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Caduceu

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Caduceu

O caduceu ☤ ou emblema de Hermes (Mercúrio) é um bastão em torno do qual se entrelaçam duas serpentes e cuja parte superior é adornada com asas. É um antigo símbolo, cuja imagem pode ser vista na taça do rei Gudea de Lagash, 2.600 anos a.C., e sobre as tábuas de pedra denominadas, na Índia, nagakals. Esotericamente, está associado ao equilíbrio moral, ao caminho de iniciação e ao caminho de ascensão da energia kundalini. A serpente da direita é chamada Od, que representa a vida livremente dirigida; a da esquerda Ob, vida fatal e o globo dourado no cimo Aur, que representa a luz equilibrada. Estas duas serpentes opostas figuram forças contrárias que podem se associar mas não se confundir. É frequentemente confundido com o símbolo da contabilidade que possui chapéu significando pensamento elevado, no lugar da bola, o bordão de Esculápio ou bastão de Asclépio.

Ver artigo principal: Serpente (simbologia)
Ver artigo principal: Cálice de Hígia
Hermes Ingenui, o deus olímpico, das fronteiras e dos viajantes que as cruzam. Dos comerciantes, pastores, do galo, dos oradores e do engenho de astutos pensamentos dos literatos e poetas, do atletismo dos pesos e medidas

O caduceu, do Grego κηρύκειον kērukeion "bastão dos arautos".[1] As duas serpentes entrelaçadas do caduceu também representam o número oito (8) e são o símbolo do equilíbrio entre as forças antagônicas, representando também o eterno movimento cósmico, base de regeneração e de infinito. É a verticalidade formal do símbolo do Infinito (∞).

O caduceu é também apresentado como símbolo do comércio. De fato, pela extensão com a associação de Mércurio/Hermes, o caduceu é reconhecido como o mensageiro, símbolo do comércio e da negociação.[2] É utilizado como emblema em diversas instituições dedicadas ao estudo e ensino das ciências contábeis. Institutos superiores de comércio do Chile, também é utilizado nos logotipos da Liga de Defesa Comercial "Lideco", do colégio de contadores, economistas e administradores, da IPN no México e da escola superior de comércio Carlos Pellegrini de Buenos Aires, entre muitas outras.

Mas, segundo Fulcanelli, o caduceu simboliza o mercúrio filosófico. Ou seja, o resultado da absorção poderosa do enxofre metálico pelo mercúrio em estado líquido, que não pode ser desfeita uma vez juntos. A serpente simboliza o mercúrio a se apoderar do enxofre metálico, que por sua vez é o caduceu, o cajado de ouro de Abraão.

Referências

  1. A palavra latina cādūceus é uma adaptação do grego κηρύκειον kērukeion, termo "bastão dos arautos", derivando do κῆρυξ kērux, termo "messengeiro, arauto". Liddell and Scott, Greek-English Lexicon; Stuart L. Tyson, "The Caduceus", The Scientific Monthly, 34.6, (1932:492-98) p. 493
  2. "Nos tempos modernos, a figura do caduceu é representada como símbolo do comércio, sendo Mercúrio o deus do comércio." M. Oldfield Howey, The Encircled Serpent: A Study of Serpent Symbolism in All Countries And Ages, New York, 1955, p77

Ligações externas

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