Carlo Emilio Gadda
Carlo Emilio Gadda | |
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Carlo Emilio Gadda, 1921. | |
Nascimento | 14 de novembro de 1893 Milão, Itália |
Morte | 21 de maio de 1973 (79 anos) Roma |
Nacionalidade | Italiano |
Ocupação | Escritor e poeta |
Prémios | Prémio Antonio Feltrinelli (1962) |
Magnum opus | O conhecimento da dor |
Carlo Emilio Gadda (Milão, 14 de novembro de 1893 - Roma, 21 de maio de 1973) foi um poeta e escritor italiano, ligado à terceira geração dos "poetas da Linha Lombarda".
Biografia
[editar | editar código-fonte]Filho de pai industrial do setor textil e mãe professora, Gadda era cresceu em um lar burguês.
Durante a Grande Guerra, Gadda luta no fronte alpino, onde é feito prisioneiro em 1917. No intercurso deste período ele escreve um diário, de 1915-1919. Perde com a guerra o seu irmão, Enrico Gadda, aviador.
Carlo Emilio Gadda formou-se em engenharia eletrotécnica, em Milão.
Entre 1925-1926 exerceu a docencia no liceu de Milão, dando aulas de física e matemática. Estuda filosofia no transcurso deste período, mas não conclui.
Entre 1926 e 1927 ele colaborará para a revista Solaria.
Entre 1940 e 1950 viverá em Florença, onde não mais trabalhará como engenheiro.
Entre 1950 e 1955 trabalhará para a rede RAI (Rádio-Televisão Italiana).
A respeito de sua obra, Carlo Emilio Gadda incursionou o experimentalismo formal da linguagem, valendo-se de muitos recursos (dialetos, linguagem técnica, neologismos).
Embora tenha se inscrito no partido fascista em 1921, provará em escritos futuramente sua hostilidade a Mussolini.
Dentre as suas publicações estão: La Madonna dei filosofi (Firenze, Solaria, 1931), Il castelo di Udine (Firenze, Solaria, 1934), Il promo livro delle favole (1952), Diario di Guerra e di prigionia (Sansoni, 1955)
Morre em 1973. Foi sepultado no Cemitério Protestante em Roma.
Obra
[editar | editar código-fonte]- La madonna dei filosofi (1931)
- Il castello di Udine (1934)
- Le meraviglie d'Italia (1939)
- Gli anni (1943)
- L'Adalgisa (1944, contos). No Brasil, A Adalgisa: Quadros Milaneses. Rocco, 1994, tradução de Mario Fondelli. Reunião de dez contos que, conforme assinala o subtítulo da obra, Quadros milaneses, penetram na intimidade de Milão, a cidade natal do autor.
- Il primo libro delle favole (1952, coletânea de contos populares italianos medievais e renascentistas)
- Novelle dal ducato in fiamme (1953, contos)
- I sogni e la folgore (1955)
- Giornale di guerra e di prigionia (1955)[1]
- Quer pasticciaccio brutto de via Merulana (1957). No Brasil, Aquela confusão louca da Via Merulana. Record, 1989, tradução de Aurora Fornoni Bernardini e Homero Freitas de Andrade.
- I viaggi e la morte (1958)
- Verso la Certosa (1961)
- Accoppiamenti giudiziosi (1963). No Brasil, Casamentos Bem Arranjados - Contos (1924-1958); Nova Alexandria, 1998, tradução de Aurora Fornoni Bernardini e Homero Freitas de Andrade.
- La cognizione del dolore (1963). No Brasil, O conhecimento da dor. Rocco, 1997, tradução de Mario Fondelli.
- I Luigi di Francia (1964)
- Eros e Priapo (1967)[2]
- La meccanica (1970, contos)
- Novella seconda (1971)
- Meditazione milanese (1974)
- Le bizze del capitano in congedo (1981)
- Il palazzo degli ori (1983)
- Racconto italiano di ignoto del novecento (1983)
- Azoto e altri scritti di divulgazione scientifica (1986)
- Taccuino di Caporetto (1991)
- Opere (1988-93)
- Disegni milanesi, 1995.
- Romanzi, 1997.
- Gadda al microfono. L'ingegnere e la Rai 1950-1955, 1997.
- Carissimo Gianfranco. Lettere ritrovate 1943-63, 1998.
- Un fulmine sul 220, 2000.
- Villa in Brianza, 2007.
- Contini Gadda. Carteggio 1934-1963, 2009.
Referências
- ↑ Diário cobrindo os anos da Primeira Guerra Mundial, incluindo as ações militares de Gadda na área de Passo Tonale e seus meses de prisioneiro na Áustria.
- ↑ Uma análise do fascismo italiano e do fascínio por Benito Mussolini. Explica o fascismo como um movimento essencialmente burguês.
Ligações externas
[editar | editar código-fonte]- Tagarelices de Gadda, por Marcelo Coelho. Jornal de Resenhas. Folha de S.Paulo, 8 de janeiro de 2000.
- A tradução diante das variações do código linguístico italiano, por Amarilis Gallo Coelho. Análise das dificuldades da tradução de Quer pasticciaccio brutto de Via Merulana, de Carlo Emilio Gadda.
Bibliografia
[editar | editar código-fonte]- Ferdinando Amigoni, La più semplice macchina, Lettura freudiana del «Pasticciaccio», Bologna, il Mulino, 1995.
- Alba Andreini-Marziano Guglielminetti, Marziano, eds, Carlo Emilio Gadda. La coscienza infelice, Milano, Guerini, 1996.
- Alberto Arbasino, L’Ingegnere in blu, Milano, Adelphi, 2008.
- Carla Benedetti, Una trappola di parole. Lettura del «Pasticciaccio», Pisa, ETS Editrice, 1987.
- Robert S. Dombroski, Creative Entanglements, Gadda and the Baroque, Toronto, University of Toronto Press, 1999.
- Ernesto Ferrero, Invito alla lettura di Carlo Emilio Gadda, Milano, Mursia. 1987.
- Piero Gadda Conti, Le confessioni di Carlo Emilio Gadda, Milano, Pan, 1974.
- Paola Italia, Glossario di Carlo Emilio Gadda «milanese». Da «La meccanica» a «L’Adalgisa», Alessandria, Edizioni dell’Orso, 1998.
- Martha Kleinhans, «Satura» und «pasticcio». Formen und Funktionen der Bildlichkeit im Werk Carlo Emilio Gaddas, Tübingen, Max Niemeyer Verlag, 2005.
- Jean-Paul Manganaro, Le baroque et l’ingénieur. Essai sur l’écriture de Carlo Emilio Gadda, Paris, éditions de Seuil, 1994.
- Realino Marra, La cognizione del delitto. Reato e «macchina della giustizia» nel «Pasticciaccio» di Gadda, in «Materiali per una storia della cultura giuridica», XL-1, 2010, pp. 157–83.Hello. No dia de 89 ele faleceu.hha.
- Giuseppe Papponetti, Gadda - D’Annunzio e il lavoro italiano, Roma, Fondazione Ignazio Silone, 2002.
- Walter Pedullà, Carlo Emilio Gadda. Il narratore come delinquente, Milano, Rizzoli, 1997.
- Federica G. Pedriali, Altre carceri d’invenzione. Studi gaddiani, Ravenna, Longo, 2007.
- Ezio Raimondi, Barocco moderno. Roberto Longhi e Carlo Emilio Gadda, Milano, Mondadori, 2003.
- Angelo R. Dicuonzo, L’ossessione della frode. Socioanalisi del dolore nella «Cognizione» di Gadda, Bologna, Il Mulino, 2021.
- Cristina Savettieri, La trama continua. Storia e forme del romanzo di Gadda, Pisa, ETS, 2008.
- Maria Antonietta Terzoli, ed, Le lingue di Gadda, Atti del Convegno di Basilea 10-12 dicembre 1993, Roma, Salerno Editrice, 1995.
- Caterina Verbaro, La cognizione della pluralità. Letteratura e conoscenza in Carlo Emilio Gadda, Firenze, Le Lettere, 2005.
- Antonio Zollino, Il vate e l’ingegnere. D’Annunzio in Gadda, Pisa, ETS Editrice, 1998.