamego.[1]

Disposta num vale, talvez para se protegerem da peste, os moradores construíram uma Igreja a S. Sebastião. Manteve-se um povoado rural do qual se dizia que produzia “centeio, trigo, milho, feijão, castanha, linho e muito gado de caça”.

Dólmen do Sangrino

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É um exemplar de grande interesse, especialmente, pelo importante conjunto de artefactos exumados. Trata-se de um monumento funerário com câmara poligonal e com corredor de média dimensão, que revelou ter tido diferentes fases de ocupação.

O Dólmen do Sangrino arqueologicamente intervencionado em 1995 e 1997, revelou duas fases de utilização. A primeira: do Neolítico final (4000 - 3700AC) caracteriza-se pelo achado de um conjunto de peças de tradição antiga. Do espólio descoberto salientam-se duas goivas, um machado, elementos de adorno, um pendente, fragmentos cerâmicos lisos e um pequeno recipiente.

A análise radio-carbónica revelou que a sua fase inicial de utilização se situou entre os anos 3063 – 2939 a.C., voltando a ser reutilizado alguns séculos depois, talvez já no período do Bronze Final. Nesta altura terá sido utilizado como sepulcro, circunscrita ao espaço da câmara, definindo-se pela deposição somente de recipientes cerâmicos de fundo plano. A câmara foi quase totalmente reconstruída com pedras das imediações.[2]

Igreja Matriz de S. Sebastião

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Templo de raiz românico-gótica, composto por nave e capela-mor, que conserva: portal axial de arco quebrado com onze aduelas, vestígios de um alpendre e parte da decoração no rebordo do arco. No interior, destaca-se no corpo do templo a capela batismal com duas pias e alfaias religiosas, o teto é em abóbada de berço e o arco cruzeiro com vestígios de pintura. A capela mor é de talha dourada e policromada do séc. XVIII avançado. A torre sineira está adossada do lado esquerdo da frontaria.

A festa do Padroeiro realiza-se a 20 de janeiro.[3]

Capela de S. António

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Capela retangular de paredes rebocadas e caiadas de branco, coberta por um telhado de duas águas. Na fachada principal há um portal encimado por uma cruz entre pináculos. No interior, possui um altar, pintado a branco e azul com uma imagem de Santo António.

A sua localização num dos pontos mais altos da freguesia, proporciona um olhar atento sobre a mesma. É no 1.º fim de semana de agosto, que aqui se celebram as festas de ano, dedicadas ao orago da capela.[4]

Capela Nossa Senhora dos Prazeres

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Capela setecentista reformada em época posterior, que guarda no seu interior um altar barroco, pintado de branco e uma imagem de Nossa Senhora em pedra ançã com policromia.[5]

Outros locais de interesse turístico

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Piscinas e Ponte da Lavandeira

A cultura do linho foi muito importante nas tradições rurais da freguesia. Ainda o é, para quem ainda não esqueceu a arte de bem preparar, fiar ou tecer o linho ou a lã que por cá também dela se preparavam boas mantas, colchas e tapetes.

Um dos produtos regionais bem conhecidos desta povoação são as colchas de Castainço. São feitas com teia de linho e lã, em cores vivas, e têm o verde e o vermelho como cores predominantes. Geralmente são usadas para cobertas de camas ou para decoração de paredes.

Tradicionais, são “as alvíssaras” que se cantam na véspera da Páscoa, desde o Calvário até aos mais pequenos arruamentos, em anúncio da Ressurreição, como também as bonitas Romarias a Santa Eufémia na Segunda-feira de Páscoa. Aí não falta pão-de-ló bem característico (e que aqui chamam de bola doce), nem as cavacas de todos os monumentos festivos.

Festas e romarias: Santo António

Gastronomia: Cavacas de Castainço

"As cavacas de Castainço, que na sua singularidade eram baixas, enconcadas, cobertas de açúcar bem seco e muito tenras, chegavam a aguentar-se mais de um ano embrulhadas num pano de linho e sempre comestíveis. Surgem nesta aldeia no princípio do séc. XX. Embora este doce tenha as suas origens num doce conventual do Convento de Freixinho, as cavacas tornaram-se particularmente especiais pelas mãos das cavaqueiras de Castainço, podendo assim considerar-se um produto endógeno, identitário desta aldeia e deste concelho. Contribuíram para a ajuda económica de algumas famílias, sempre com qualidade, encomendadas por pessoas de todos os locais."[6]

Brasão: Escudo de ouro, dois milheiros de vermelho, o da sinistra voltado; em chefe, flor de linho de azul; em campanha, roda de azenha de negro movente de ponta ondada de três tiras ondadas de azul e prata. Coroa mural de prata de três torres. Listel branco, com a legenda a negro, em maiúsculas: «Castainço». (D.R. II Série nº 251, de 27/12/2013)

Referências

  1. «Carta Administrativa Oficial de Portugal CAOP 2013». descarrega ficheiro zip/Excel. IGP Instituto Geográfico Português. Consultado em 10 de dezembro de 2013. Arquivado do original em 9 de dezembro de 2013 
  2. a b Instituto Nacional de Estatística (23 de novembro de 2022). «Censos 2021 - resultados definitivos» 
  3. Instituto Nacional de Estatística (Recenseamentos Gerais da População) - https://www.ine.pt/xportal/xmain?xpid=INE&xpgid=ine_publicacoes
  4. INE. «Censos 2011». Consultado em 11 de dezembro de 2022 

Ligações externas

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